16 de agosto de 2011

Visita técnica mostra resultados da pesquisa sobre flores tropicais na Baixada Cuiabana




Aconteceu na quinta-feira (11.08), uma visita técnica no Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), no município de Acorizal (62 km ao Norte de Cuiabá), para apresentar o projeto de pesquisa com flores tropicais. Considerado pioneiro no Estado, o projeto estuda a viabilidade produtiva das espécies: strelitzia, helicônias, bastão do imperador, alpinia e antúrio. Plantas destinadas principalmente para arranjos florais e paisagismo. O evento contou com a participação de 85 pessoas, entre produtores, professores, técnicos agropecuários, estudantes, decoradores e outros.

A visita técnica foi dividida em grupos e apresentou três estações. A pesquisadora da Empaer, Eliane Maria Forte Daltro, mostrou aos participantes que estão testando cinco tipos de sombreamento para verificar o desenvolvimento e a produção de hastes florais da espécie "strelitzia". Segundo Eliane, a literatura existente enfatiza que para cultivar a referida espécie é necessário ter um clima ameno com altitudes mais elevadas. E a pesquisa está indicando que com altas temperaturas e baixa altitude, as strelitzias tem apresentado boa adaptabilidade, com bom desempenho vegetativo e de produção de hastes, principalmente nas cultivadas em pleno sol (sem sombreamento), o que viabiliza seu cultivo pelo pequeno produtor, pois reduz o custo de produção. A pesquisadora ressaltou ainda que para nossa condição climática é indispensável o uso de irrigação.

Na segunda estação, a pesquisadora da Empaer, Lozenil Carvalho Frutuoso, mostrou o comportamento das flores tropicais cultivadas em pleno sol e o desenvolvimento do bastão do imperador, alpínia e outras. Na terceira e última estação, a pesquisadora da associação floral, Carmem Fava, apresentou na estufa o cultivo de oito variedades de antúrio de diferentes tons e cores, entre vermelho, coral e branco. Com bom desempenho em temperaturas médias e altas, além da alta umidade do ar, o antúrio não tolera temperaturas muito baixas no inverno e produz em abundância na primavera e verão. Os resultados preliminares serão apresentados no mês de setembro, quando ocorre o primeiro corte da planta das referidas flores.

O gestor do Sebrae, Aureliano Pinheiro, fala que o projeto de flores tropicais vem consolidando no Estado. Ele agradece a oportunidade aos pesquisadores da Empaer em vivenciar os resultados da pesquisa, que será repassado aos produtores rurais como alternativa de negócio e possibilidade de produzir flores com qualidade.O consultor do Sebrae, Augusto Aki, do Estado de São Paulo/Holambra,especialista em flores tropicais, menciona que o trabalho da pesquisa é inovador e apresenta dados importantes das plantas, como volume, padrão e freqüência.

Ele ressalta que a pesquisa vai auxiliar o produtor a obter mais rápido a produtividade e resultados financeiros. E sugere, que após a pesquisa com as flores é importante verificar o comportamento das folhagens que agrega valor na montagem dos arranjos florais. “Acredito que este será o próximo desafio dos pesquisadores do Estado de Mato Grosso”, destaca Aki,

O professor da Univag e coordenador de pesquisa da Fapemat, Luciano Gomes Ferreira, responsável pela disciplina sobre plantas ornamentais, fez da visita técnica uma aula prática com a participação de 15 alunos. Conforme Luciano, flores tropicais é um trabalho de pesquisa inovador voltado para a agricultura familiar. Vinicius de Oliveira Kaiser, aluno do quarto ano de engenharia agronômica, está surpreso com o trabalho de pesquisa executado no campo da Empaer. “Nunca imaginei que na Baixada Cuiabana tivesse cultivo de flores tropicais e acabei conhecendo mais uma opção de plantio e renda”, comenta Kaiser.

A engenheira agrônoma, Catarina Rodrigues dos Santos e a bióloga, Maria Helena Pontes Alves, plantaram 17 espécies de flores tropicais e estão acompanhando a adaptação das variedades. Segundo Catarina, o plantio tem apenas 18 meses e pretendem comercializar a produção já em 2012. Maria Helena ressalta a durabilidade das flores, com cuidado e limpeza podem durar 16 dias. “Sempre gostei de flores. Com a aposentadoria fiz do cultivo de flores uma profissão de verdade”, diz Helena.

A visita técnica aconteceu no período da manhã (8h às 11h30), e contou com a presença do diretor de pesquisa da Empaer, Carlos Milhomem de Abreu, Presidente da Câmara Municipal de Acorizal, Cleber Clovis da Cruz, Vereador de Jangada, Roberto Damasceno, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), produtores rurais, funcionários da Empaer e outros.

Fonte: Rosana Persona (Jornalista da Empaer)

Um comentário:

  1. Goatariamos de contatar os pesquisadores mencionados pois temos a intenção de produzir flores em Campo GrandeMS. Por favor temos urgencia, pois necessitamos das mudas para plantio este ano, juntamente com a tecnologia,]obrigado.
    Claudete e Paulo Borges

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