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6 de fevereiro de 2012

Conheça a máquina que retira a castanha do Cumbarú

Foto do Benedito da COORIMBATÁ E família

Foto do Benedito da COORIMBATÁ E família
 
Pé de Cumbarú em produção


O baru ou cumaru (Dipteryx alata), é uma árvore da família das
leguminosas, subfamília papilionoídea.

Nomes populares: baru, barujo, bugueiro, cambaru, castanha-de-bugre, coco-feijão, cumari, cumaru, cumarurana, cumbaru, feijão-baru, feijão-coco, imburana-brava e pau-cumaru.
Características

A árvore, de até 25 metros de altura com tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro, possui copa densa e arredondada. Sua madeira é resistente
Folhas compostas por 6 a 12 folíolos, glabras, de coloração verde intensa.

Flores pequenas, de coloração esverdeada que surgem de outubro a janeiro. Floresce de outubro a janeiro.

O
fruto (baru) é um legume lenhoso, castanho com uma única amêndoa comestível, que amadurece de setembro a outubro.

As sementes são uma iguaria cada vez mais apreciada e muito nutritiva, embora a dureza do fruto dificulte sua obtenção. Animais silvestres e o gado consomem a polpa aromática do fruto, assim como seres humanos, in natura ou como geléia.
Ecologia

O baru é nativo da vegetação do
cerrado brasileiro e das faixas de transição da Mata Atlântica para o cerrado (na floresta latifoliada semidecidual). Ocorre nos estados de Minas Gerais (Triângulo Mineiro), São Paulo (norte do estado), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Ocorre também na
Bolívia, Paraguai e Peru.[1]

A árvore é perenifólia, heliófita, de terrenos secos. Sua dispersão é irregular.

Está ameaçada de extinção devido a:

destruição de seu
bioma nativo, ocupado pela expansão agrícola

corte devido a sua excelente madeira

consumo de suas sementes na alimentação e como medicinal.
[2]
Fenologia



Muda de baru.


De crescimento rápido, cultiva-se por sementes. Um quilograma de frutos contém cerca de 30 sementes.

A semente germina em cerca de 20 a quarenta dias, e a taxa de germinação é baixa.









Usos
A madeira é de qualidade superior.



O gosto da amêndoa do baru, parecido com o do amendoim, leva a população da região a atribuir-lhe propriedades afrodisíacas: diz-se que na época do baru, aumenta o número de mulheres que engravidam. O que já se sabe é que o baru tem um alto valor nutricional. A castanha tem em torno de 23% de proteína, valor maior do que a castanha-de-caju e a castanha-do-pará.

A semente pode ser armazenada em um saco de aniagem, em ambiente fechado, por um período de um ano, sem nenhum dano para a qualidade da amêndoa. Fora do coco, as amêndoas também podem ser conservadas pelo mesmo período, desde que sejam guardadas em sacos plásticos dentro do freezer.

O preparo das amêndoas para consumo é simples. Depois de tiradas da polpa, é só torrar. Podem ser consumidas sozinhas ou usadas no preparo de pé-de-moleque, rapadura e paçoca.

O óleo extraído da amêndoa é de excelente qualidade, e costuma ser utilizado pela população local como aromatizante para o fumo e como anti-reumático. Apesar de todas as suas qualidades, o baru não é ainda comercializado, sendo muito raro encontrá-lo nas feiras e nas cidades.

As qualidades do baruzeiro vêm sendo pesquisadas desde o fim dos anos 1980 pela
Embrapa e suas propriedades o tornam uma planta relevante. O baruzeiro, por ser uma árvore de crescimento rápido e pela qualidade e resistência de sua madeira, é uma planta de bastante interesse e indicada para as empresas de reflorestamento.

 
Referências

POTT, A.; POTT, V.J. 1994. Plantas do Pantanal. EMBRAPA/MS.

Fontes

Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 4a. edição.


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