É UM TEXTO MEIO LONGO MAS VALE A PENA LER OU COPIAR
Definições de turismo
O lazer, segundo Dumazedier (1999, p. 19-25), é o uso que se faz do tempo liberado principalmente das obrigações do trabalho, livre a vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais liberação, só conquistada pelos movimentos sindicais e trabalhistas das “Sociedades Industriais”. O autor também comenta que no século XIX já era previsto por pensadores sociais a importância do lazer no tempo liberado pelo trabalho industrial.
A partir dessa definição de lazer Dumazedier sugere algumas análises com base em pesquisas realizadas de 1920 a 1970 por vários sociólogos na Europa e Estados Unidos. As pesquisas demonstraram o aumento do tempo livre e a nova relação que os indivíduos tinham com este tempo e com outras atividades humanas, como as obrigações profissionais, sócio-espirituais, familiais, sócio-políticas, etc.
Renato Requixa (1976, p. 12) salienta que este desenvolvimento da sociedade industrial aliado ao progresso tecnológico são os fatores que estimularam a temática do lazer no século XX. Este progresso tecnológico, segundo o autor, “(...) permitiu também a diversificação na utilização do tempo livre, pois se agilizaram as formas de comunicação pelo acelerado e continuado incremento dos meios de informação e dos meios de locomoção”.
E Trigo (1998, p. 18) completa: Mas o turismo deixou de ser um campo isolado no setor de serviços das sociedades pós-industriais. Participando do campo maior do lazer, o turismo interliga-se com a imensa variedade de opções destinadas ao tempo livre e aos aspectos culturais, educacionais, da mídia e dos esportes...
Trigo (1998, p. 12-20) também fala sobre o quanto é importante a compreensão da atual conjuntura mundial, pois desta forma pode-se entender porque o setor de serviços está crescendo no mundo inteiro. O turismo está inserido neste setor, assim como o comércio, transportes, saúde, educação, publicidade e propaganda, comunicações, artes, cultura, entre outras áreas.
O turismo na definição de Maria Ângela Bissoli apud Santos (2002, p. 194) “é entendido como o conjunto de recursos capazes de satisfazer as aspirações mais diversas, que incitam o indivíduo a deslocar-se do seu universo cotidiano, e assim caracteriza-se por ser uma atividade essencialmente ligada à utilização do tempo livre”.
Turismo na conceituação simplificada de Castro (2002, p. 109), “envolve deslocamento de pessoas, por tempo limitado, do lar para determinado local e o retorno”.
De acordo com Dias e Aguiar (2002, p.21) a palavra “turismo” deriva do latim tornus, que significa a ação de movimento e retorno. No entanto a palavra tornou-se uma atividade que tem estendido suas raízes pela história. E em uma definição mais abrangente e que complementa a de Castro Dias e Aguiar apud Dias (2003, p. 27) definem, que turismo é: “ uma busca de viajar para se conhecer um país ou uma região e a organização dos meios que permitem e facilitam essas viagens para a recreação, passeio, conhecimentos e diversão”
Tanto para Trigo (2002), Beni (2001) e Dias (2005, p. 12) o turismo é um direito alcançado pela sociedade contemporânea, que aos poucos se torna objeto de estudo e desejo fundamental para o entendimento das mudanças ocorridas tanto em âmbito local como global no início deste terceiro milênio.
Entre todas as definições, uma das mais completas é aquela elaborada por Walab apud Arendit (2002, p. 21): Turismo é uma atividade humana intencional que serve como meio de comunicação e como elo da interação entre povos, tanto dentro de um mesmo país como fora dos limites geográficos dos países. Envolve o deslocamento temporário de pessoas para outra região, país ou continente, visando a satisfação de necessidades outras que não o exercício de uma função remunerada. Os benefícios originários deste fenômeno podem ser verificados na vida econômica, política, cultural e psicossociologica da comunidade.
A abrangência do turismo é explicada devido ao efeito multiplicador que é produzido pelas despesas vindas do turista e que beneficia os setores ligados de forma direta ou indireta ao processo turístico. O dinheiro recebido passa por várias transações cujo número depende do processo cíclico consumo-renda de cada localidade. Quem se beneficia diretamente do efeito multiplicador são os meios de hospedagens, alimentação, lojas, profissionais de turismo e indiretamente, por exemplo, são correios, bancos, clínicas, profissionais liberais (BARRETTO, 1995, p.74).
De acordo com Beni (2001) o Turismo pode ser identificado por três tendências/ definições: a econômica, a técnica e a holística.
Econômica: somente reconhece as implicações econômicas ou empresariais do Turismo. A primeira definição sob esta ótica foi dada por Herman von Schullard, em 1910, “a soma das operações, principalmente de natureza econômica, que estão diretamente relacionadas com a entrada, permanência e deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região”. A Ansett Airlines of Austrália define em 1977 que “Turismo refere-se à provisão de transporte, alojamento, recreação, alimentação e serviços relacionados para viajantes domésticos e do exterior. Compreende a viagem para todos os propósitos, desde recreação até negócios”. E Robert McIntosh também em 1977 apresenta uma definição segundo a qual o Turismo envolve muito mais do que componentes empresariais, apresentando assim, uma faceta qualitativa: “Turismo pode ser definido como ciência, a arte e a atividade de atrair e transportar visitantes, alojá-los e cortesmente satisfazer suas necessidades e desejos”.
Técnicas: o conceito fornece uma estrutura especulativa, teórica, que identifica as características essenciais e distingue o Turismo de outros fenômenos similares, freqüentemente relacionados, embora diferentes. As várias definições técnicas de “turista” fornecem conceitos para uma definição geral de aplicação internacional e interna; estas podem muito bem ser integradas na estrutura de definição geral de Turismo. Em uma Conferência sobre Viagens Internacionais e Turismo, realizada em Roma em 1963, foi decidido, para fins estatísticos, que o termo 'visitante' descreve a pessoa que visita um país que não seja o de sua residência, por qualquer motivo, e que nele não venha a exercer ocupação remunerada. A partir daí, surgem as definições de turistas: visitantes temporários que permanecem mais que vinte quatro horas no país visitado, cuja finalidade seja somente para lazer, negócios, família, missões e conferências; e excursionistas: visitantes temporários que permanecem menos que vinte e quatro horas no país visitado (incluindo viajantes de cruzeiros marítimos).
Holísticas: existem tantas definições de Turismo quanto de autores que tratam do assunto. Mas quanto maior o número de pesquisadores que se preocupam em estudá-lo, tanto mais evidentes se apresentarão a amplitude e a extensão do fenômeno do Turismo e tanto mais insuficientes e imprecisas serão as definições existentes. Alguns pesquisadores acreditam que seja praticamente impossível defini-lo, sendo assim, preferem invariavelmente seus aspectos parciais ou, pelo menos, algumas de suas realidades isoladas. Existem alguns elementos comuns ou relativamente diferentes entre as mais diversas noções de Turismo que convém conhecer seus um pouco mais sobre seus significados, dentre elas estão: viagem ou deslocamento; permanência fora do trabalho; temporalidade; sujeito do Turismo; objeto do Turismo.
Os bens turísticos podem ser classificados como: materiais, imóveis, duráveis ou perecíveis, de consumo e de capital, básicos, complementares e interdependentes, naturais ou artificiais.
Os serviços turísticos que completam a atividade, satisfazendo as motivações, necessidades e preferências do turista, podem ser classificadas como: receptivos, de alimentação, de transporte, públicos e de recreação e entretenimento na área receptora.
Para melhor visão do fenômeno do Turismo, existem três linhas diferentes de análise teórica da atividade turística, resumindo, pode-se dizer que a primeira procura saber quais são os segmentos produtivos e as empresas que devem ser consideradas essencialmente como turísticos, e que integram o setor do Turismo na economia; a segunda procura definir as relações do Turismo com o resto da atividade econômica, para o que se serve das definições dele provenientes da primeira linha de análise teórica, que considera a atividade a partir do lado da oferta, e a última dessas linhas, que o faz a partir da demanda; a terceira gira em torno da própria definição de turista, cujas atividades, por extensão, permitem determinar o que se entende por Turismo.
Em suma, o fato de o Turismo encontrar-se ligado, praticamente, a quase todos setores da atividade social humana é a principal causa da grande variedade de conceitos, todos eles válidos enquanto se circunscrevem aos campos em que é estudado. Vale destacar que o Turismo é um eficiente meio para;
1. promover determinado local (cultural, natural e social);
2. promover o desenvolvimento social e cultural da região;
3. integrar socialmente;
4. desenvolver criatividade;
5. promover sentimento de liberdade mediante abertura para o mundo.
Por outro lado, pode provocar, no meio visitado, vários prejuízos, dentre eles: degradação e destruição dos recursos naturais; perda da autenticidade da cultura local; descrição estereotipada e falsa do turista e do país ou região de que procede; ausência de perspectivas da população com relação à obtenção e participação dos benefícios gerados pela atividade; desintegração da comunidade e dependência do capital estrangeiro e estereótipos existentes em face do Turismo.
