15 de junho de 2014

Craque do Táxi fatura com a Copa e elogia melhorias na cidade

Assessoria/Secopa-MT

Edson Rodrigues/Secopa
Lúcio taxi
Taxista Lúcio aderiu ao Movimento #vemprocoração
Na manhã deste domingo (15), um novo craque foi revelado na cidade de Cuiabá: o taxista Lúcio Mário de Oliveira, vencedor da competição “Craque do Táxi”, exibida pelo programa Esporte Espetacular, da TV Globo. 

Lúcio, de 38 anos, festejou a conquista neste domingo em visita ao Centro Aberto de Mídia de Cuiabá. Com o troféu de campeão, ele contou que treinou muito para fazer bonito na TV, e também revelou como sua vida mudou com a Copa do Mundo. 

O Craque do Táxi diz que está faturando como nunca com a visita de turistas e torcedores a Cuiabá, elogiou as obras na cidade que melhoraram o trânsito e ainda revelou como leva a sério sua profissão, num verdadeiro exemplo de cidadão, honestidade e de homem do bem: ele devolveu um celular de última geração e uma máquina fotográfica, esquecidos no seu táxi por torcedores do Chile e da Austrália. 

No CAM, Lúcio aderiu ao Movimento #vemprocoração, a campanha criada para valorizar o povo cuiabano e do Mato Grosso, que já reúne mais de 50 mil seguidores no Facebook. 

Confira a seguir a entrevista de Lúcio no Centro Aberto de Mídia, neste domingo. 

Faturamento com a Copa do Mundo 

“Eu trabalho como taxista há 17 anos, e nunca ganhei tanto. Tenho feito mais de 40 corridas em dias de grande movimento em Cuiabá, como no primeiro jogo da Copa. Cheguei a faturar quase mil reais, trabalhando das 7h da manhã à 1h da madrugada. Cheguei em casa no osso! Com a Copa, eu e os meus colegas estamos faturando bem, duas ou até três vezes mais do que nos dias normais de trabalho. Além disso, estou fazendo várias viagens para levar alguns turistas para a Chapada, por exemplo. Espero poder usar o dinheiro que vou ganhar na Copa para dar uma condição melhor para minha família lá em casa. Quanto aos turistas, os australianos e chilenos elogiaram muito a cidade. Todos falaram muito bem da Arena Pantanal. Eu ainda não tive o prazer de conhecer o estádio, mas quando eu tiver oportunidade quero ir lá ver de perto a nossa Arena”. 

Obras em Cuiabá 

A situação está muito melhor, está mais fácil trabalhar, o passageiro fica menos tempo parado dentro do táxi. Gostei principalmente das trincheiras, que fazem o trânsito travar menos. Ainda falta concluir algumas obras, e já imagino como vai ficar quando tudo estiver pronto. Mas vai ficar muito bom. Antes eu levava de 40 a 50 minutos para sair do centro e chegar até o aeroporto. Agora levo no máximo 20 minutos. Para nós, taxistas, isso tudo foi fundamental, assim não perdemos tanto tempo no trânsito”. 

Honestidade e lição profissional 

Achei um celular de última geração e uma máquina fotográfica no meu carro na semana passada. Liguei para a central do rádio-táxi e avisei, caso alguém procurasse. Ninguém ligou. Eu então comecei a mexer no celular e vi muitas fotos de australianos. Aí lembrei que havia deixado um australiano no hotel. Avisei novamente o rádio-táxi, que entrou em contato com o hotel e localizou o torcedor. Eu fui lá devolver o celular e ele ainda me deu R$ 100, além de agradecer muito. Ora, fui até lá e devolvi. Eu não tenho porque ficar com o que não é meu e, se ele já gasta dinheiro no meu táxi, porque vou querer ficar com o celular dele? 

No caso da máquina fotográfica, fiz a mesma coisa. Vi que estava com muitas fotos de chilenos. Consegui encontrar um representante do consulado chileno e entreguei a máquina. A funcionária disse que irá divulgar algumas das fotos em redes sociais para tentar localizar o dono. Assim, procurei fazer o meu trabalho da melhor forma. O meu interesse é que os passageiros saiam satisfeitos do meu táxi”. 

O título no Rio 

“Assim que começou a seletiva para o campeonato, aqui em Cuiabá, achei que o prêmio seria um carro, pensei até em trocar o meu Corsinha 2012. A TV Globo foi bem clara: disse que queria dar um carro, mas iria tentar um patrocinador. Eu pensei: vou lá (no Maracanã, onde foi disputada a competição, no Rio) para ganhar e trocar de carro. Até comprei uma bola e comecei a treinar! Mas não teve carro e ganhei um prêmio de R$ 3.500,00. Quem ficou com o dinheiro foi minha esposa, que comprou uma geladeira, armários para cozinha. Deu uma geral em casa!” 

Sonho do filho David Luiz 

Meu filho tem 2 anos e 6 meses, dei o nome de David Luiz, mas não por causa do zagueiro da Seleção Brasileira. Foi porque minha esposa gosta do nome David e eu queria um com “L’”, por causa do meu nome. Agora, quero vê-lo crescer e que ele se torne um grande zagueiro do meu time, o Flamengo. 

A paixão por futebol 

Eu joguei bola, mas não tive a sorte de me tornar profissional. Era centroavante, fiz teste na Ponte Preta em 1996 e no Dom Bosco em 1997. Hoje, jogo peladas com os amigos, mas nesta época, por causa da Copa, fiz uma promessa: futebolzinho só depois da última partida da Copa do Mundo. Tenho que escolher entre o lazer e o trabalho. E esta é uma das melhores épocas para se trabalhar”.

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