12 de março de 2013

Projeto piloto incentiva produtores no processamento da castanha de caju em Jangada



Foi montado um projeto piloto para extração da amêndoa da castanha de caju, no município de Jangada (80 km ao Norte da capital), na comunidade Vaquejador, na área do produtor rural, Américo da Guia Silva, que possui um plantio de 2,8 hectares de caju anão precoce. O projeto é executado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) que vão capacitar mais de 20 produtores da comunidade que possui um plantio de 54 hectares de caju. 
Conforme o produtor Américo, o primeiro passo foi utilizar uma máquina manual de corte de castanha e conferir o melhor aproveitamento da amêndoa, ou seja, a forma de retirar a castanha sem perder ou quebrar. Ele explica que foram coletadas três toneladas de castanha e com o processamento pretende produzir 600 quilos prontos para o consumo. A castanha in natura é vendida por R$ 1,20 o quilo, com a extração da amêndoa o preço é acima de R$ 20,00 o quilo. “Estamos no começo e conhecendo todo processo que exige tempo e aprendizado”, destaca Silva. 
Empolgado com a nova alternativa de lucro e renda, já adquiriu experiência para produzir cinco quilos de castanha por dia. Para tornar a atividade comercial são necessários 35 quilos de castanhas. Américo comenta que o fruto do caju não é rentável, na safra é vendido a apenas R$ 6,00 uma caixa com 40 frutos. O biólogo da Empaer,João Bosco Pereira, fala que o objetivo é garantir uma nova fonte de renda e tornar a fruticultura forte e produtiva na região. 
O caju possui duas partes – a castanha que é a fruta e o pseudofruto (pedúnculo floral), reconhecido como o fruto. A castanha é dura e oleaginosa, podendo ser consumido somente após passar por um processo onde é cozido ou torrado e separado da sua casca. O técnico agropecuário da Empaer, Roberto Teixeira Damasceno, destaca que o município produz 64 toneladas de caju por ano, com uma produtividade média de 1.200 quilos por hectare e não aproveita o fruto de forma comercial. A Intenção é montar uma cooperativa para utilizar também a polpa do caju. 
Será realizado um curso de capacitação para os demais produtores com informações desde a coleta da castanha, limpeza, separação, corte, cozimento e industrialização. O curso acontecerá ainda no mês de março. 

Fonte: Rosana Persona (Jornalista da Empaer)


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