estrutura

26 de março de 2017

ÍNDIOS DE MATO GROSSO - Floresta: rios e crianças Indigenas


Índios da aldeia Quatro Cachoeiras tomam banho no Rio Sacre, em Campo Novo do Parecis. - Márcia Foletto / Agência O Globo

São poucos metros de caminhada até a paisagem se abrir em quedas d’água de diferentes alturas, mas todas muito refrescantes. O turismo indígena sempre termina num banho ao lado dos nativos que têm nos rios e nas cachoeiras o maior parque de lazer para crianças e adultos. Depois que se avança pelas dezenas de quilômetros de estrada de terra, as trilhas são até fáceis. O mais impressionante é o Salto do Utiariti, que fica a poucos metros da aldeia de mesmo nome.

São 98 metros de queda livre no Rio Papagaio. Ao chegar perto da margem, a nuvem d’água forma belíssimos arcos-íris. Quem quiser se aventurar, pode descer de rapel ao lado da forte queda, com cinco metros de descida negativa. A subida de volta, num caminho íngreme, acidentado e escorregadio, provoca mais medo que a própria descida de rapel.

Quem não quiser descer pela corda pendurado, a outra opção é deliciosa. Aproveitar os poços formados pouco antes da queda, onde há ondas de água quente e fria, como uma hidromassagem natural, sob as árvores.

Ver a cachoeira de frente é outra forma de conhecer o Salto do Utiariti. O caminho também é escorregadio, sinuoso e cheio de pedras. Uma chuva constante acompanha o visitante pelo caminho. Leve alguma proteção para máquina fotográfica ou celular, se quiser registrar a paisagem exuberante.

Chegar à aldeia requer uma viagem longa. São 98km para quem parte de Campo Novo do Parecis. Como as distâncias são longas, é melhor evitar conhecer mais de uma aldeia ou cachoeira por dia, para aproveitar melhor o dia no cerrado e não se cansar demais. Repelente e filtro solar são indispensáveis nessa viagem. Vacina contra febre amarela também é recomendável. Deve ser tomada dez dias antes da viagem.

Festa em complexo aquático

Na aldeia Quatro Cachoeiras, o Rio Sacre forma quatro quedas, uma ao lado da outra. Um complexo aquático que é uma festa para as crianças da aldeia. O pé de menino, galho de árvore que avança para o rio, serve de trampolim para a criançada que enfrenta a correnteza sem medo.

Para os turistas, o melhor é descer um pouco pela trilha e chegar a pequenos poços para se banhar sem sustos de ser levado pela correnteza.

O mais divertido é brincar com as crianças que aproveitam os visitantes para pular de um galho para o outro. Floresta, rios e crianças ao redor, difícil encontrar cenário semelhante, sem sinal de celular ou internet.

Na aldeia Wazare, não há quedas, somente margens plácidas para banhos calmos, também juntamente com os índios. Se quiser conhecer melhor o Rio Verde, um pequeno barco a motor leva os turistas para um agradável passeio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário