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18 de agosto de 2011

Castanha do Pará sendo um Produto orgânico chama a atenção na Feira do Empreendedor




A castanha do Brasil, chama a atenção do público que passa pelo estande da CECAB na Feira do Empreendedor , pela sustentabilidade com que são produzidos - são todos orgânicos - e demonstram que a atividade ganha mercado a cada dia e possibilita às pessoas que estão inseridas no processo produtivo, renda e a integração da agricultura familiar ao turismo brasileiro.

Esses produtos estão sendo apresentados na Feira do Empreendedor pela cooperativa de agricultores familiares, que reúnem juntas, mais de sessenta famílias de municípios do Norte de Mato Grosso.

A Cooperativa dos Agricultores Ecológicos do Portal da com matéria-prima da região da Amazônia Mato-grossense, os produtos tem tido excelente aceitação no mercado.

“O que traz um grande diferencial nesses produtos, além do fato de serem orgânicos, é que os agricultores participam de todo o processo de produção, desde a coleta ou colheita até o empacotamento. Os produtos já saem dos núcleos de produção prontos para o mercado e dentro do equilíbrio ecológico”,

Além dos produtos que estão no mercado de Cuiabá, como a castanha in’natura temperada, outros tem aparecido como inovação é o caso do tijolo ecológico e o vaso tipo xaxim confeccionado com a casca da castanha, além dos doces, biscoitos e castanhas desidratadas.

O trabalho da Cooperativa – CECAB, tem incentivo dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, além das prefeituras, Governo de Mato Grosso e Sebrae, que trabalhou com os cooperados o desenvolvimento da marca e das embalagens elaboradas também dentro de um conceito de sustentabilidade.

O desafio da Cooperativa agora é consolidar o mercado interno brasileiro, com a expansão de pontos de distribuição em grandes cidades, como São Paulo, e no exterior.

A Feira do Empreendedor, a exposição de produtos orgânicos integra o Mercado da Agricultura Familiar, espaço dedicado à exposição do trabalho de dezenas de associações e cooperativas em todas as regiões do Estado de Mato Grosso.

O espaço foi ampliado neste ano e serviu de estímulo para que agricultores familiares possam mostrar como é possível de forma sustentável retirar o sustento da natureza sem prejudicá-la.

A castanha do Brasil também é o sustento de 35 pessoas que integram a Cooperativa de Extração de Castanha do Brasil (Cecab), sediada na cidade mato-grossense de Alta Floresta, no Norte do Estado.

A Cecab está apresentando as inovações criadas pra agregar valor a um dos produtos símbolo da Amazônia, a castanha do Brasil.

Com sabores de alho, orégano, cebola, defumada, picante, alho e cebola, ‘in natura’, ‘in natura’ triturada, a castanha do Brasil ganhou inovações para, conforme afirma o presidente da Cecab, Albino dos Santos Filho, trazer mais valor a um produto que gera sustento a centenas de famílias da região.

“Quando começamos nosso trabalho, a intenção sempre foi a de trabalhar mais a conscientização do que pode ser retirado da natureza sem prejuízos, com intuito mais social do que lucrativo”, explica Albino Filho ao destacar que dos 35 cooperados, 30 são mulheres.

Ao demonstrar os produtos ao público, os cooperados da Cecab fazem questão de explicar todo o processo de coleta, seleção, tratamento da castanha e embalagem. Das castanhas que não estão próprias para consumo, a cooperativa aproveita na produção de ração para peixes e pássaros.

O Brasil ocupa hoje a quinta posição mundial em produção de orgânicos, com uma área plantada de 803 mil hectares.

São estimados em todo o País 14 mil produtores voltados ao cultivo agroecológico.

Com um crescimento estimado de 30% ao ano, o setor no País acompanha a evolução do mercado de orgânicos no mundo, que vem movimentando anualmente US$ 27 bilhões. Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontam que em 2010 o País deverá movimentar US$ 3 bilhões apenas com produtos livres de agrotóxicos.

Se considerada a área com extrativismo sustentável de castanha, açaí, pupunha, látex e outras espécies das matas tropicais no cálculo da área ocupada com orgânicos, o Brasil salta para a segunda posição mundial, com 6,5 milhões de hectares de terras nesse sistema de produção.

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