5 de junho de 2012

Mato Grosso um destino para o Turismo - com várias regiões e produtos fantáticos


Região do Pantanal Mato-grossense
O Vasto Pantanal Mato-grossense é a maior planície alagável do mundo, controlada pelo regime cíclico das águas. Este fenômeno repetido a milhões de anos transformou o Pantanal em um complexo único - a maior superfície úmida do planeta - abrigando a maior reserva ictiológica da América do Sul.

Portão de Entrada: Por via aérea, chega-se ao Aeroporto Marechal Rondon, situado no município de Várzea Grande, cidade vizinha de Cuiabá, capital do Estado. Por terra, chega-se direito a Cuiabá pela BR 364. A partir daí, para visitação ao Pantanal, é necessário que se estabeleça três corredores principais:

Santo Antônio do Leverger:

É conhecido pelo Carnaval, considerado o melhor do estado. A partir de Santo Antônio, segue-se por estrada ou pelo Rio Cuiabá rumo à Barão de Melgaço e às grandes baías. O caminho das águas feito de barco entre Santo Antônio e Barão de Melgaço é muito bonito, pois a paisagem pantaneira cresce a olhos vistos. Durante o percurso pode-se apreciar, também, às margens do Rio Cuiabá, históricas usinas de açúcar e álcool, que movimentaram muito a economia da região tempos atrás, tais como a usina de Itaici, Tamandaré, Aricá e das Flechas.
Como chegar: Sto. Antônio do Leverger está a 27 Km de Cuiabá, pela rodovia MT 040, toda asfaltada.

Barão de Melgaço
É o mais pantaneiro dos municípios de Mato Grosso. Apenas 2,5% de seu território está em terra firme, o restante é puro Pantanal. O município possui boa infra-estrutura hoteleira e o turismo começa a tomar corpo. A maior atração da região são as baías de Chacororé (possui diâmetro aproximado de 15 Km, e na época das águas é duas vezes maior que a Baía de Guanabara) e Siá Mariana, que se destacam entre tantas outras. Em volta das baías forma-se um imenso viveiro natural. Podemos encontrar em suas margens Pousadas com muito conforto e totalmente integradas à natureza.

Como chegar: a distância entre Barão de Melgaço e Cuiabá é de 135 Km, sendo 62 Km de asfalto pela BR 364 e 73 Km de estrada de terra pela MT 361. Outra alternativa por terra seria ir de Cuiabá a Sto. Antônio do Leverger (27 Km pavimentados) e mais 73 Km de estrada de terra até Barão de Melgaço. Este caminho é bem mais curto, mas só se pode fazê-lo na época da vazante (de julho a dezembro).

Mimoso

Pequeno povoado, distrito de Barão de Melgaço, às margens da Baía de Chacororé, tem para Mato Grosso grande valor histórico. Lá nasceu Cândido Mariano da Silva Rondon, o "Pai das Comunicações" e o "maior sertanista brasileiro".

Poconé

Município localizado a 100 Km de Cuiabá, é tipicamente pantaneiro, bucólico e aconchegante. Suas casas ainda conservam toda uma beleza arquitetônica de muitos anos atrás. O município também é muito conhecido pelas suas tradicionais festas e comidas típicas. Poconé é a cidade mais próxima ao Pantanal e, conseqüentemente, o ponto de partida para quem quer visitá-lo, seja pela Rodovia Transpantaneira, que vai até o Porto Jofre, ou pela MT 370, que leva até o Porto Cercado.

Como chegar: de Cuiabá a Poconé são 100 Km por rodovia asfaltada, sendo 11 Km pela BR 070 e 89 Km pela MT 060. Poconé possui Aeroporto para pequenas aeronaves.

Porto Jofre
Pela Rodovia Transpantaneira chega-se ao Porto Jofre. É uma estrada de terra com 126 pontes de madeira.

Percorrendo-a, pode-se observar em toda a sua extensão muitos jacarés e capivaras, pássaros de muitas espécies, principalmente aquelas que se alimentam de peixes ou moluscos. É o caso dos Tuiuiús, Cabeças-secas, Garças, Baguaris, Colhereiros, Curicacas, Frangos D'água, Gaviões Caramujeiros e Pescadores, Carões, Biguás, etc. O Pantanal, cruzamento de três grandes correntes migratórias de aves, reúne mais de seiscentas espécies. Ás suas margens encontram-se também muitas Pousadas e Hotéis Fazendas, desde as mais sofisticadas até as mais simples e rústicas.

