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30 de maio de 2015

Governadores da Amazônia defendem união para conseguir resultados


Ao final, foi apresentada a Carta de Cuiabá, que representará um pacto dos Estados da Amazônia pela valorização da floresta e redução do desmatamento além de estratégias para captação de recursos

Governadores e vice-governadores de nove Estados da Amazônia Legal defendem a união entre os Estados para garantir a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico da região. As discussões fazem parte da 10ª edição do Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, que tem como objetivo definir mecanismos de cooperação regional e nacional para buscar alternativas para a remuneração dos serviços ambientais. 

Para o governador Pedro Taques, a união dos Estados da Amazônia é fundamental para conseguir o fortalecimento da política de desenvolvimento sustentável, com ações como a remuneração por serviços ambientais, investimentos em educação, saúde, energia e transporte e produção de conhecimento. “Se estivermos unidos vamos conseguir resultados muito melhores. Mato Grosso já tem diminuído sistematicamente o desmatamento na região Amazônica. Com esses esforços estamos mostrando ao mundo que se pode aliar aumento de produtividade e preservação ambiental”, afirmou.

Entre os principais pontos de discussão estão a possibilidade para conseguir retorno financeiro com Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD +). Segundo o coordenador do Fórum Global dos Governadores para Clima e Floresta (GCF) no Brasil, Mariano Cenamo, o Brasil foi o país que mais reduziu as emissões de carbono no mundo, e por isso, os estados da Amazônia precisam explorar este potencial. Conforme dados da GCS Mato Grosso é o Estado brasileiro que receberia a maior parcela pelo empenho em reduzir os desmatamentos da Amazônia.

O governador do Acre, Tião Viana, também defendeu a união entre os governadores e apontou como a melhor saída para que os Estado concretizem os objetivos desejados. Viana, lembrou da importância de avançar as discussões sobre créditos de carbonos para a Amazônia. “É muito importante essa reunião nesse Estado que está mudando sua imagem e se afirmando como um Estado que produz com sustentabilidade. As discussões sobre a venda de carbono são muito importantes, pois estamos mostrando ao mundo uma nova moeda: o carbono”, afirmou.

No Brasil, seis estados integram o GCF: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Tocantins. Entre os anos de 2006 e 2013, nos estados amazônicos, foi verificada uma redução do desmatamento de 8,6 milhões de hectares, correspondente a 4,2 bilhões de toneladas de gás carbônico, que deixaram de ser emitidas para a atmosfera. Essa marca supera a redução de qualquer país desenvolvido ou em desenvolvimento, com ou sem metas obrigatórias.

Ao final, foi apresentada a Carta de Cuiabá, que representará um pacto dos Estados da Amazônia pela valorização da floresta e redução do desmatamento além de estratégias para captação de recursos 

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