Cultivo de propriedades familiares impulsiona a economia e a cadeia produtiva da região
Ações que promovam a valorização do ser humano como base para sua recuperação, fazem parte das diretrizes do atual governo para a efetividade do trabalho de ressocialização dos recuperandos do Sistema Penitenciário de Mato Grosso (Sispen-MT). Exemplo disso é o curso de Administração de Pequenas Propriedades, realizado na Cadeia Pública de Arenápolis, parceria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) com o Sindicato Rural da cidade.
Com duração de uma semana e carga horária de 40 horas, o objetivo do treinamento é capacitar os internos da unidade para exercer uma profissão quanto estiverem em liberdade. “Eles se entusiasmaram bastante com o curso. É um ganho muito positivo, que contribui para questões comportamentais e motiva os internos a planejarem um futuro lá fora”, disse a diretora da unidade penitenciária, Luciana Francisa da Silva.
A parceria conta ainda com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), que disponibilizou o instrutor que ministrou o treinamento, assim como os recursos para compra de materiais. “A proposta do curso vai além da possibilidade de procurar um emprego na área, pois capacita o aluno a lidar com o manejo do campo e ao mesmo tempo ter uma visão estratégica do negócio”, explicou o professor Carlos Guerreiro.
Por se tratar de uma cidade com fortes inclinações agrícolas, o cultivo de propriedades familiares impulsiona a economia e a cadeia produtiva da região.“Neste seguimento, ainda haverão outras capacitações que darão continuidade ao ensino profissionalizante de atividades no campo”, declarou Larissa Calente, representante do Sindicato Rural de Arenápolis, sobre o tema do próximo curso na unidade, Extrativismo de Pesca, previsto para a próxima segunda-feira (30.03).
Além dessa capacitação, outros treinamentos vem sendo ofertados. Dentre eles, artesanatos, construção civil e crochê. Ao todo, mais de 30 cursos já foram ministrados entre os anos de 2014 e 2015. No ano passado a venda dos produtos produzidos pelos recuperandos somou a quantia de dois mil reais, valor que foi destinado para pequenas reformas e compra de novos materiais de artesanato para os internos.
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