Da Redação - Isabela Mercuri
Uma atração escondida entre os stands da Arena Cultural é o artesão Alcides Ribeiro. O cuiabano, natural do bairro Dom Aquino, produz violas de cocho desde os 15 anos de idade, quando começou acompanhando seu pai. Hoje em dia, seu sustento vem desta produção, já que o artesão chega a vender 50 violas de cocho em um mês. Alcides vende suas violas na Arena Cultural todas as noites durante a Copa do Mundo.
Os filhos de Alcides ajudam na produção, e segundo o artesão esta já é a quinta geração da família que faz violas. São necessários de 5 a 10 dias para finalizar cada trabalho, dependendo do tempo que a madeira leva para secar. A produção é 100% artesanal.
Nos dias de hoje, a viola é feita com cola de madeira. No entanto, antigamente era utilizada uma cola feita de poca de peixe que, depois de triturada, era levada ao fogo para ficar no ponto. Além disso, antigamente as cordas da viola de cocho eram feitas com tripas de animais silvestres. Hoje, são linhas de pesca.
Viola de cocho
A viola de cocho é símbolo da cultura mato-grossense. O instrumento é usado para tocar músicas culturais e populares da região, como o cururu, e embalar danças como siriri, dança do São Gonçalo e rasqueado, sempre acompanhado pelo ganzá e o tamboril, também conhecido como mocho.
Segundo a Assessoria da Prefeitura de Cuiabá, a viola de cocho foi reconhecida como patrimônio nacional e registrada nos livros dos saberes do patrimônio imaterial brasileiro em dezembro de 2004.
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