http://www.rdnews.com.br/materias-especiais/100-dias-para-copa/teleferico-em-chapada-ficou-apenas-no-papel-fifa-fan-fest-desempaca/52189
Thaisa Pimpão
Divulgação
Teleférico de Chapada dos Guimarães é um dos projetos que não sairão do papel
Não bastasse o acúmulo de atrasos, defeitos em obras recém-inauguradas e corriqueiros aditivos em projetos já em execução, a Copa do Mundo em Cuiabá deixará outro lastro de decepção: o abandono de projetos importantes.
O teleférico de Chapada dos Guimarães foi lançado pela secretaria estadual de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), na sede da antiga Agecopa (atualmente, Secopa), em 2009.
O processo de escolha da empresa que viabilizaria o projeto chegou a ser iniciado. Após a licitação, a empresa Zucchetto Máquinas e Equipamentos Industriais Ltda ganhou o direito de tocar a obra, orçada em de R$ 6 milhões.
O governo estadual chegou a pagar R$ 579 mil à empresa, recurso equivalente a 9,75% do valor do contrato. A ideia era mudar o modelo de exploração turística de Chapada dos Guimarães, com a instalação de 30 pequenos “bondes” com dois lugares que iriam percorrer uma distância de 1.500 metros do mirante até a Serra do Atimã.
O Ministério Público Estadual chegou a ingressar ação civil pública pedindo a anulação do contrato, sob a justificativa de que houve dispensa de licenciamento ambiental. O governo, todavia, conseguiu as licenças com o Conselho de Estado de Meio Ambiente.
Mesmo assim, em abril de 2013, o secretário da Copa, Maurício Guimarães, informou que não existia mais tempo hábil para construção do teleférico até o mundial e que o projeto estava descartado. Outro fator que contribuiu para a desistência, de acordo com a Secopa, foi o fato de as obras de mobilidade urbana estarem atrasadas.
Indefinição
Fan Fest será construído na Acrimat e receberá até 56 mil torcedores por dia
Um projeto que preocupa uma parcela da população é a transferência do Terminal Atacadista do Bairro Verdão, em Cuiabá, para outro local. A medida, no entanto, está prevista na matriz de responsabilidade assinada pelo governo com a Fifa para que a Capital possa sediar a Copa e, por isso, não deve ser descartada.
O local deve ser cedido pelos comerciantes para abrir mais espaço ao estacionamento da Arena Pantanal. A transferência, contudo, ainda segue sem definição.
De acordo com o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Cuiabá, Elias Andrade, o terminal deve ser transferido para um galpão no Distrito Industrial, próximo a BR-364. Com 6.400 metros quadrados, a área construída é de propriedade do governo do Estado, mas ainda não está desocupada pela empresa que aluga o imóvel.
A 100 dias do mundial, deve ser feita uma reforma no local ao custo de R$ 7 milhões. Além de melhorias no entorno da Arena, é parte da matriz de responsabilidade a construção da estádio, do Fifa Fan Fest, dos Centros Oficiais de Treinamento (COTs) da Barra do Pari e UFMT e a reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon, todos estão em execução com exceção do Fifa Fan Fest, que também é uma das preocupações. Apesar disso, ele começa a sair do papel graças a realização de licitação em fevereiro.
O local será construído no Parque de Exposição Jonas Pinheiro (Acrimat), com capacidade para abrigar até 56 mil torcedores por dia. No local, além de telões, haverá bares, estacionamento, praça de alimentação e lojas oficiais dos patrocinadores do Mundial e da Fifa. Ainda não se sabe o custo do empreendimento, licitado via RDC.
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