30 de junho de 2012

Empaer reforma jardim clonal de seringueira em Rosário Oeste





Começou em janeiro de 2012 a reforma do jardim clonal de seringueira no município de Rosário Oeste (128 km ao Norte de Cuiabá), no Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Foram introduzidas 16 variedades de clones considerados mais produtivos e tolerantes à doença Microcyclus ulei, que causa perda das folhas das árvores. O objetivo é produzir 20 mil mudas de seringueira e o excedente será comercializado para os produtores rurais. 

O engenheiro agrônomo da Empaer, Athayde Maciel, esclarece que o jardim clonal da empresa tem aproximadamente 16 anos de produção. O tempo de vida útil de um jardim varia até 8 anos. Após esse período, as mudas vão perdendo as características genéticas e, conseqüentemente, diminuindo a produção de látex. “Denomina-se jardim clonal a área destinada à produção de hastes, contendo gemas axilares para enxertia dos porta-enxertos de matrizes de plantas geneticamente superiores”, explica Maciel. 

Numa área de um hectare, será formado o novo jardim. Foram utilizados 120 quilos de sementes de seringueira, que obtiveram 90% de êxito na germinação das sementes. Repicaram 10 mil cavalinhos em sacolas plásticas e 10 mil cavalinhos no sistema tradicional, totalizando 20 mil cavalinhos. O técnico agropecuário da Empaer, Paulo Rodrigues Gomes, explica que até dezembro serão enxertados 25% dos cavalinhos e o restante será enxertado e comercializado em novembro de 2013, por um preço de R$ 3,50 a muda. 

Após a instalação do jardim, será montado o viveiro de mudas. Segundo Athayde, a implantação do jardim deve estar associada ao período que antecede ao plantio do viveiro e a disponibilidade de borbulhas coincida com o período de enxertia. É retirada a gema do jardim clonal e enxertada no viveiro, quando surge o clone para a produção da muda. “Nossa expectativa é produzir mudas de seringueira para o produtor rural”, destaca Maciel.

Além do jardim e viveiro de mudas, no Campo Experimental há uma área de 10 hectares de seringueira produtiva, com uma produção de até 1.200 quilos de látex por hectare/mês. Toda produção é vendida para uma usina no município de São José do Rio Claro. O Centro produz também mudas de citros (laranja, limão e pocan) e conta com experimentos de banana, caju, coco e goiaba. 

Conforme Paulo, no Campo Experimental existem 16 variedades de clones de seringueira, com um total de 4 mil matrizes consideradas as mais produtivas e tolerantes ao mal das folhas causado pelo fungo Microcyclus ulei. 

Fonte: Rosana Persona (Jornalista da Empaer)

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