Todos os bovinos e bubalinos, independentemente da idade, terão de ser imunizados até o dia 30
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Da Editoria
A segunda etapa da imunização contra a febre aftosa começou hoje e segue até o dia 30, em Mato Grosso e em outros 13 estados brasileiros. Durante todo o mês de novembro, a vacinação é obrigatória em bovinos e bubalinos de todas as idades. A expectativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) é imunizar mais de 28 milhões de cabeças (100%), em aproximadamente 100 mil propriedades rurais no Estado. Mato Grosso detém o maior rebanho de bovinos no país.
Para os pecuaristas localizados na região do Pantanal mato-grossense o período da campanha será diferenciado. Serão 45 dias para realizar o trabalho de imunização do rebanho, de hoje até o dia 15 de dezembro.
Após a vacinação, o pecuarista tem até o dia 10 de dezembro para comunicar a imunização ao Indea/MT. Quem não respeitar o calendário de vacinação poderá ser penalizado com o pagamento de multas, cujos valores podem chegar a 2,25 Unidades de Padrão Fiscal (UPF) por cabeça não vacinada, o equivalente a R$ 240,97. Além da sanção pecuniária, há também a administrativa: para àqueles que vacinaram, mas não fizeram a comunicação dentro do prazo estipulado, a penalidade é de suspensão na emissão da Guia de Transporte Animal (GTA) por um período de 30 dias.
A primeira etapa da campanha de combate à febre aftosa no Estado, nesse ano foi realizada entre os dias 1º e 31 de maio, imunizando 12 milhões de animais, com idades entre 0 a 24 meses. O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, lembra que a vacinação dos animais é uma obrigação do pecuarista. “Há 18 anos Mato Grosso é livre da doença, com vacinação, e precisamos manter essa condição”.
Como lembra a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), nessa primeira etapa da vacinação a cobertura vacinal atingiu 99% do rebanho-alvo. “Isso demonstra que o produtor rural de Mato Grosso é consciente e têm dado o exemplo quando o assunto é a sanidade animal”, destaca Rogério Romanini, diretor de Relações Institucionais da entidade.
O último caso de febre aftosa registrado no Estado foi em janeiro de 1996. Atualmente, Mato Grosso é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como território livre da doença com vacinação. “Temos de manter esta vigilância para continuar mostrando que o Estado tem uma das carnes mais saudáveis do mundo. Fazer a comunicação ao Indea/MT dentro do prazo estabelecido é tão importante como vacinar”, acrescenta Romanini.
A DOENÇA – A febre aftosa é principal doença comercial da pecuária. É uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta animais de casco fendido, como bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. A enfermidade é transmitida principalmente pelo contato entre animais doentes e sadios.
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