25 de fevereiro de 2013

Agricultores familiares de Lagoa de Roça investem na agroecologia


Nas estações, além dos temas abordados, também houve discussões sobre as alternativas e convivência com a seca
Agricultores familiares do Sítio Canto do Galo, no município de Lagoa de Roça, participaram, nesta quarta-feira (20), de um Dia de Campo sobre Agroecologia e Convivência com a Seca, quando conheceram práticas como produção de adubos naturais, minhocultura (produção de húmus), biofertilizantes, compostagem, hidroponia e avicultura alternativa. Pelo menos 100 produtores participaram do evento, que contou com a participação do presidente da Emater, Giovanni Medeiros; o gerente regional da Emater em Areia, Auto Martins; Daniel Cavalcanti Paiva, representando a Secretario de Interiorização, diversos técnicos e extensionsistas rurais.

O agricultor João Pereira dos Santos (João Garcia), dono do sítio, depois de conhecer o funcionamento destas tecnologias, disse que começará a aplicar em sua propriedade rural as tecnologias, principalmente a hidroponia, para ajudar na alimentação do gado durante o período de estiagem. Ele disse que já usa a compostagem orgânica no cultivo de hortaliças.

Sobre a importância da avicultura na região, o presidente da Associação de Produtores de Avicultura Alternativa de Lagoa de Roça, Robson Pereira disse acreditar que essa é a alternativa para os agricultores da região, principalmente depois que for inaugurado o abatedouro que está sendo implantado com recursos do Projeto Cooperar. “A parceria com a Emater tem contribuído para que a avicultura se torne uma atividade rentável para o agricultor familiar”, afirmou.

Ainda segundo o dirigente da Associação, o trabalho de conscientização e organização dos agricultores pela Emater tem permitido que eles possam acessar os programas de compras governamentais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Também destacou a determinação do Governo do Estado em atender ao pleito e instalar o abatedouro de aves na região, o que permitirá agregar valores aos produtos, obter novos mercados e mais ganhos para todos.

Nas estações, além dos temas abordados, também houve discussões sobre as alternativas e convivência com a seca, com a produção de forragem hidropônica de milho em bagaço de cana com biofertilizantes. O evento contou com a participação na sua organização com os extenionistas Josué Vitorino, Cícero Cordão e Paula Francinete.

O agricultor Valdecir José Alves, também morador no mesmo sítio, disse que, devido à longa estiagem neste ano, dos 20 bovinos de engorda que tinha, ficou apenas com quatro. Mas com a produção de hidroponia, será possível ter ração em período de seca, com o cultivo de milho hidropônico. O outro agricultor, João Garcia, que cria vacas para produção de leite, disse que agora terá o cuidado de usar essa prática de plantação durante a seca, tendo em vista que consome pouca água.

Segundo o extensionista Eduardo Silveira Lucas Farias, coordenador da Chamada Pública da Borborema, a hidroponia consiste em cultivar as plantas sem solo, onde será fornecida uma solução nutritiva balanceada com água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. A técnica pode ser empregada de várias formas, sendo as principais: exposição das raízes a uma lâmina de solução sobre uma bancada ou uso de substrato inerte para a sustentação da planta, onde esta irá receber a solução nutritiva.

Várias espécies de verdura podem ser cultivadas através da hidroponia como: pepino, berinjela, agrião, rúcula, salsa, couve, repolho, feijão-vagem, brócolis, tomate, morango, mudas para silvicultura, plantas ornamentais e etc. Qualquer planta pode ser cultivada com esta técnica e outro grande segredo é que as atividades absorvem muito bem a mão-de-obra familiar, seja de idosos, jovens, crianças, homens, mulheres, deficientes


Fonte: Ascom Emater-PB
 
 

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