O município de Santa Rosa de Viterbo possui muitas manifestações culturais, geralmente ligadas à religião católica e aos imigrantes italianos.
A Igreja Católica foi a primeira crença dos santa-rosenses e uma das pedras fundamentais para formação da cidade como um todo. A primeira capela foi fundada em 1895, mas a paróquia só seria criada em 18 de fevereiro de 1909.
Da Igreja Católica vem uma das mais notáveis manifestações folclóricas do município, as Companhias de Folia de Reis que celebram por 12 dias, do Natal até 6 de janeiro, a Festa dos Santos Reis Magos.
Dos imigrantes italianos influenciaram decisivamente na formação cultural de Santa Rosa de Viterbo, principalmente o gosto pela música. A primeira banda no entanto foi fundada pelo empresário Henrique Santos Dumont, neto de franceses, no início do século XX, a banda Dumont. Hoje a cidade possui uma banda, a Banda Filarmônica de Santa Rosa de Viterbo.
Os italianos também trouxeram o gosto pelo cinema. A primeira sala, o Radium Cinema, foi inaugurado por eles no ano de 1911. Hoje a cidade não possui cinemas em atividade. Também introduziram iguarias na mesa dos santa-rosenses, como pizza, polenta,macarrão, salada, verduras e legumes, como alcachofra, berinjela, brócolis e pimentão.
Outra manifestação folclórica importante é a Caça ao tesouro do Rei Momo. Idealizada por Renato Antunes e Ivan Alvim de Freitas, foi iniciada em 1981. A caça se dá uma semana antes do Carnaval,com a divulgação de um enigma que revela a localização de uma arca, que é enterrado no perímetro urbano, com um prêmio em dinheiro. A caça é aberta ao público e termina no final do Carnaval.
Dois personagens são figuras marcantes no folclore do município: o Tirisco e o Boneco Alexandre. O Tirisco é um bicho imaginário idealizado na década de 1960. Tido como um mascote local, aos visitantes da cidade é oferecida a Caça ao Tirisco.
Já o Boneco Alexandre é uma figura histórica presente na perímetro urbano do município. São placas indicativas colocadas por ordem do conde Francisco Matarazzo Jr. para direcionar seus visitantes ao portão monumental da Praça Maria Pia, entrada particular da Fazenda Amália. Os bonecos se tornaram marca registrada do município, despertando a curiosidade sobre sua função e origem aos que chegavam a cidade. O nome foi dado pelo conde em homenagem a um antigo engenheiro da Fazenda Amália.
O folclore de Santa Rosa de Viterbo também é rico em vocabulários próprios, como biquirim (tampinha de garrafa). Junto com o esporte, principalmente o futebol, praticado desde a década de 1890, tornou-se um dos orgulhos da cidade e visto com muito respeito pela região.
Fundação Cultural
As atividades culturais do município é administrada pela Fundação Cultural de Santa Rosa de Viterbo, fundada em 1984, com sede na Estação da Cultura. Hoje está sediada no Centro Cultural Cadeia Velha, localizada na esquina da rua José Bonifácio com a 7 de setembro, no centro da cidade.
O prédio foi inaugurado em 1915 para funcionar o Posto Policial. Desativado em 1975, o prédio esteve abandonado até 1997, quando passou por uma restauração, mantendo suas características originais, para abrigar a Fundação Cultural.
Suas dependências externas foram transformadas numa praça que recebeu o nome de Praça Antônio Souza Figueira, homenagem ao “Figueirão“, um músico da Banda Sinfônica falecido naquele ano. Um concerto da Banda Sinfônica no dia 27 de dezembro de 1997, marcou a cerimônia de inauguração do Centro Cultural.
A Fundação Cultural no entanto só foi transferida para o prédio recém inaugurado em 1999, devido a dificuldades políticas. Hoje o prédio abriga também a Comissão Municipal de Esportes e a Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal.
Estação da Cultura
A Estação da Cultura é a sede da banda Filarmônica de Santa Rosa de Viterbo e da Escola Livre de Música Plácido Bertocco, mantidas pela Fundação Cultural. O prédio pertencia a Fepasa até ser desapropriado pelo prefeito em 1984 e reformada sediar a Fundação Cultural.
A Estação Santa Rosa foi inaugurado em 10 de maio de 1910 no final da Avenida Rio Branco como posto de embarque e desembarque do Ramal Cajuru da Ferrovia da Mogyana. Ela funcionou até 3 de janeiro de 1967, quando a Mogyana desativou o Ramal Cajuru.
Em 1971, o governo de São Paulo criou a Fepasa (Ferrovia Paulista S/A) que unificou todas as ferrovias do Estado. No entanto, o Ramal Cajuru nunca mais foi utilizado. A Estação Santa Rosa permanecia desativada e abandonada.
Em 1984, o prefeito Omar Nagib Moussa desapropriou o trecho da Fepasa que ia da Estação Santa Rosa à Estação Nhumirim. A Estação Santa Rosa passou por uma ampla reforma e passou a ser chamada de Estação da Cultura, por abrigar a Fundação Cultural. A Fundação Cultural inaugura a Escola Livre de Música Plácido Bertocco, responsável pela formação de músicos que integrariam a Banda Municipal.
Em 1985 é inaugurada Banda Municipal de Santa Rosa de Viterbo, que tornou-se a Banda Filarmônica de Santa Rosa de Viterbo, hoje formada por 60 componentes. Em 1999, a Fundação Cultural foi transferida para o Centro Cultural Cadeia Velha, e a Banda Filarmônica passou a ocupar a Estação da Cultura em sua totalidade, ampliando a Escola Livre de Música Plácido Bertocco, hoje com espaço para cerca de 200 alunos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário