Participantes do XXIII Congresso Brasileiro de Fruticultura, que acontece em Cuiabá (24 a 29.08), visitaram as instalações do laboratório de Cultura de Tecidos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), localizado no município de Várzea Grande. O pesquisador e coordenador do laboratório, Gustavo Alves Pereira, ministrou uma aula prática com enfoque na multiplicação das mudas de bananeira da variedade farta velhaco. A visita contou com a participação de mais de 20 pessoas, entre alunos, pesquisadores e professores.
Foi abordado o processo de micropropagação que é realizado em fases. Segundo Alves, a fase inicial é a desinfestação das plantas que são coletadas no campo e levadas para o laboratório. As mudas permanecem numa temperatura de 25 graus, durante 40 dias, e seguem para multiplicação durante sete meses.
As mudas são produzidas in vitro, livres de doenças, pragas, resistentes a Sigatoka Negra e ao Mal do Panamá. Conforme Gustavo, no laboratório de Cultura de Tecidos as mudas estão recebendo 16 horas de iluminação artificial e 8 horas restantes permanecem no escuro. Ele explica que, após a multiplicação e desenvolvimento da planta as mudas vão para a casa de vegetação e em seguida, para o plantio no campo. As mudas serão comercializadas para os produtores rurais a um custo em torno de R$ 2,00 a unidade. “Com a micropropagação será possível obter mudas de qualidade e a introdução de variedades resistentes”, destaca Gustavo.
A professora de fitotecnia da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), no Estado de Rio de Janeiro, Virginia Silva Carvalho, comenta que trabalha com o cultivo in vitro de frutas, flores e hortaliças na UENF. Ela gostou da estrutura e das técnicas aplicadas no laboratório da Empaer. A pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Neiva Pierozzi, com experiência na área de genética, com ênfase em genética vegetal, destaca as informações e o trabalho de melhoramento realizado com a cultura da banana no laboratório da Empaer.
Durante a aula prática, a estudante de agronomia, Renata Amato Moreira, fez questão de fotografar todo o processo, desde a chegada da muda até a produção in vitro. O pós-doutorando do Estado de Minas Gerais, Rodrigo Amato Moreira, que pesquisa a pitaia, fruta exótica de origem mexicana, classificou a aula como interessante e também a qualidade quando a muda chegar ao produtor sem doenças e pragas.
A engenheira agrônoma da prefeitura de Tangará da Serra, Larissa Marques Calaça, fala que estão montando um laboratório no município, em busca de inovações tecnológicas na área de fruticultura. Ela descreve que a aula vai agregar com novas e importantes informações. A professora da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, Silvia Correa Santos, recebeu orientações especificas de como desinfetar o ambiente usando formol na mistura e tempo certo, para evitar a contaminação.
Participaram também da aula, o chefe do núcleo de laboratórios da Empaer, José Alcântara Filgueira, os pesquisadores da Empaer, Marcilio Bobroff e Elder Cassimiro da Silva e a bióloga, Lefayete Michele Montenegro.
Fonte: Rosana Persona ( jornalista da Empaer)
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