2 de novembro de 2017

Mato Grosso reduz o índice de mortes violentas.

Mato Grosso está em 7º lugar em redução de mortes violentas
Das 27 unidades da federação, apenas 10 estados conseguiram reduzir os crimes contra a vida
Foto: Reprodução 
Mato Grosso registrou redução de quase 6% nos índices de Mortes de Violência Intencional (MVI), que são os crimes de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. O estado é o sétimo em redução no país. Os dados fazem parte do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na segunda-feira (30.10).
O estudo traz números dos 26 estados e o Distrito Federal e contabiliza a variação de resultados entre os anos 2015 e 2016 para cada 100 mil habitantes.
Apenas 10 estados da federação registram redução, entre eles, Mato Grosso (-5,6%). Os demais estados foram percebidos aumentos nas mortes violentas. Dentro desta redução há a contabilização de Policiais Civis e Militares mortos em situação de confronto, dentro e fora do trabalho e também morte decorrente de ação policial, em serviço e fora do trabalho.
O estado do Amazonas foi o que registrou maior redução (-19,9%), seguido do Ceará -14,2% e Paraíba -12,6%. Amapá e Rio de Janeiro são os estados que mais registram aumentos, 52,1% e 24,3%, respectivamente.
Em números de vítimas de homicídio no Estado, a redução foi de 5,5%. Em 2015 foram 1.135 mortos, enquanto que em 2016 o total foi de 1.086 mortes.
Quanto ao crime de homicídio, Mato Grosso do Sul reduziu apenas 0,8%. Outros estados, todavia, apresentaram um aumento expressivo, a exemplo de Pernambuco (13,2%), Rio de Janeiro (19,4%) e Rio Grande do Norte (24,4%).
O secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, disse que os bons números apresentados por Mato Grosso são resultado dos investimentos em efetivo, viaturas e o trabalho integrado das forças policiais.
“A gestão do governador Pedro Taques fez o maior incremento de efetivo nas forças de segurança. Foram chamados mais de 3.600 profissionais. Ainda houve investimento na aquisição de novas viaturas. Somado a tudo isso, as unidades policiais têm atuado de maneira integrada. Houve também o fortalecimento da atividade de inteligência e análise criminal e sobretudo, o comprometimento dos servidores públicos que atuam nos órgãos de segurança”, apontou.
Nos crimes lesão corporal seguido de morte também houve redução de 32,1%. Em 2015 foram 32 casos, já em 2016 foram 22. No estado vizinho, Mato Grosso do Sul, neste delito o aumento foi superior a 15%. Em estados como o Rio de Janeiro, por exemplo, o aumento deste tipo de crime foi de 74%.
“A Polícia Civil vem desenvolvendo um trabalho intenso integrado com a Polícia Militar e com forte trabalho de inteligência. O trabalho tem sido atuante proporcionado a repressão na criminalidade”, pontuou o delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Fernando Vasco.
O secretário de Integração Operacional da Sesp, coronel PM Jonildo Assis, destacou que as reduções é resultado da política de segurança pública da atual gestão.
“Os números mostram que estamos no caminho certo e demonstra o empenho das unidades de forças de segurança. A Polícia Militar tem realizado ações coordenadas para a repressão à criminalidade. Temos também o empenho muito forte das delegacias especializadas que aumentaram o grau de resolutividade nestes tipos de crimes de homicídio e mortes violentas. Estes números mostram que as ações desenvolvidas pela Secretaria são exitosas e está dando certo. Objetivo é potencializar ainda mais as operações integradas, a exemplo da operação Bairro Seguro”, enfatizou.
Aumento
O número de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, aumentou 7,2% em Mato Grosso. Em 2015 foram 59 vítimas. Já em 2016 são 64 casos. O crescimento dos registros de latrocínio no Estado acompanhou o crescimento em todo o Brasil. Apenas sete estados conseguiram redução.
Segundo estudo do fórum, em 2016, o Brasil apresentou o maior número desde 2010. O crescimento é de quase 49,7% com 2.514 casos. Já em 2010, o número era de 1.593 casos.
Em Mato Grosso do Sul, o número de latrocínio subiu 12,6%. E em Goiás, o acréscimo foi de 17,7%.
Por Hérica Teixeira | Sesp-MT 

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