Como chegar: de Poconé ao Porto Jofre são 149 Km por estrada de terra (Rodovia Transpantaneira).

Porto Cercado
Pela MT 370, chega-se ao Porto Cercado, outro ponto de referência para a visitação ao Pantanal Norte. A paisagem durante seu percurso é basicamente a mesma da Transpantaneira.

Em seu final nos deparamos com a Estância Ecológica Sesc Pantanal, que integra uma grande estrutura de lazer e hospedagem em um trabalho orientado para o desenvolvimento sustentável, adequada à educação ambiental e pesquisa científica.
Como chegar: de Poconé ao Porto Cercado são 43 Km por estrada de terra (MT-370).

O Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense pertence ao Município de Poconé, abrange uma área de 135.000 hectares, e é conhecido como Caracará. Para se chegar até lá, tem-se que cruzar toda Rodovia Transpantaneira até o Porto Jofre. A partir daí, só se chega ao Parque de barco.


IMPORTANTE: por enquanto, só é permitido conhecer o parque com autorização do IBAMA e acompanhamento de um guia. Não há alojamento disponível.

Cáceres
A "Princesinha do Rio Paraguai" , como é conhecida, está localizada à margem esquerda do Rio Paraguai. No século passado várias fazendas produziam açúcar, cachaça e carne. Jacobina, Descalvados, Barranco Vermelho, Ressaca e Facão são algumas das que transformaram a cidade, na época, em um grande pólo do comércio internacional. Muitas delas, ainda de pé, desafiam o tempo como testemunho do poderio e esplendor do passado. A casa grande, a senzala, a capela com imagens trazidas da Europa e de outros países tornaram-se verdadeiros símbolos da pujança econômica em pleno Pantanal. A principal atividade turística da região é a pesca esportiva.

Em setembro acontece o famoso "FESTIVAL INTERNACIONAL DE PESCA", considerado pelo Guinnes Book como o maior evento do gênero no mundo. Muitos são os barcos de pesca esportiva na região. Eles são equipados com barcos motorizados, piloteiros especializados, iscas, freezers, camarotes com ar-condicionado, banheiros, restaurante com TV, antena parabólica, etc.

Pantanal - Vale do Guaporé
A natureza é pródiga neste grande pedaço do Pantanal. As lagoas, como as de Guaiva, Mandioré e Uberaba, são de uma beleza intraduzível. As grutas, na região serrana, escondem em seus interiores maravilhas e mistérios. Entre muitas podemos citar Barreiro e Quilombo. Outro ponto turístico que chama muito a atenção, principalmente de mergulhadores especializados, é a Lagoa Água Milagrosa. Até hoje, ninguém conseguiu alcançar o seu fundo, e continua sendo um desafio para mergulhadores de diversas partes do mundo que já estiveram por lá. A "Estação Ecológica da Ilha do Taiamã" está a 50 Km abaixo da Fazenda Descalvados e possui uma área de 11.200 hectares, criada para a preservação do ecossistema pantaneiro. Cáceres possui uma boa estrutura hoteleira, com muitas alternativas.
Como chegar: De Cuiabá a Cáceres são 200 Km pela BR 070 (rodovia Cuiabá - Porto Velho), totalmente asfaltada. Cáceres possui Aeroporto para aeronaves de grande porte.

Vila Bela da Santíssima Trindade

Vale do Guaporé
Primeira capital de Mato Grosso

No vale do Rio Guaporé podem perceber nitidamente o encontro de duas das mais fascinantes regiões do Brasil: o Pantanal e a Amazônia. Em nenhum outro lugar pode-se perceber com tanta nitidez como os principais traços dessas duas regiões se confundem, e ver como a Floresta Amazônica abre-se de repente nos campos cerrados e meio alagados do Pantanal. Nesta região, espécies vivas do Pantanal e Amazônia estão se misturando, um fenômeno raro que está despertando muito interesse de cientistas, biólogos e ambientalistas. Fala-se em transformar o corredor do Guaporé em uma unidade internacional de conservação, incluindo aí as serras de Ricardo Franco e Santa Bárbara. Essas matas, saindo dos Andes, passam pela Amazônia, Pantanal, chegando à Chapada dos Guimarães.