Definições de turismo
O lazer, segundo Dumazedier (1999, p. 19-25), é o uso que se faz do tempo liberado principalmente das obrigações do trabalho, livre a vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais liberação, só conquistada pelos movimentos sindicais e trabalhistas das “Sociedades Industriais”. O autor também comenta que no século XIX já era previsto por pensadores sociais a importância do lazer no tempo liberado pelo trabalho industrial.
A partir dessa definição de lazer Dumazedier sugere algumas análises com base em pesquisas realizadas de 1920 a 1970 por vários sociólogos na Europa e Estados Unidos. As pesquisas demonstraram o aumento do tempo livre e a nova relação que os indivíduos tinham com este tempo e com outras atividades humanas, como as obrigações profissionais, sócio-espirituais, familiais, sócio-políticas, etc.
Renato Requixa (1976, p. 12) salienta que este desenvolvimento da sociedade industrial aliado ao progresso tecnológico são os fatores que estimularam a temática do lazer no século XX. Este progresso tecnológico, segundo o autor, “(...) permitiu também a diversificação na utilização do tempo livre, pois se agilizaram as formas de comunicação pelo acelerado e continuado incremento dos meios de informação e dos meios de locomoção”.
E Trigo (1998, p. 18) completa: Mas o turismo deixou de ser um campo isolado no setor de serviços das sociedades pós-industriais. Participando do campo maior do lazer, o turismo interliga-se com a imensa variedade de opções destinadas ao tempo livre e aos aspectos culturais, educacionais, da mídia e dos esportes...
Trigo (1998, p. 12-20) também fala sobre o quanto é importante a compreensão da atual conjuntura mundial, pois desta forma pode-se entender porque o setor de serviços está crescendo no mundo inteiro. O turismo está inserido neste setor, assim como o comércio, transportes, saúde, educação, publicidade e propaganda, comunicações, artes, cultura, entre outras áreas.
O turismo na definição de Maria Ângela Bissoli apud Santos (2002, p. 194) “é entendido como o conjunto de recursos capazes de satisfazer as aspirações mais diversas, que incitam o indivíduo a deslocar-se do seu universo cotidiano, e assim caracteriza-se por ser uma atividade essencialmente ligada à utilização do tempo livre”.
Turismo na conceituação simplificada de Castro (2002, p. 109), “envolve deslocamento de pessoas, por tempo limitado, do lar para determinado local e o retorno”.
De acordo com Dias e Aguiar (2002, p.21) a palavra “turismo” deriva do latim tornus, que significa a ação de movimento e retorno. No entanto a palavra tornou-se uma atividade que tem estendido suas raízes pela história. E em uma definição mais abrangente e que complementa a de Castro Dias e Aguiar apud Dias (2003, p. 27) definem, que turismo é: “ uma busca de viajar para se conhecer um país ou uma região e a organização dos meios que permitem e facilitam essas viagens para a recreação, passeio, conhecimentos e diversão”
Tanto para Trigo (2002), Beni (2001) e Dias (2005, p. 12) o turismo é um direito alcançado pela sociedade contemporânea, que aos poucos se torna objeto de estudo e desejo fundamental para o entendimento das mudanças ocorridas tanto em âmbito local como global no início deste terceiro milênio.
Entre todas as definições, uma das mais completas é aquela elaborada por Walab apud Arendit (2002, p. 21): Turismo é uma atividade humana intencional que serve como meio de comunicação e como elo da interação entre povos, tanto dentro de um mesmo país como fora dos limites geográficos dos países. Envolve o deslocamento temporário de pessoas para outra região, país ou continente, visando a satisfação de necessidades outras que não o exercício de uma função remunerada. Os benefícios originários deste fenômeno podem ser verificados na vida econômica, política, cultural e psicossociologica da comunidade.
A abrangência do turismo é explicada devido ao efeito multiplicador que é produzido pelas despesas vindas do turista e que beneficia os setores ligados de forma direta ou indireta ao processo turístico. O dinheiro recebido passa por várias transações cujo número depende do processo cíclico consumo-renda de cada localidade. Quem se beneficia diretamente do efeito multiplicador são os meios de hospedagens, alimentação, lojas, profissionais de turismo e indiretamente, por exemplo, são correios, bancos, clínicas, profissionais liberais (BARRETTO, 1995, p.74).
De acordo com Beni (2001) o Turismo pode ser identificado por três tendências/ definições: a econômica, a técnica e a holística.
