20 de março de 2014

Copa do Mundo gera vagas e oportunidades para empresários Micro e pequenas empresas vão faturar R$ 500 milhões com o evento




Noventa e cinco produtos ganharam o selo da Copa do Mundo da Fifa

DO G1

A Sala de Emprego dessa segunda-feira (17) mostra que, faltando 87 dias para o início da Copa do Mundo, ainda dá tempo de conseguir uma vaga de emprego nessa área. Donos de pequenas empresas também podem aproveitar a oportunidade para lucrar mais. Levantamento feito pelo Sebrae mostra que as micro e pequenas empresas vão faturar R$ 500 milhões com a Copa no Brasil.

Noventa e cinco produtos ganharam o selo da Copa do Mundo da Fifa. São canecas, mochilas, bonecos e outros diversos objetos. O empresário Alexandre Haron Filho criou novas estampas para os baldes de gelo que produz há dez anos: tem as cidades sede do evento, o mascote e a taça do torneio. “Onde nós tínhamos uma dificuldade de entrar com nossos produtos, passamos a ter mais facilidade com os produtos licenciados Fifa. Pós Copa, o que a gente esáa querendo é realmente buscar esse mercado e permanecer nele”, afirma Alexandre.

Segundo o Sebrae ainda dá tempo de investir na Copa, mas o empreendedor que pretende ganhar dinheiro com o torneio deve ficar atento: “Você não pode usar os símbolos da Copa do Mundo: o mascote, a bola oficial e a taça sem pedir autorização para a Fifa. Cores, bandeiras, faixas coisas que digam Brasil, futebol, são coisas que podem ser usadas e não precisam da autorização”, explica Bruno Caetano, superintendente do Sebrae-SP.

Foi isso que fez o empresário Aparecido João, dono de uma fábrica de pimentas. Ele criou a pimenta amarela e juntou com a verde em um único kit. Com o investimento na Copa, ele pretende dobrar as vendas: “Você vai até a minha casa assistir o jogo comigo, vai experimentar a pimenta, vai gostar, eu vou te presentear com uma e vou ainda ficar com as minhas. Por isso que eu fiz esse kit, para ter uma harmonização entre os amigos, uma confraternização”.

Já quem quer a segurança de um emprego formal, o momento é ideal porque tem muita empresa contratando. Estudo da Fundação Getúlio Vargas e da consultoria Ernest Young prevê a geração de 3,6 milhões de vagas este ano. 

Gabriela está ansiosa para a achegada da Copa do Mundo. Ela foi selecionada para trabalhar no setor de alimentação e bebidas e vai passar por um treinamento pra aprender direitinho a função que irá desempenhar.

Ao todo, são 15 mil vagas em todas as 12 cidades brasileiras que vão sediar jogos do Mundial. As oportunidades são dentro dos estádios e não é necessário ter qualificação ou experiência. Por oito horas de trabalho, os selecionados receberão uma diária de, em média, R$ 120.

Para se candidatar a uma vaga de caixa, atendente ou vendedor nos bares e lanchonetes dos estádios, basta ter 18 anos. São 12 mil vagas, mil por sede. Já para as três mil vagas para recepcionistas, que irão trabalhar nos camarotes e áreas de hospitalidade da Fifa, é preciso ter ensino médio completo e falar inglês.

Além dos estádios, há outras oportunidades. Com os preparativos para o evento, bares e restaurantes estão ampliando o quadro de funcionários. Só em Curitiba e Região Metropolitana são 12 mil vagas disponíveis. Faltam garçons, cozinheiros, auxiliares de cozinha, chefes de cozinha e até gerentes. A grande dificuldade é encontrar mão de obra qualificada. Os salários variam de R$ 1.5 mil para garçons a R$ 5 mil para gerentes.

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