Aldeia Quatro Cachoeiras, em Campo Novo do ParecisFoto: Márcia Foletto / Agência O Globo
O almoço é servido ao ar livre. Carne de alcatra na brasa, arroz, salada de repolho e tomate, biju e frutas de sobremesa. Visitantes e índios almoçam juntos e continuam nessa convivência por toda a tarde. Assistem ao cabeçabol (esporte com as mesmas regras do futebol, mas jogado somente em lances com a cabeça) e a tiros de arco e flecha. Tomam água na nascente, que segundo o cacique Roni, é a água mais pura da região.
Uma breve incursão por dentro do cerrado serve para apresentar plantas medicinais. Mas não espere muita profundidade nesse aprendizado. A beleza dos cocares e colares coloridos em contraste com o verde da floresta hipnotiza e desvia a atenção. Aliás, cocares, colares, arco e flecha e cestas são opções de compra por ali.
Pinturas corporais
A próxima tribo do roteiro é a de Quatro Cachoeiras, do Cacique Narciso, o mais antigo da região. São quase cem moradores em uma área maior que a aldeia dos Wazare. Fica a 33km de Campo Novo. Lá, é possível fazer pintura corporal. As crianças fazem os desenhos, mas cuidado, pergunte primeiro qual tinta estão usando. A feita com jenipapo pode demorar a sair da pele. Fica, pelo menos, três dias. Lá, a língua aruaque prevalece. A visita continua até a aldeia Utiariti. As poucas casas são de alvenaria. A recepção é breve e serve apenas para mostrar o caminho para a próxima atração: o salto de Utiariti.
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