A Serra de Ricardo Franco está no município de Vila Bela da Santíssima Trindade e divide o Brasil da Bolívia. É considerado o ponto mais alto do Estado de Mato Grosso.

A Serra de Santa Bárbara pertence ao município de Pontes e Lacerda e possui uma área de 157.000 hectares. A serra é um divisor natural de águas. Alguns rios, que lá têm suas nascentes, correm em direção à Bacia Amazônica, desaguando no Rio Guaporé; outros tomam a direção da Bacia Platina.

Vila Bela da Santíssima Trindade, historicamente, é a maior atração turística do Vale do Guaporé. Fundada em 1746 por D. Rolim de Moura, foi a primeira capital do Estado de Mato Grosso. Desenvolveu-se muito na época, mas com a transferência da capital para Cuiabá em 1820, parou no tempo. Lá permaneceram os nativos, que aos poucos foram se misturando com povos de civilizações africanas, andinas e indígenas da Amazônia. É uma relíquia antropológica.

As ruínas da antiga Matriz, dedicada à Santíssima Trindade, chamam o turista para uma viagem no tempo. Suas grossas paredes, com mais de 1 metro de largura, feitas de tijolos de adobe, chegam a atingir mais de 6 metros de altura.

Até hoje a população mantém suas tradições e costumes. As festas populares quase sempre estão unidas às religiosas. A dança do Congo e a do Chorado são exibidas durante a festa de São Benedito, em Julho, e têm origem nas manifestações dos escravos africanos, trazidos forçosamente ao Brasil pelos portugueses.


Região de Chapada dos Guimarães

Entre os aceanos Pacífico e Atlântico, mais precisamente em Chapada dos Guimarães, está localizado o Centro Geodésico da América Latina. Nesta vastíssima região de Cerrado Mato-grossense encontramos centenas de nascentes cristalinas, cavernas, grutas, corredeiras, cachoeiras, muitas trilhas que nos levam a uma nova, estonteante descoberta do maior potencial para o turismo de aventura, de esportes radicais, esoterismo e misticismo. Adrenalina pura!
São tantas as opções turísticas deste pedaço de Brasil que se fôssemos discorrer sobre todas, não teríamos espaço suficiente neste trabalho.
Aqui também vamos estabelecer os quatro principais corredores de visitação ao Cerrado Mato-grossense:

De Cuiabá a Chapada dos Guimarães são 65 Km pela rodovia Emanuel Pinheiro, totalmente asfaltada. Neste percurso deparamos com entradas para algumas atrações como: Cachoeira Véu de Noiva, Cachoeirinha, da Independência, das Andorinhas, do Pulo, etc. A estrada atravessa o Complexo Turístico da Salgadeira, um balneário que abriga uma cachoeira do mesmo nome e a Cachoeira dos Namorados. Passa ainda pelo Mirante Portão do Inferno. A paisagem, a flora e a fauna da região são tão ricas que o Governo Federal transformou 33000 hectares em Parque Nacional. A bucólica cidadezinha de Chapada dos Guimarães teve seu nome dado por portugueses em homenagem a uma cidade do norte de Portugal, chamada Guimarães.

Cuiabá

Entre os aceanos Pacífico e Atlântico, mais precisamente em Cuiabá, está localizado o Centro Geodésico da América do Sul.

Nesta vastíssima região de Cerrado Mato-grossense encontramos centenas de nascentes cristalinas, cavernas, grutas, corredeiras, cachoeiras, muitas trilhas que nos levam a uma nova e estonteante descoberta do maior potencial para o turismo de aventura, de esportes radicais, esoterismo e misticismo. Adrenalina pura!

São tantas as opções turísticas deste pedaço de Brasil que, se fôssemos discorrer sobre todas, não teríamos espaço suficiente neste trabalho.

Chapada dos Guimarães é um dos principais divisores de águas da América Latina. Do alto de seus mirantes, ricos em nascentes, descem as águas que correm para o Pantanal, indo desaguar na Bacia Platina. Ao Norte, as águas de suas nascentes banham a Bacia Amazônica.

