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16 de outubro de 2015

Piscicultor pretende expandir produção e chegar a 100 toneladas


ROSANA PERSONA

Assessoria/Empaer-MT
Sedraf/MT


Com uma produção de 30 toneladas de peixe por ano, o construtor civil Jaime Paduan Junior, proprietário de uma área de 17 hectares no município de Várzea Grande, pretende expandir a produção e chegar até 100 toneladas/ano. A produção de peixes pesando até 2 quilos é comercializada para atacadistas por R$ 5,00 o quilo do pescado vivo. Os alevinos são adquiridos na Estação de Piscicultura da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) considerados pelo construtor de qualidade e baixa mortandade. 

Com investimento na ordem de R$ 120 mil, a propriedade possui dois berçários e dois tanques para recria e engorda de alevinos em cativeiro. Ainda este ano, serão investidos R$ 80 mil na construção de mais cinco tanques, medindo 12 mil metros quadrados cada um. Jaime pretende atingir uma produção de 100 toneladas de peixe num período de dois anos. “Considero a atividade rentável e nesse período, aprendi muito e gosto do que faço, então para garantir lucro e renda é necessário expandir a produção, e é isso que faremos”, enfatiza. 

Ele conta que no primeiro ano de atividade adquiriu 3 mil alevinos de tambatinga que permaneceram 12 meses num tanque de 6 mil metros quadrados e atingiram o peso de até 2 quilos. No segundo ano, num tanque de 23 mil metros quadrados, testou 15 mil alevinos de pirapicu e no terceiro realizou a engorda de 24 mil alevinos, sendo 12 mil de tambatinga e 12 mil de pirapicu. Conforme Júnior, o pirapicu é um peixe surpreendente, desenvolve mais rápido e ganha peso em menos tempo em comparação com os demais. 

O peixe está sendo vendido para comerciantes de Cuiabá e Várzea Grande. Nos tanques que serão construídos, a intenção é criar e engordar 50 mil alevinos. Junior destaca que o maior problema enfrentado na criação de peixes são os predadores que causam uma perda de 20 a 25% na produção. Os predadores mais comuns são morcego, garça, jacaré e outros. “Para evitar tal problema vamos usar tela nos tanques e garantir uma perda menor”, esclarece. 



O chefe da Estação de Piscicultura da Empaer, Antônio Claudino da Silva Filho, fala que na entrega dos alevinos repassa orientações aos piscicultores desde os cuidados com a soltura dos nos tanques ou represas até o abate. Antônio informa que em novembro será realizada a reprodução com matrizes selecionadas e preparadas há três anos. A comercialização poderá acontecer em janeiro do próximo ano, com as espécies de alevinos de tambatinga, tambacu, pirapicu e piavuçu.

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