ANDRÉA HADDAD
Redação/Secom-MT
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Paranaense de Borrazópolis, Silval certamente representa, segundo o autor, a mistura de raças que migraram para Mato Grosso e transformaram o Estado em referência internacional no agronegócio. “O governador representa aproximadamente três milhões de gaúchos, paranaenses e catarinenses que migraram para Mato Grosso. Talvez a história do livro seja a mesma do Silval Barbosa”, salientou João Augusto.
Segundo ele, a miscigenação pode ser considerada o principal legado do Brasil para os estrangeiros durante a Copa do Mundo, que tem Cuiabá entre as 12 cidades-sede. “Temos esta mistura fantástica de raças, surgidas inicialmente com a chegada de europeus, asiáticos e africanos. A família brasileira é a pátria de todas as nações e o livro retrata exatamente isso”.
Natural de Santo Ângelo (RS), onde foi eleito vereador mais votado aos 19 anos de idade, o ministro do TCU chegou a Mato Grosso com o irmão em 1981. Ele tem parentes em Cuiabá, Primavera do Leste, Rondonópolis e Chapada dos Guimarães. “Naquela época as pessoas não acreditaram que poderia dar soja no cerrado e hoje o Estado é esta potência mundial. No livro, conto a história dos tropeiros, o ciclo da cana de açúcar – antes tivemos o do pau-brasil -, e depois o ciclo da soja, que consolidou a economia mato-grossense. Temos que resgatar esta história, pretendo fazer isso depois de lançar o meu livro sobre governança, que escrevi com base na minha experiência administrativa como presidente do TCU”.
João Augusto conta que começou a pesquisar a história da família, os Ribeiro Nardes, para entender porque era o único moreno entre os irmãos, que o tratavam de forma diferenciada. Depois de muitas indagações descobriu que a família tinha descendência indígena, alemã, judaica e espanhola. “Descobri que meu bisavô formou o povoado de Santo Ângelo, à época uma terra das missões, na fronteira com a Argentina, e que meus antepassados chegaram ao país em 1940, fiquei muito impressionado”.
Na definição do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Waldir Teis, que prestigiou o lançamento, a obra é um “exemplo de vida de quem insiste em um ideal”.
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