Como chegar: A distância entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães é de 65 Km pela Rodovia Emanuel Pinheiro (MT 251), totalmente asfaltada até a sede do Parque. Daí até a cidade são mais 9 Km

Neste corredor de fácil acesso, os principais pontos turísticos estão nas proximidades de Rondonópolis, Jaciara, Jucimeira e Primavera do Leste. Encravada no meio da Serra de São Vicente, em um agradável clima de montanha, está o Balneário de Águas Quentes. Lugar ideal para quem quer realmente descansar, no mais íntimo contato com a natureza. O complexo é dotado de magnífica infra-estrutura. Deliciosas piscinas, inclusive térmicas, com temperatura das águas variando entre 32ºC e 42ºC.

Em Jaciara, o turista pode desfrutar de muitas cachoeiras, entre elas, a famosa Cachoeira da Fumaça. Um pouco mais além está Jucimeira, também com fontes termais com propriedades medicinais.

Em Rondonópolis, mais precisamente numa região chamada Ferraz Igreja, encontramos canyons maravilhosos com veios de águas que desembocam no rio Vermelho

A beleza cênica convida os amantes de canoagem a um desafio de coragem e perícia em espetaculares corredeiras.

A fusão de todas essas emoções, cachoeiras, sítios arqueológicos, complexos termais, canyons e vales vão fazer, muito em breve, São Vicente e Vale do São Lourenço estarem entre os principais pólos brasileiros do Ecoturismo e Esportes Radicais.

Como chegar: A distância entre Cuiabá e Águas Quentes, quase no pé do Morro de S. Vicente, é de 86 Km. De S. Vicente à Jaciara são 55 Km. De Jaciara à Jucimeira são mais 55 Km. Todas as principais cidades deste corredor são servidas pela BR 364 , totalmente asfaltada. Em Rondonópolis existe campo de pouso para pequenos e médios aviões.

Nobres

Mais rios, mais, muito mais cachoeiras, grutas, serras, índios, muita natureza. Esta região respira turismo. Este pequeno trecho entre Cuiabá e Tangará da Serra é o suficiente para qualquer turista deixar Mato Grosso com a alma lavada. É muita água! Aí encontramos, a 110 Km da capital do Estado, a Pousada Currupira, em um belíssimo vale do complexo da Serra das Araras, entre a Serra do Currupira e a Serra do Descalvado. A flora é composta por uma amostragem da Floresta Amazônica com enormes árvores seculares e seus habitantes de fauna típica. Entre estes se destaca o Gavião Real (Harpya-harpyja), que encontrou, nas proximidades da Pousada, condições ideais para nidificar e criar os seus filhotes.

Em outro local maravilhoso, na Serra Tapirapuã, está o Hotel Fazenda Primavera, a 25 Km do centro de Tangará da Serra, no município de Nova Olímpia. Dentro de sua área, a cerca de 300 m de distância da sede, estão as principais atrações, as cacho.

Uma nova modalidade esportiva para a região, o Canyoning, já começa a se desenvolver e a ser praticado nestas quedas d'água. Se apreciar cachoeiras já é refrescante, imagine descer dezenas de metros de altura no meio delas.
Em Tangará da Serra, que hoje já é uma das maiores e mais bem estruturadas cidades do Estado, estão concentrados os maiores atrativos turísticos. A cidade está localizada no alto do Chapadão dos Parecis, na Serra Tapirapuã ou Serra Pedra Solteira, como também é chamada. Aí está a maior infra-estrutura turística do corredor

O Salto das Nuvens é um balneário de beleza extasiaste. A natureza ao redor, quase intocada, está revestida de encantos da flora e da fauna. Para se chegar aos pés da cachoeira, é preciso descer por uma escadaria rústica de madeira.

