Aconteceu nesta quinta-feira (05.09), a 4ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica do Trigo (CTT) que abordou a proposta para criação do Fundo de Apoio à Pesquisa do Trigo, situação do projeto de parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural (Empaer) e Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), queda na produção nacional na safra 2013/14, ações do Protrigo entre outros assuntos. A reunião foi realizada na sede da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), no Centro Político Administrativo (CPA), no período vespertino.
O engenheiro agrônomo e professor do IFMT/São Vicente, Antônio Rodrigues Cadorin, relatou sobre o trabalho de melhoramento genético e parceria que estão realizando no município de Campo Verde, com aproximadamente 500 linhagens de variedades de trigo de sequeiro, sendo 60 oriundas da Embrapa, e a maioria do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT), com sede no México. A pesquisadora do IFMT, Rita de Cássia Goussain, fala que trabalha com a cultura do trigo na região desde 2009, e os novos materiais foram colhidos e estão no laboratório para análise e seleção das variedades.
O coordenador da CTT e pesquisador da Empaer, Hortêncio Paro, enfatiza que as ações do Protrigo estão avançando com a participação da comunidade científica de representantes da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Instituto Mato-grossense de Algodão (IMA), Universidade de Várzea Grande (Univag), IFMT e outros. E lembra que para os produtores interessados, existem 17materiais genéticos adaptáveis e 13 variedades já estão no campo sendo cultivadas.
Um ponto lembrado na reunião foi a queda na produção. Conforme Paro, devido a crise climática, das 5 milhões de toneladas de trigo que serão colhidas no Brasil, 4,6 milhões de toneladas poderão ser processadas. Desse volume, 1,2 milhão de toneladas serão de trigo de panificação. Entre setembro e dezembro, o país deve consumir 3,2 milhões de toneladas de trigo da classe pão, o que significa que até lá, 2 milhões de toneladas do cereal terão que ser importados para uso na panificação. O Mato Grosso consome anualmente 120 mil toneladas de farinha de trigo. “A queda na produção é devido às intempéries climática no Brasil e em outros países”, explica Paro.
O representante do moinho em Cuiabá, Otto Correia, comenta que a indústria processa 11 mil toneladas de farinha de trigo por mês. Com a queda na produção e risco de ficar sem a matéria prima compraram trigo dos Estados Unidos. Ele recorda que a indústria também utiliza trigo produzido no Mato Grosso e classifica como um produto de alto padrão, igual ou melhor que o trigo produzido na Argentina. “As reuniões da Câmara Técnica são importantes e nós temos interesse em fomentar a cultura no Estado”, confessa Otto.
Fonte: Rosana Persona (Jornalista da Empaer)
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