22 de abril de 2017

Piracema é tema de discussão entre especialistas na FIT 2017



Thomaz Liparelli

“O desenvolvimento econômico, social, e ambiental da pesca esportiva no Pantanal só será possível se os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, criarem ações em conjunto e discutirem uma legislação única “. Com esta tese que o consultor ambiental e professor da Unesp-SP, Thomaz Liparelli, falou sobre a “Unificação das leis da Pesca no Pantanal”, o primeiro painel de uma série de palestras sobre “Políticas Públicas e Ambientais”, no terceiro dia da FIT 2017.

Provocativo o consultor defende que a legislação que surgir, deve pautar o desenvolvimento econômico da atividade de pesca. Contudo, segundo ele, é necessário mudar alguns paradigmas, uma delas é a proibição da pesca no período da piracema. “A pesca precisa de um olhar refinado. Deve ser prioridade. Com normatização ela pode criar benefícios que podem ajudar no crescimento econômico dos dois Estados”, afirmou.

“Sim, é possível pescar em tempo de piracema”, endossou o gestor ambiental Thomaz Luparelli, no painel “Pesca e Piracema – Mitos e Verdades”. O profissional defende que existem parâmetros técnicos que apontam que pescar na piracema não provoca danos a atividade reprodutiva dos peixes. Para ele o período da piracema não define o não impacto para a reprodução dos peixes. E vê esse período como um momento oportuno para desenvolver a pesca esportiva.

Ao contrário dos palestrantes acima a secretária do Conselho Estadual de Pesca, Cepesca, Gabriela Priante, defendeu a piracema. “Coletamos vários peixes durante todo o ano, e avaliamos como ocorre o processo de ovulação do peixe. Esta coleta nos aponta o período com maior incidência de ovulação nos peixes. Portanto a Piracema é fundamental para manutenção dos cardumes, sim”, defendeu.

A piracema tem a duração de 4 meses, ao longo de 1 ano, de novembro a fevereiro. Período em que os peixes estão migrando para o processo de reprodução. Gabriela explica que para a preservação dos peixes, é necessária a conscientização da população. “As denúncias são necessárias. Pois não há fiscais suficientes para atender toda a demanda dos rios, por esse motivo a denúncia é fundamental”, apontou,

Ainda sobre pesca, mas o empresário do segmento de pesca esportiva, Marcos Beckmann, criticou o uso da ceva (tipo de isca para peixes) no rio Teles Pires e seus afluentes. “Pescadores amadores e profissionais tem colocado soja na ceva e isso tem impactado negativamente na qualidade de vida dos peixes Matrinxã do rio Teles Pires”, conta.



Conforme informação do empresário a ceva com soja provoca excesso de gordura no peixe deixando-o desnutrido e obeso.



crédito das fotos - Edson Rodrigues


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