11 de abril de 2014

Coco do babaçu gera renda para famílias na região do Araguaia








As produtoras rurais e quebradeiras de coco de babaçu da comunidade 12 de Junho, do município de Luciara (1.166 km a Nordeste de Cuiabá) visitaram a comunidade Patuska, no Assentamento Rural Xavantinho, no município de São Félix do Araguaia (1.200 km a Nordeste da Capital), para conhecer as formas de processamento e extração do coco do babaçu e pequi. A palmeira do babaçu (Orbignya phalerata), planta nativa do cerrado é uma fonte alternativa de renda e sustento de algumas famílias no estado. 

A integração entre os municípios tem objetivo de trocar informações e ampliar a produção de carvão vegetal. A produtora rural, Maria Pereira da Silva, recebeu as quebradeiras de coco e informou sobre o processamento do carvão no tambor de 200 litros e outros produtos extraídos da palmeira, tais como, óleo, fabricação de bolacha, bolo, artigos fitoterápicos com a utilização do mesocarpo do babaçu e também do pequi na produção de óleos, conservas, polpa e outros. Na propriedade é comercializada a farinha do mesocarpo mais conhecida como pó do babaçu. É uma substância considerada rica em fibras, amido e sais minerais. Um pote de 200 gramas é vendido por R$ 15,00. 

A Palmeira é muito comum nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Para e Tocantins que utilizam o lenho do babaçu na construção das casas, enquanto que as folhas são utilizadas na cobertura, nas paredes, porta e janelas. Maria Silva lembrou também das dificuldades na comercialização, a licença para trabalhar com o carvão vegetal e aceitação dos consumidores. O médico veterinário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Lindomar Ferreira Salustiano, lembra que existe a Lei 9.574, que incentiva a exploração, porém falta a questão da licença para produzir e comercializar com segurança o carvão em Mato Grosso. 


O engenheiro agrônomo da Empaer, Eduardo Pereira Dary, destaca que as quebradeiras de coco de Luciara, com orientação para extração do óleo não jogam mais as cascas do coco e fazem o carvão vegetal. Segundo Eduardo, a intenção é vender um saco de três quilos de carvão por R$ 10,00, no mercado local. “Esperamos que o extrativismo aumente a qualidade de vida dessas famílias”, enfatiza Eduardo. 

Fonte: Rosana Persona ( jornalista da Empaer)


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