O cenário é de tirar o fôlego. O Rio Sepotuba desce imponente de cima das pedras, fazendo muito barulho. Lá embaixo existe um restaurante todo em madeira, com decks, espaço para eventos e salão de jogos. Existem, às margens do rio, praias de águas muito límpidas, excelentes para banhos.
Outras regiões próximas ao corredor Cuiabá/Tangará da Serra também contam com grande potencial turístico: Vale do Cabaçal, Salto do Céu, etc.
Como chegar: De Cuiabá a Tangará da Serra são 244 Km pela BR 358, totalmente asfaltada. Tangará conta também com campo de pouso para aviões de pequeno e médio porte

Trecho inexplorado de cerrado com muitos atrativos, riquíssimo em grutas, cavernas, poços e muita história guardada em Sítios Arqueológicos. Nem é preciso andar muito, só o município de Nobres é o suficiente para descrevermos todas estas atrações e resumirmos o que encontraríamos em quase todo o corredor. Só nesta região existem mais de 30 cavernas calcáreas. Lagos com águas cristalinas, perfeitas para mergulho, modalidade de esporte que está crescendo muito em Mato Grosso. Atrativos ainda inexplorados preservam uma natureza primitiva. Lá existem tantas lagoas e cavernas que muitas ainda são desconhecidas até de antigos moradores do local. Um dos lugares fantásticos de Nobres é a Lagoa Azul. Outros pontos onde já se pratica mergulho são: Lagoa Pai João e Poço Dois de Maio. Entre as atrações exóticas está a tribo dos índios Bakairis.

A pesca esportiva é outro atrativo que começa a se desenvolver na região de Nobres. Um dos principais pontos é a Reserva Yaporã, a 12 Km da cidade. Fica aberta aos turistas durante todo o ano. A estrutura é simples e confortável. A Reserva possui chalés com suítes e quiosques. Há também espaço reservado para quem deseja acampar. É importante citar que a Reserva Yaporã fica às margens do Rio Cuiabá, com água muita limpa, próxima à sua nascente.

Na região de Rosário Oeste existe a Caverna do Currupira, na nascente do rio de mesmo nome, um cenário natural quase intocado que já virou “point" de mergulhadores.
Como Chegar: De Cuiabá a Rosário Oeste são 123 Km e até Nobres mais 22 Km

Região Amazônica

Amazônia, um caldeirão de biodiversidade, encanto dos turistas, biólogos e cientistas do mundo inteiro. Aí já foram identificadas 30.000 espécies de plantas, o que ainda é pouco. Possui a maior variedade de primatas, jacarés, aves, roedores, sapos, peixes de água doce, lagartos, insetos, etc. Só de mamíferos já estão catalogadas 320 espécies.

Hoje já -- se trabalha o ecoturismo na Amazônia Legal, da qual Mato Grosso faz parte, de forma mais racional, baseado em estudos técnicos, pesquisas e propostas. Este trabalho já está sendo feito junto aos povos indígenas e comunidades locais, tendo como principal objetivo o desenvolvimento sustentável. Existem iniciativas independentes por parte de algumas Associações Indígenas que, seguindo modelos de outras nações, começam a se estruturar para receber visitas em festividades tradicionais.

É grande a população indígena, dividida em diversas etnias, que vive em Mato Grosso. Na Amazônia Legal vivem 98% dos índios do Brasil.

Ainda são poucos os hotéis de selva na Amazônia Mato-grossense para atender ao turismo, mas aos poucos eles vão aparecendo. O importante é que estão sendo construídos com a consciência de preservação do meio-ambiente e desenvolvimento ecológico. A modalidade Ecoturismo está crescendo muito entre os europeus, americanos e japoneses. A selva tropical está cada vez mais no roteiro turístico dos países mais desenvolvidos. As principais cidades do Norte de Mato Grosso estão se estruturando paulatinamente e criteriosamente, tendo em vista que o Ecoturismo é a saída viável para toda a região na virada do milênio.
Alta Floresta e Aripuanã são algumas cidades da Amazônia Mato-grossense que estão investindo no turismo. Entre tantos rios, os principais são: Teles Pires, Juruena, Xingu, Arinos, Aripuanã, Roosevelt e Cristalino. Impossível descrever todos, pois cada um possui características diferentes, embora pertençam a uma mesma bacia hidrográfica. Vamos destacar dois deles: o pequeno Cristalino e o grande Xingu.

Em Alta Floresta foi montado o “Complexo de Ecoturismo Reserva do Cristalino” que é considerado modelo para o Brasil. O Rio Cristalino nasce na Serra do Cachimbo, sendo um afluente do Teles Pires, e corre límpido por entre a Floresta Amazônica na divisa com o Pará. Neste rio está o Cristalino Jungle Lodge, um hotel de selva transformado em Reserva Ecológica. Seu percurso, quase que inexplorado, é pleno de maravilhosas surpresas. Corredeiras, cachoeiras, praias fluviais, piscinas naturais, bichos, pássaros, rica vegetação e muitas borboletas. Vale o desafio.

