O turismo rural e com base comunitaria será explorado na região com a participação de toda a comunidade, com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que formatou um o Circuito – Travessia do Parque ou Travessia do Morro.
A Natura Ekos construiu na comunidade um centro múltiplo uso, que já está sendo utilizado para realização de várias atividades como cursos de qualificação, festas culturais, ações educacionais, de meio ambiente e também será o receptivo turístico a todos os caminhantes.
O nome Morro de São Jerônimo tem origem nos bandeirantes paulistas que acamparam naquela região nos idos de 1718. Segundo a história, as bandeiras chefiadas por Antonio Pires de Campos e a bandeira chefiada por Bartolomeu Bueno se encontraram na região e se esconderam juntos de uma tempestade no sopé do morro. Clamavam por São Jerônimo e Santa Bárbara.
O nome indígenaé BOKODORIRI e tem origem bororo. O significado tem a ver com o animal Tatu Canastra.
Olhando bem de longe, da planície, e dependendo do ponto de onde esteja observando, é possível ver perfeitamente o tatu no alto dos paredões. Para os nativos da planície o nome é apenas 'a pedra'.
No alto do Morro de São Jerônimo é possível encontrar pequenas hematitas, rochas bastante ricas de minério de ferro. Com o tempo estas pedras adquirem um brilho reluzente como se fossem polidas. Em muitas destas pedras estão gravadas a impressão de uma concha marinha. São fósseis de um tempo remoto e fazem parte da camada rochosa superior chamada Ponta Grossa.
Para quem gosta de caminhadas na natureza, o trajeto ao Morro de São Jerônimo é um dos mais ricos e impressionantes em paisagem natural do estado, porém com alto grau de dificuldade.
Confiram abaixo detalhes sobre o Projeto Travessia do Morro
Fonte- ICMBIO
Fonte- ICMBIO
A primeira travessia com pernoite no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães possui aproximadamente 23 km de extensão divididos em dois dias de caminhada com pernoite em acampamento rústico na Casa do Morro. Ela conecta alguns dos mais importantes e populares atrativos turísticos e trilhas da unidade, como a Trilha da Cachoeira Véu-de-Noiva, o Circuito das Cachoeiras, as Cachoeiras de Época, o Morro São Jerônimo e a Trilha Histórica do Carretão.
A trilha inicia no acesso ao mirante da cachoeira Véu-de-Noiva, passa pelas trilhas do Circuito das Cachoeiras, seguindo para as cachoeiras de Época. A partir daí, a trilha enfrenta trecho com maior declividade, saindo de 615 para 730 metros de elevação em relação ao nível do mar. Neste trecho, em meio à campos e cerrados stricto sensu, há acesso a uma pequena caverna com diversas claraboias, e volta-se a descer à cota dos 615 metros, já no trecho final de acesso à Casa do Morro – o local da pernoite, que passa ainda por pequenos trechos de campo rupestre e matas de galeria.
No segundo dia de caminhada, segue-se para a subida do Morro São Jerônimo com pequenos trechos de scrambling (escalaminhada) e volta-se para a Casa do Morro para iniciar a descida da Trilha do Carretão – caminho histórico que dava acesso de Cuiabá para Chapada dos Guimarães. A trilha termina na Comunidade do São Jerônimo, já fora do PNCG e distante cerca 25 km da rodovia MT-251.
Há possibilidade de trilha alternativa para o segundo dia de travessia, com retorno ao Véu-de-Noiva pela estrada de serviço, com passagem pela gruta Casa de Pedra.
Todos os visitantes devem ter acompanhamento de guia ou condutor autorizado pelo ICMBio que fará o agendamento com antecedência.
Normas
REGISTRO DE ENTRADA
Todos os visitantes devem ter acompanhamento de guia ou condutor autorizado pelo ICMBio que fará o agendamento com antecedência.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA TRAVESSIA
O Parque é aberto à visitação todos os dias. A entrada para a travessia é até às 9h e a saída até às 17h.
CAPACIDADE DE VISITAÇÃO
Visando enriquecer a experiência da visitação e manejar os impactos sobre o ecossistema, a visitação é limitada a 15 pessoas acampadas/noite.
RECOMENDAÇÕES
· Prepare-se para a caminhada, avalie se você tem o preparo físico adequado para percorrer as trilhas do Parna da Chapada dos Guimarães. Caminhar no cerrado, mesmo com tempo nublado, é uma atividade muito desgastante.
· Tome um café da manhã reforçado. Mesmo que você não esteja acostumado a comer logo pela manhã, faça um esforço, pois as caminhadas exigirão muito de você.
· Leve bastante água e um bom lanche. Prefira alimentos leves como frutas, castanhas, sanduíches (sem maionese) e frutas desidratadas.
· Utilize roupas adequadas, boné e tênis ou outro calçado fechado. Calçados abertos aumentam os riscos de acidentes.
· Leve protetor solar e repelente, kit de primeiros socorros, perneira, barraca, sabão biodegradável, hidrosteril ou similar, celular e lanterna. Leve seus remédios de usos específicos, como antialérgicos, e de uso controlado, como pressão, asma e outros.
· Na época das chuvas, traga um anoraque (ou capa de chuva) e roupa reserva para trocar após o passeio. Dica: embale roupas e equipamentos eletrônicos em um saco estanque para mantê-los secos.
· Siga as normas e as orientações dos funcionários do Parque e condutores de visitantes, especialmente nas áreas de banho, pois elas visam a proteção dos ambientes e dos próprios visitantes.
· Todo lixo produzido, inclusive papel higiênico e restos de comida, deve obrigatoriamente ser recolhido e trazido de volta.
· Atividades em ambientes naturais envolvem riscos e o Parque Nacional não conta com serviço de resgate, portanto, aja com moderação. Evite atitudes que possam causar acidente, como subir em pedras ou árvores e saltar no rio de lugares altos. Lembre-se: VOCÊ É O PRINCIPAL RESPONSÁVEL POR SUA SEGURANÇA!
É PROIBIDO
· O uso de bronzeador, xampu e sabonete nos banhos de rio.
· A entrada de animais domésticos.
· A utilização de aparelhos ou instrumentos sonoros dentro do Parque.
· O porte de arma, inclusive atiradeiras, armadilhas, facões, foices e similares.
· Coletar qualquer tipo de material biológico ou não biológico (minerais ou fragmentos de minerais, plantas, flores, sementes, animais ou parte de animais), bem como caçar, capturar, molestar, alimentar ou perseguir animais silvestres
· Gravar nomes, datas ou sinais nas pedras, árvores, imóveis, placas ou outros bens da Unidade de Conservação;
· Utilizar atalhos e/ou áreas interditadas.
· Realizar prática de nudismo no interior do Parque.
· Consumo de bebida alcoólica, cigarro de qualquer natureza e outras substâncias consideradas entorpecentes, lícitas ou ilícitas, no interior do Parque. Fumar, além de ser proibido no Parque Nacional.
· Uso de fogo.
Vejam algumas fotos
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