A secretária de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Teté Bezerra, se reuniu nesta quinta-feira (08.09) com o coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio), Benedito César Garcia, para discutir a formatação do turismo indígena em Mato Grosso.
De acordo com a secretária, a intenção é promover o etnoturismo de forma sustentável, valorizando a cultura e auxiliando na elaboração de políticas públicas.
“Estamos discutindo com a Funai e com representantes de aldeias indígenas a formatação de uma rota turística que vai atender uma reivindicação antiga dessa comunidade”, disse.
Nesse primeiro momento, o coordenador da Funai sugeriu que o turismo indígena seja realizado em sua aldeias, como projeto piloto.
“Sugerimos a inclusão de duas aldeias que estão localizadas em Barra do Bugres e Nobres. A ideia é capacitar esses índios para receber o turismo. Ressaltamos que esse tipo de turismo já é feito em outras regiões do País com sucesso, tendo em vista que além de preservar a cultura indígena é uma opção de renda para essa população”, comentou Benedito Garcia.
Para regularizar o turismo em terras indígenas, Teté Bezerra explicou que é necessário que a Funai baixe uma portaria autorizando. No intuito de agilizar esse processo a secretária pretende se reunir com o Ministério da Justiça na próxima semana. “Vamos até o ministro para solicitar apoio para colocar em prática o projeto de turismo indígena”.
A primeira etapa do projeto é capacitar as aldeias para receber o turista. O exemplo do que é está sendo feito em Nobres e Chapada dos Guimarães, a Sedtur vai contratar uma consultoria para mapear as necessidades e formatar os produtos turísticos.
Dados
Segundo estimativa da Funai existe no Brasil em cerca de 345 mil índios distribuídos entre 216 sociedades indígenas.
Em Mato Grosso a população indígena é de 25 mil índios. São 38 povos, com suas línguas e culturas diferentes, habitantes de aproximadamente 10% do territorio mato-grossense: Apiaká, Kayabi, Munduruku, Arara, Xavante, Cinta Larga, Bakairi, Paresi, Kayapó, Enauenê nauê, Mynky, Bororo, Nambikwara, Aweti, Juruna, Kalapalo, Kamayurá, Kuikuro, Matipu, Nahukwá, Mehinaku, Suyá, Tapayuna, Trumái, Txicão, Waurá, Yawalapiti, Rikbaktsa, Irantxe, Panará, Karajá, Surui, Tapirapé, Terena, Umutina, Zoró, Guató e Chiquitanos
Fonte: Ana Karla Costa - Assessoria Sedtur/MT
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