O vale do Xingu é uma região de muita importância para MT. O rio Xingu nasce na região leste do Estado, a oeste da Serra do Roncador e ao norte da Serra Azul. Aí nascem também os rios Culuene, Couto Magalhães, Von Den Steinen e Sete de Setembro. Estes rios se juntam gradativamente e despejam suas águas no Rio Xingu. O Xingu tem suas nascentes no cerrado e percorre mais de 2000 Km, banhando e levando vida às diversas tribos indígenas do "Parque Nacional do Xingu".

Região Araguaia
A Região do Araguaia é de uma beleza ímpar.

Sua vegetação e sua fauna caracterizam-se pela transição entre dois grandes ecossistemas brasileiros, o Cerrado e a Floresta Amazônica.


A partir daí, a natureza se encarrega de nos apresentar diferentes fisionomias: os campos e os cerrados, as matas ciliares e a floresta pluvial tropical.

A diversidade dos ecossistemas protegidos pelo "Parque Nacional do Araguaia" favorece a biólogos, ornitólogos e cientistas o estudo da fauna e da flora. Quanto aos turistas, favorece a contemplação.

Vale do Araguaia: nome dado por causa do grande Rio Araguaia que nasce próximo ao Parque Nacional das Emas, mais precisamente na Serra do Caiapó. Em seu trajeto para o Norte, serve de limite entre os Estados de Goiás e Mato Grosso.

Em toda sua extensão, cerca de 2115 Km, drena inúmeras regiões agrícolas e pastoris. Seus principais afluentes são os Rios das Mortes e Garças.


Alto Araguaia: vai da nascente até Barra do Garças, abrangendo 450 Km

Médio Araguaia: entre Barra do Garças e São Félix do Araguaia.
Baixo Araguaia: o Rio Araguaia completa o seu percurso com mais 160 Km entre São Félix do Araguaia e o Rio Tocantins. Aí se forma uma das maiores Bacias Hidrográficas do país.

Como em quase todo Estado de Mato Grosso, esta grande região do Vale do Araguaia é riquíssima em potencial turístico. São tantas as características desta região, que se torna impossível, em tão pouco espaço, detalharmos cada uma delas. São savanas, cerrados, campos rupestres, matas ciliares, cerradão, campo limpo, etc. Não é por menos que sua fauna é tão representativa e diversificada.

Navegar pelo Araguaia é uma experiência inesquecível. As barrancas dos rios, os bancos de areia, um número incontável de magníficas praias, os bandos dos mais diversos pássaros e, talvez, até o riso do boto, ficarão gravados na memória.
Se aventurar pelos campos, apreciar suas flores, os animais exóticos como o Tamanduá Bandeira, o Lobo Guará, entre outros tantos, é um excelente programa.

Outras atrações são os enormes cupinzeiros, alguns chegando a atingir 2 metros de altura. Durante a noite, mais comum no inverno, os cupinzeiros nos reservam uma curiosidade. Eles irradiam uma luz fosforescente, produzida pelas larvas de vaga-lumes, que crescem ali dentro e se alimentam de cupins. Este fenômeno chama-se bioluminescência.

O Rio Araguaia e outros que banham a região são famosos pela sua piscosidade. Pirarucu, Pirararas, Filhotes, Matrinchãs e Tucunarés são algumas das espécies de peixes que povoam os rios do Araguaia.

Mais um atrativo imperdível é uma visita à Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. Aí foi criado o "Parque Nacional do Araguaia", onde estão radicadas algumas aldeias indígenas como Tapirapés, Txucurramãe e Carajás. As praias se tornam, no verão, uma das maiores atrações turísticas das cidades ribeirinhas. As mais movimentadas são: São Félix do Araguaia, Barra do Garças, Luciara, Sta. Terezinha e Cocalinhos, com seus Festivais de Pesca. Em Barra do Garças, outro "point" que atrai muitos turistas é o "Parque de Águas Quentes", que possui piscinas de águas medicinais com a temperatura variando entre 32ºC e 46ºC.


fonte: Livro Turismo no Meio Rural de Mato Grosso - Lúcio Geraldo 2009



 

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