31 de janeiro de 2013

Crescimento do consumo de mandioca anima agricultor para ampliar plantio


A Paraíba tem 130 municipios com uma área de 25 mil hectares onde podem ser cultivada mandioca, afora que trabalham com essa cultura em menor escala
O mercado para os produtos derivados da mandioca está em expansão e os agricultores familiares do municipio de Mamanguape estão interessados em ampliar a áreas de plantio. A estiagem fez aumentar a procura da mandioca para ração animal, fazendo com que o quilo da farinha tivesse um aumento em mais de 50% estando sendo comercializado a R$ 6,00 nas feiras livres e nas mercearias.

A Emater Paraíba, num trabalho coordenado pelo Escritório Regional de João Pessoa, está orientando agricultores familiares da região do Litoral para o cultivo de mandioca. Na quintra-feira (24), por exemplo, foi promovido um Dia Especial sobre Produção de Mandioca, no sítio Catolé, de Antônio Felipe dos Santos , no municipio de Mamanguape.

A cultura da mandioca tem elevada importância social e econômica para agricultor familiar. É uma cultuva que proporciona uma sustentabilidade familiar, com geração de emporego e renda para todos os membros da família, evitando o êxodo rural. A mandioca e seus derivados têm uma presença diaria na mês do consumidor, independente da classe social.

A Paraíba tem 130 municipios com uma área de 25 mil hectares onde podem ser cultivada mandioca, afora que trabalham com essa cultura em menor escala. O cultivo é predominante por agricultores familiares, representante 70% da produção paraibana da área plantada.

Cultivando mandioca e macaxeira numa área de dois hectares, mais da metade de seu sítio, que mede 3,5 hectares, Antônio Felipe sempre trabalhou com esse cultura. Disse está animado com o mercdo promissor para sua produção, mas demonstração preocupação porque faltam trabalhadores para contratar, tendo em vista que está com 76 anos, e apesar de ser pai de 12 filhos, somente um mora na propriedade.

Há vinte anos construiu a casa da farinha, inicialmente de forma manual mas depois passou a utilizar energia elétrica para moagem da mandioca, mas o formo continua funcionando com o uso de lenha, de maneira tradiconal. “A terra é muito boa para o plantio, usamos irrigação por aspersão, e aqui plantamos outras culturais, como feijão macassar, milho, batata-doce,banana, coco, e outros tipos de fruteiras que estão nos garantindo, todas as semanas, alguma renda”, comentou.

Feitos os descontos das despesas, Antônio Felipe tem um renda mensal com a comercialização de mandioca e outros produtos de seu sítio, variando entre R$ 1.000,00 a R$ 1.500,00. “Já criamos vacas para produção de leite, mas estava muito dispendioso, não compensando mantê-las”, informou. Também se desfez da uma burra de carga que mantinha no sítio. Preferiu investir na criação de galinhas de capoeira, que vivem soltas pelo terreiro e capoeiras. “Mandioca é um bom negócio”, afirma ele. Opinião partilhada com outros agricultores na quinta-feira passada estiveram em sua residência para ouvir as palestras sobre a produção de mandioca e o seu aproveitamento na fabricação de produtos como tapioca, tapiocas salgadas, macaxeira sofisticda doce e salgada, frituras, caldos e sopas de farinha e macaxeira, produtos iantura e iguarias da mandioca.

Para o corretor da produção de mandioca, João Batista Domingos da Silva, que há 21 anos trabalha nessa atividade, o momento é promissor para o cultivo da cultura. Ele compra a tonelada de mandioca ao produtor por R$ 800,00 e repassa para as indústrias de beneficiamento do produto. O que mais se produz é a farinha, toda comercilizada em cidades da Paraíba e Rio Grande do Norte. “Já tivemos período em que saiam da região de Mamanguape dois caminhões cheios de mandioca, o que não ocorre agora”, afirmou. Ele disse que estava na espectativa de que a produção de mandioca volte a crescer.

Participaram do evento, os coordenadores do Núcleo de Comunicação e Metodologia da Emater, Severino Henrique de Lima e Jacileide Andrade Vieira , e do Escritório Regional de João Pessoa, Keyla Leal Deininger Evangelista, além de Paulo Antônio do Amaral, da Unidade Operadora da Emater em Mamanguape.



Fonte: Ascom Emater-PB|

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