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4 de outubro de 2014

Comunidade Roncador recebe oficina sobre leite

CHRYSTIANE DA CONCEIÇÃO
Assessoria /Empaer

Assessoria/Empaer-MT

Oficina de Bovinocultura de Leite, Comunidade Roncador em Rio Branco-MT


A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), por meio do escritório local de Rio Branco, promoveram na última semana oficina de bovinocultura de leite para 14 produtores rurais no Sítio Pratinha, propriedade do produtor Marcelo Ferreira de Souza, morador da comunidade Roncador, que fica a 09 quilômetros do município.

Produzir leite de qualidade e seguro é uma exigência do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL), que através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Instrução Normativa 62, de 29 de dezembro de 2011, que rege os parâmetros de qualidade do leite, garantindo assim melhor produto à população e buscando novos mercados internacionais. Para isso, todos os elos da cadeia devem estar integrados no esforço comum de produzir leite com qualidade. “É muito importante todo o aprendizado que tivemos durante a oficina, pois são procedimentos que irão agregar valor na nossa produção, pois lá no laticínio eles pagam um preço diferenciado para quem tiver menor índice de contaminação. Há muito tempo o Roni da Empaer anda por aqui, conversando, orientando e o trabalho dele tem feito a diferença pra nós produtores, eu mesmo estou buscando Pronaf para comprar um trator” ressaltou o produtor Marcelo, de 35 anos.

Segundo o médico veterinário da Empaer de São José dos Quatro Marcos, Irezê Moraes Ferreira, a higiene do animal, do ordenhador e das instalações são ações necessárias para atingir esse objetivo. Para uma correta higienização, os produtores devem limpar e desinfetar as instalações e utensílios utilizados, lavar as mãos antes da ordenha, desinfetar as tetas do animal e realizar testes de mastite, antes da ordenha. “Estamos usando a tecnologia da Embrapa, que é o kit de ordenha manual, bastante barato e simples. Um balde transparente com marcador de nível, que foi adaptado com uma mangueira e jato para a limpeza e desinfecção das tetas, que deve ser realizada diariamente antes de cada ordenha; a caneca telada de fundo preto, para fazermos os testes para identificar a mastite clínica, que é uma inflamação do aparelho mamário e o Califórnia Mastite Teste (CMT) para identificar a mastite subclínica, onde você utiliza 2 ml de leite em 2 ml de reagente, à base de hipoclorito e, se houver alteração da cor, confirma a presença dessa doença. Este teste pode deve ser feito uma vez ao mês”, explicou Irezê.

O primeiro dia da oficina foi destinado à parte teórica sobre nutrição e alternativas de suplementação alimentar. “Lá na minha propriedade só fazemos uma ordenha diária, justamente porque faltava alimentação e hoje com essas orientações sobre silagem, adubação, recuperação e manejo de pastagem, com certeza nós vamos conseguir dobrar a nossa produção”, ressaltou o produtor Valdemir José da Silva, mais conhecido como Vadinho, que participou da oficina e há mais de 25 anos trabalha com o leite na região.

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