30 de maio de 2017

Turismo Rural no Município de Cáceres - Mato Grosso





Município de Cáceres
O município de Cáceres- MT á 218 km de Cuiabá pela BR 070, está em um processo de organização do Turismo Rural como alternativa de segmento turístico tem em vista que o município já é consolidado como destino de pesca esportiva, uma vez que já cedia a maior Festival de Pesca (FIP- Festival Internacional de Pesca) em águas doce e embarcado do mundo.

A iniciativa de se criar um destino de Turismo Rural envolvendo toda região em um roteiro integrado, foi da Coordenadoria Regional da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) do município de Cáceres, em parcerias com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Secretaria do Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), prefeituras municipais e o MT Regional.

O desenvolvimento do Turismo Rural surge no âmbito das oportunidades e possibilidade de se estimular os agricultores no resgate da ruralidade, cidadania, herança cultural de toda a região de Cáceres e fomentar o turismo rural e dar sustentabilidade aos agricultores familiares.

Para que o processo de formatação do roteiro fosse consolidado foram realizadas algumas oficinas, reuniões e visitas técnicas durante sobre Turismo Rural na agricultura familiar. As visitas abordaram e ensinaram produtores e os demais envolvidos tudo sobre sustentabilidade, a importância da preservação ambiental, a possibilidade de se aumentar o emprego e a renda familiar.

Foi também utilizado os princípios de DRS, Cluster e ou Arranjos Produtivos Turísticos, que nada mais é que o conjunto de setores e atrativos com diferencial turístico destacado, concentrado num espaço geográfico delimitado, tendo em vista os processos de produtivos da agricultura, pecuária, aliados ao desenvolvimento do turismo com os equipamentos e serviços de qualidade que compõem este setor.

O projeto foi construído tendo como base o princípio da regionalização territorial, para isto teve o envolvimento do Consorcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional e Turístico Nascentes do Rio Paraguai, este consorcio tem 11 municípios mas apenas 7 fizeram parte deste processo, (Cáceres, Curvelândia, Lambarí do Oeste, Rio Branco, Salto do Céu, Reserva do Cabaçal e Mirassol do Oeste).


No município de Cáceres a exemplo dos outros municípios teve o processo de inventário, diagnóstico e conseguiu em menos de 2 anos formatar em seu destino várias opções de produtos:


Comunidade de Piraputanga 
Roteiro Ponta do Morro
Gruta Dolina da Água Milagrosa: Localizada a 40 km do centro de Cáceres,com acesso pela estrada que liga Cáceres à Barra do Bugres, onde já foram encontradas pinturas rupestres, é formada por um enorme buraco em um dos morros, com água azul e transparente no fundo. Propício para o banho e mergulho, onde se tem uma estrutura de hospedaem. Alimentação e escada para se descer na gruta.


Balneário Ponta do Morro: Localizado na margem esquerda do Córrego Piraputanga, a 21 km do centro de Cáceres, caracterizado como turismo de lazer, estruturado com restaurante, piscina, pesque e solte e trilhas ecológicas.


*Ainda na Comunidade Piraputanga: existem muitas outras potencialidades que estão sendo observadas e em breve serão apresentadas com produtos de Turismo Rural Formatados
Fazenda Jacobina
A fazenda Jacobina: é considerada um patrimônio histórico e cultural, existe antes mesmo do município de Cáceres ser fundado, pertence à família do produtor rural Sr. Sebastião Natalino Lara desde 1912., segundo ele seu pai Vitório da Silva Lara foi quem adquiriu a propriedade no ano de 1912, onde nasceram e foram criados oito filhos.

A fazenda foi dividida em nove partes, mas hoje só duas pessoas ainda tem terras é o caso do Sr. Sebastião e sua irmã, ele é casado com dona Terezinha Arantes de Campos Lara, mais conhecida como dona Têca, tem três filhos,um fomados em Medicina e outro em veterinária que se chama Adriano de Campos Lara, e que ajuda o pai a cuidar da Jacobina.

