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31 de julho de 2014

Agricultores notificam empresas por falha em milho transgênico Aprosoja diz que custo de produção aumentou com aplicações a mais de inseticidas


Mayke Toscano/Secom-MT


Aprosoja: custo de produção aumentou em decorrência das aplicações a mais de inseticidas

DA REDAÇÃO

A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) notificou extrajudicialmente quatro empresas de biotecnologia. A entidade reclama da perda de eficiência de um tipo de milho transgênico. 

As variedades de milho BT da Monsanto, DuPont, Dow Chemical e Syngenta falharam, na última safra, em conferir a prometida resistência a lagartas, segundo a associação. 

"As lagartas deveriam morrer ao comerem o milho. Mas, considerando que elas não morreram neste ano, produtores tiveram de gastar em média 120 reais por hectares... em um período em que os preços do milho estão terríveis", disse o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk. 

Segundo a Aprosoja, o custo de produção aumentou em decorrência das aplicações a mais de inseticidas. 

As empresas dizem que cabe aos produtores utilizar a tecnologia adequadamente, seguindo as recomendações técnicas para garantir a eficiência da tecnologia. 

"A companhia orienta os produtores rurais quanto à necessidade de adoção de um sistema de manejo integrado de pragas, que inclui, entre outras ações, o cultivo das áreas de refúgio que são essenciais para manter o equilíbrio das populações de pragas-alvo", disse a Dow AgroSciences, divisão de agronegócios da Dow Chemical, em nota. 

Já a DuPont afirmou que seus híbridos "continuam a oferecer controle efetivo contra um amplo espectro de pragas e, quando combinados com as melhores práticas de manejo", permitem que os produtores atinjam todo o potencial das variedades. 

A Dow disse que está analisando as alegações indicadas no documento da Aprosoja e disse que vai se posicionar dentro de um prazo de dez dias cobrado pela associação. 

Já a DuPont informou que "até o momento não recebeu nenhuma notificação" sobre a eficiência da tecnologia. 

A Monsanto e Syngenta não se manifestaram. 

A Aprosoja quer que as empresas ofereçam soluções para as falhas apresentadas pela tecnologia e uma forma de ressarcir os prejuízos enfrentados pelos produtores rurais de Mato Grosso. 

Com informações da Reuters

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