Econômica: somente reconhece as implicações econômicas ou empresariais do Turismo. A primeira definição sob esta ótica foi dada por Herman von Schullard, em 1910, “a soma das operações, principalmente de natureza econômica, que estão diretamente relacionadas com a entrada, permanência e deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região”. A Ansett Airlines of Austrália define em 1977 que “Turismo refere-se à provisão de transporte, alojamento, recreação, alimentação e serviços relacionados para viajantes domésticos e do exterior. Compreende a viagem para todos os propósitos, desde recreação até negócios”. E Robert McIntosh também em 1977 apresenta uma definição segundo a qual o Turismo envolve muito mais do que componentes empresariais, apresentando assim, uma faceta qualitativa: “Turismo pode ser definido como ciência, a arte e a atividade de atrair e transportar visitantes, alojá-los e cortesmente satisfazer suas necessidades e desejos”.
Técnicas: o conceito fornece uma estrutura especulativa, teórica, que identifica as características essenciais e distingue o Turismo de outros fenômenos similares, freqüentemente relacionados, embora diferentes. As várias definições técnicas de “turista” fornecem conceitos para uma definição geral de aplicação internacional e interna; estas podem muito bem ser integradas na estrutura de definição geral de Turismo. Em uma Conferência sobre Viagens Internacionais e Turismo, realizada em Roma em 1963, foi decidido, para fins estatísticos, que o termo 'visitante' descreve a pessoa que visita um país que não seja o de sua residência, por qualquer motivo, e que nele não venha a exercer ocupação remunerada. A partir daí, surgem as definições de turistas: visitantes temporários que permanecem mais que vinte quatro horas no país visitado, cuja finalidade seja somente para lazer, negócios, família, missões e conferências; e excursionistas: visitantes temporários que permanecem menos que vinte e quatro horas no país visitado (incluindo viajantes de cruzeiros marítimos).
Holísticas: existem tantas definições de Turismo quanto de autores que tratam do assunto. Mas quanto maior o número de pesquisadores que se preocupam em estudá-lo, tanto mais evidentes se apresentarão a amplitude e a extensão do fenômeno do Turismo e tanto mais insuficientes e imprecisas serão as definições existentes. Alguns pesquisadores acreditam que seja praticamente impossível defini-lo, sendo assim, preferem invariavelmente seus aspectos parciais ou, pelo menos, algumas de suas realidades isoladas. Existem alguns elementos comuns ou relativamente diferentes entre as mais diversas noções de Turismo que convém conhecer seus um pouco mais sobre seus significados, dentre elas estão: viagem ou deslocamento; permanência fora do trabalho; temporalidade; sujeito do Turismo; objeto do Turismo.
Os bens turísticos podem ser classificados como: materiais, imóveis, duráveis ou perecíveis, de consumo e de capital, básicos, complementares e interdependentes, naturais ou artificiais.
Os serviços turísticos que completam a atividade, satisfazendo as motivações, necessidades e preferências do turista, podem ser classificadas como: receptivos, de alimentação, de transporte, públicos e de recreação e entretenimento na área receptora.
Para melhor visão do fenômeno do Turismo, existem três linhas diferentes de análise teórica da atividade turística, resumindo, pode-se dizer que a primeira procura saber quais são os segmentos produtivos e as empresas que devem ser consideradas essencialmente como turísticos, e que integram o setor do Turismo na economia; a segunda procura definir as relações do Turismo com o resto da atividade econômica, para o que se serve das definições dele provenientes da primeira linha de análise teórica, que considera a atividade a partir do lado da oferta, e a última dessas linhas, que o faz a partir da demanda; a terceira gira em torno da própria definição de turista, cujas atividades, por extensão, permitem determinar o que se entende por Turismo.
Em suma, o fato de o Turismo encontrar-se ligado, praticamente, a quase todos setores da atividade social humana é a principal causa da grande variedade de conceitos, todos eles válidos enquanto se circunscrevem aos campos em que é estudado. Vale destacar que o Turismo é um eficiente meio para;
1. promover determinado local (cultural, natural e social);
2. promover o desenvolvimento social e cultural da região;
3. integrar socialmente;
4. desenvolver criatividade;
5. promover sentimento de liberdade mediante abertura para o mundo.
Por outro lado, pode provocar, no meio visitado, vários prejuízos, dentre eles: degradação e destruição dos recursos naturais; perda da autenticidade da cultura local; descrição estereotipada e falsa do turista e do país ou região de que procede; ausência de perspectivas da população com relação à obtenção e participação dos benefícios gerados pela atividade; desintegração da comunidade e dependência do capital estrangeiro e estereótipos existentes em face do Turismo.
Artigo: Geraldo Lúcio
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