28 de junho de 2012

REDETRAF FORTALECIDA EM ENCONTRO NACIONAL NO RIO DE JANEIRO

  Estivemos participando até ontem da X Oficina Nacional da Rede de Turismo na Agricultura Familiar - REDE TRAF que desde 2005 vem promovendo a articulação de técnicos, instituições, agricultores e movimentos sociais em torno do tema. Sem dúvida o maior destaque desse evento foi o avanço na consolidação da parceria entre a REDETRAF, a ANDA BRASIL e a UNISOL (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários-www.unisolbrasil.org.br). Esta última tem a pretensão de ainda esse ano criar o seu setorial de turismo e conta com a expertize da nossa rede para isso. E nós da rede contaremos com o conhecimento e experiência da UNISOL na área de cooperativismo e economia solidária, ambas ganhando em capilaridade e visibilidade política no Brasil e no mundo.

No mundo, pelo avanço no processo de internacionalização da REDETRAF que já realizou com a ANDA BRASIL diversas missões ao exterior (América latina, Europa e esse ano irá a ÁSIA) e pela articulação da UNISOL com outras centrais através da America`s chapter of International Organization of Industrial, Artisanal and Service Producer´s Cooperatives-CICOPA., cujo presidente da UNISOL preside também hoje (Arildo Mota). O primeiro fruto disso foi a participação da REDE TRAF na Conferência Internacional de Políticas Inovadoras para o Investimento Responsável, realizada no BNDES-RIO no dia da abertura da Oficina TRAF, em parceria com a Fundação Rockefeller, a Initiative for Responsible Investment, da Universidade de Harvard, e da organização sem fins lucrativos InSight at Pacific Community Ventures, de São Francisco. A UNISOL tem também articulação com a Cooperazione per lo Sviluppo dei Paesi Emergenti-COSPE-Itália, que já apoia o TRAF no Piauí.

No Brasil pela possibilidade das associações e cooperativas que protagonizam o turismo comunitário e solidário nas comunidades de agricultores familiares articuladas pela REDETRAF e nas comunidades urbanas se filiarem a UNISOL e aumentarem o seu poder de articulação política, inserção em mercados diferenciados, acesso a capacitações e formações e a participação em feiras e congressos nacionais e internacionais.

Os colegas de vários estados (RS, PR, SC, RIO, SP, MG, GO, MT, MS, GO, BA, PE, AL, CE, PB, RN, PI, AM, AP e PA), técnicos e acadêmicos que atuam no meio rural (com os povos indígenas, quilombolas, agricultores tradicionais e assentados) e no meio urbano, debateram a situação atual da rede e os rumos a serem tomados para a retomada de muitos trabalhos que foram prejudicados pela ausência de políticas públicas específicas, com o fim do Programa Nacional de Turismo na Agricultura Familiar – PNTRAF pelo MDA, e pela não priorização no MTUR de ações para esse setor, salvo as poucas iniciativas em prol do turismo de base comunitária.
Em que pesem os problemas, vários estados mantiveram ou ampliaram suas ações como a Bahia, São Paulo, Amazonas, Mato Grosso e Piauí e outros começaram a despertar para novas iniciativas como o Mato Grosso do Sul, no Assentamento Itamarati, localizado em Ponta Porã. A importância do trabalho dos extensionistas rurais como em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará e Rio Grande do Norte mostram que nos estados onde o governo entendeu e priorizou o apoio ao protagonismo dos agricultores familiares na formatação de circuitos de caminhadas e roteiros turísticos, para muito além da produção associada ao turismo, as coisas avançaram mais.

Aproveitamos o encontro para fomentar a articulação interuniversitária com outros integrantes da rede que atuam na academia como o Prof. Osmar Fontelles da Universidade Estadual do Vale do Acaraú-CE, o Prof. Luis Brambatti da Universidade Federal do Paraná-Campus Litoral e o Prof. Rafael Freitag da Faculdade de Turismo de Florianópolis – ASSESC.




O turismo em assentamentos também foi mencionado em vários estados como no Mato Grosso(Geraldo Donizete-SEDTUR), no Amazonas(Jordan Fonseca-AMAZONASTUR), na Bahia (Mônica Santana – FUNDESF), no Ceará( Osmar Fontelles-Prefeitura de Jericoacoara) e em Pernambuco(Patrícia Queiróz). Ou seja, não estamos sós, estamos mais fortes e os que outrora ou que ainda insistem em duvidar do potencial e da competência das comunidades rurais e urbanas no protagonismo de um outro turismo é que correm o risco de não acompanharem essa moderna tendência mundial, e deixarem de captar novos fluxos turísticos de cunho solidário, responsável e sustentável.

                    Mais uma amostra dessa força será dada de 3 a 8 de julho, no II Encontro de Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária na UNEB-Campus I-Salvador-Bahia.
 
Maiores informações no telefone: 71 - 3117-2320 - rtuarss@gmail.com. http://turismodebasecomunitaria.wordpress.com.


Posted 4 days ago by Alberto Viana

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