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31 de março de 2014

Pesquisa avalia cultivares de feijão rico em proteína e com maior durabilidade no armazenamento



Com objetivo de revitalizar o cultivo do feijoeiro-comum pesquisadores da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) avaliam 80 linhagens de feijoeiro em 12 municípios do estado. A pesquisa vai acompanhar o desenvolvimento de cultivares que apresentem retardamento no escurecimento dos grãos do feijão Carioca, maior durabilidade no armazenamento e linhagens ricas em sais minerais como ferro (Fe) e zinco (Zn), ideais para o consumo humano e para atender a merenda escolar. 

O pesquisador da Empaer Valter Martins de Almeida fala que durante o período de armazenamento dos grãos ocorrem alterações químicas que modificam a coloração do feijão rapidamente, ocasionando depreciação no valor culinário e econômico. Grãos escuros são associados com grãos velhos e com prolongado tempo de cozimento, sendo rejeitados pelos consumidores. Por esses motivos, atualmente o período de estocagem do feijão é muito baixo, o que obriga o produtor a comercializar seu produto rapidamente, independentemente dos preços ofertados. 

O feijão também é rico em proteína. A deficiência de ferro provoca no indivíduo anemia, e a falta de zinco causa perda de apetite e intolerância à glicose. “Uma das formas de combater essas carências é identificar linhagens de feijoeiro que possuem altos teores desses minerais nos grãos e, dessa forma, seria disponibilizada esses feijões para o consumidor”, relata Valter. 

O trabalho busca cultivares de feijão Carioca com baixo tempo de cocção após o armazenamento. Segundo Martins, encontrar uma variedade assim trará vantagens para o agricultor no armazenamento dos grãos por um período maior e flexibilidade para aguardar melhores preços na comercialização. “Estamos pesquisando linhagens com qualidade visual dos grãos e durabilidade de até 90 dias”, explica o pesquisador. 

O projeto de pesquisa é realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em busca de cultivares e ajustes técnicos relacionados às praticas agrícolas, ajustadas às condições locais para um melhor desempenho quantitativo e qualitativo do feijão. Serão realizados trabalhos de campo nos seguintes municípios: Colniza, Aripuanã, Juina, Campo Novo do Parecis, Tangará da Serra, Sinop, Sorriso, Barra do Bugres, Acorizal, Cáceres, Campo Verde e Rondonópolis. 

O pesquisador destaca que Mato Grosso está classificado em terceiro lugar na produção de feijão (comum + caupi) no Brasil, com uma área aproximada de 212 mil hectares e produção de 287.000 toneladas (Conab, 2013). Para a safra 2014/2015, a previsão é aumentar a área em 30% devido aos bons preços alcançados, em até R$ 240,00 a saca de feijão Carioca. 

Fonte: Rosana Persona ( jornalista da Empaer)

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