Técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) prestam assistência técnica e extensão rural diferenciada à comunidade indígena da tribo Bakairi, nas Aldeias Santana e Nova Canaã, localizadas no município de Nobres (146 km a Nédio Norte de Cuiabá). Com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na ordem de R$ 7,5 milhões, o projeto será executado em 84 municípios do Estado, com objetivo de atender 470 indígenas e nove mil famílias de agricultores tradicionais, jovens e outros. O trabalho será executado em 12 meses e o enfoque é prestar um atendimento individual e de qualidade.
O supervisor da Empaer, Amarildo Sampaio Anchieta e o técnico agropecuário, Elias Queiroz, estão atendendo a comunidade indígena com a implantação do Projeto Vida Nova que prevê a realização do diagnóstico individual e participativo , implantação das Unidades Didáticas de Subsistência Econômica (UDSE), combate à fome, segurança econômica, auto gestão do diagnóstico e elaboração de projetos de crédito. Amarildo esclarece que vão auxiliar a comunidade indígena na prática a executarem as atividades.
Numa área de 37,5 mil hectares, 46 famílias de índios Bakairi vivem da pesca, plantio de arroz, criação de frango caipira e cultivo de mandioca.
A metodologia do Projeto Vida Nova calcula a implantação das culturas de subsistência em uma área de 1,26 hectares, com a utilização da mão-de-obra familiar.
Conforme o supervisor, já foi realizado a análise de solo nas aldeias e aplicado o questionário para verificar as condições de vida e necessidade de cada família.
No mês de julho serão implantadas as UDSE como multiplicadoras de tecnologia para as demais famílias indígenas.
Ele conta que as famílias da Aldeia Santana cultivam mandioca e arroz. Este ano colheram 200 sacos de arroz. A Nova Canaã tem criação de frango caipira.
Na primeira fase da implantação do Vida Nova as famílias indígenas já receberam 60 toneladas de calcário da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf). Que serão utilizados para correção do solo, prevendo o cultivo de arroz, milho, feijão e hortaliças.
O projeto conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Nobres e Fundação Nacional do Índio (Funai). O trabalho visa a promoção da segurança alimentar e o incentivo às atividades produtivas em comunidades indígenas, por intermédio e metodologias específicas que valorizem os elementos culturais, os aspectos ambientais e os alimentos tradicionais.
Tribo Paresi
O técnico agropecuário da Empaer, Edson Ribeiro da Silva Nunes, do município de Campo Novo dos Parecis, fala que presta Ater diferenciada para nove aldeias indígenas da tribo Paresi.
Nunes comenta que os índios Paresis cultivam mandioca, fruticultura, criação de gado de corte, leite e estão tentando investir na piscicultura e horta comunitária. Ele atende comunidades indígenas desde 1989.
“ Tenho o cuidado em respeitar a cultura, tradição e costume da tribo Paresi”, enfatiza Edson.
Fonte: Rosana Persona (Jornalista)
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