Madeireiros pedem que seja mantida a alta em apenas 4,1%, percentual que ficou ‘congelado’ por 80 dias
O setor florestal deve aprofundar sua crise em Mato Grosso. Apesar do potencial de exploração, o segmento admite que chegará a exaustão com o ‘arrocho’ que o Governo do Estado está planejando colocar em operação com o fim da vigência da Portaria 039/2014, publicada pela Secretaria de Fazenda, que suspendeu, por 80 dias, o reajuste de 10% nos preços mínimos de comercialização dos produtos.
A alta prevista deve causar um impacto em até 100% algumas espécies de madeira, tornando as peças inviáveis em relação aos demais estados produtores. Preocupados com o impacto que os novos valores trarão à atividade, produtores de várias regiões reuniram-se na semana passada com o secretário-chefe da Casa Civil Pedro Nadaf para buscar uma nova ‘trégua’.
O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (CIPEM) Geraldo Bento, argumentou que o setor decresceu na última década. Ele disse que parte dessa situação está ligado ao fato de que uma nova alteração na pauta da madeira prejudica o setor, que já enfrenta a maior carga tributária do país.
"Acredito no apoio do Governo para alavancar o setor. Hoje conseguimos explorar apenas 30% do nosso potencial produtivo, mesmo com uma série de projetos de manejo aprovados. Se continuarmos do jeito que está vamos continuar perdendo espaço" – explicou.
O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan apontou estudos realizados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a pedido do Cipem, demonstrando que em Mato Grosso a pauta da madeira chega a ser 50% superior aos valores de referência adotados no Pará, Acre e Rondônia. "Se o governo mantiver políticas públicas específicas para este setor, que hoje é a quarta economia do estado, ele terá ainda uma sobrevida de mais de 30 anos".
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio Norte de Mato Grosso (Sindinorte), Claudinei Mello Freitas, vários empresários da região já deixaram de vender os produtos por causa do aumento da pauta.
Os madeireiros pedem que seja mantida a alta em apenas 4,1%, percentual que ficou ‘congelado’ por 80 dias. “Nesse período iniciamos um grupo de estudos com a Sefaz para apresentarmos uma contraposta unificada, sem que nenhuma das partes saísse prejudicada. Infelizmente o Estado foi inflexível, recusando-se a aceitar qualquer nova alteração”, explicou o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), que negocia com o setor.
Dal' Bosco lembrou que o setor de base florestal cobra há um ano a aglutinação dos produtos da lista de preços mínimos e, desde então, alerta que não suporta novas atualizações na pauta da madeira.
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