O casarão da fazenda tem uma arquitetura, com piso português original e restos de velhas máquinas do antigo moinho, importadas da Inglaterra. São mais de 240 anos de história, onde seus proprietários, historiadores, arqueólogos, técnicos da prefeitura municipal e os técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) trabalham juntos num projeto para resgatar a história da Fazenda Jacobina.

A estrutura produtiva da fazenda é contemplada com a produção da pecuária leiteira e de corte e piscicultura.

O restaurante Jacobina o empreendimento já formatado para atendimento aos visitantes (turistas), funciona no mesmo espaço onde foi a senzala dos escravos, oferece um cardápio delicioso tipicamente da roça, atende refeições nos finais de semana e com agendamento.

O próximo passo é transformar o casarão em uma pousada, juntando o antigo com o novo para transformar a fazenda num receptivo de Turismo Rural Sustentável.


Casa do Jacaré ou Crocrijapan 
Atuando desde 1990, a Cooperativa de Criadores de Jacaré do Pantanal (Coocrijapan), é o primeiro criatório comercial de jacarés do Brasil, um projeto que respeita o meio ambiente e combate à caça predatória indiscriminada, gerando emprego e renda, o consumo da carne de jacaré que é nobre e exótica, já é uma realidade nos restaurantes de Cáceres e está presente em vários supermercados da capital, ela tem baixa concentração de calorias e gorduras, além de ser rica em proteínas com ótimo sabor.

A criação do jacaré em cativeiro na cooperativa inicia no processo de coleta dos ovos até sua comercialização e utilização final tudo é sustentavelmente pensado, planejado e executado.

Os animais (jacarés) são aproveitado quase que 100%: sendo utilizados na alimentação humana, na confecção de artesanatos decorativos e fabricação de roupas, calçados, bolsas, cintos e acessórios em geral.

A indústria tem licenciamento junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). Conta com aproximadamente 13 fazendas fornecedoras de ovos cadastradas, com autorização do Ibama, a coleta de ovos é controlada, são coletados apenas 40% de ovos nos ninhos em cada fazenda participante do processo.

Na sede da cooperativa estão hospedados cerca de 40 mil animais, destes cerca de 2.500 mil animais são abatidos por mês e obtido uma média de 5 a 6 toneladas por mês, que são comercializados. A comercialização está concentradas nos estados de Minas Gerais, Brasília São Paulo e Goiânia, no estado de Mato Grosso a comercialização ainda é muito baixa.

Nove são os tipos de cortes no jacaré. Obtendo-se o animal inteir, limpo e sem pele, a ponta de cauda, filé de cauda, filé de lombo, filé de dorso, filé mignon, aparas, coxa, iscas e sobre coxas.

Industrializado se obtém as lingüiças do tipo apimentada e com ervas finas, além de vinte e cinco receitas testadas, receitas culinárias disponíveis no site: http://www.coocrijapan.com.br/

Cáceres: é  um município de muitas outras  pontencialidade para o Turismo Rural, às margenas do Rio Paraguai, assentamentos da reforma agrária, fazendas centenárias, a região da morraria, enfim em um outro momento e fase espera-se term muitos outros produtos formatados para receber o turista deste segmento.
Relatos: Geraldo Donizeti Lúcio

Informações técnicas e guiamento: Weber Girardi, Gerente de Marketing e Comercialização da Coocrijapan.

Informações: Sr. Sebastião Natalino. Proprietário da Fazenda Jacobina

Informações: Elicinéia Fortes Coordenadora Regional da EMPAER de Cáceres

Fotos: João de Melo/EMPAER
              Marcelo Krause


 SINALIZAÇÃO NA ÁGUA MILAGROS

 ÁGUA MILAGROSA

 ÁGUA MILAGROSA

 ÁGUA MILAGROSA

JACARÉ DO PANTANAL


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