As companhias aéreas Azul e Asta buscam ampliar o número de vôos a municípios do interior do Estado de Mato Grosso em 2018. Em busca do incentivo fiscal do programa Voe MT, do Governo do Estado, que dá descontos de acordo com o número de municípios em que a companhia chega, as duas empresas pretendem aumentar os destinos. Seis novas cidades de Mato Grosso devem receber os vôos, além de um vôo internacional ligando Mato Grosso a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
O ex-secretário adjunto de Turismo, Luiz Carlos Nigro, que é representante do Trade Turístico de Mato Grosso, disse que o projeto foi elaborado em 2015 e lançado em 2016, quando ainda era secretário. O pedido, segundo ele, foi do Governador Pedro Taques, que buscava “encurtar as distâncias em Mato Grosso”. O Voe MT oferece incentivos fiscais a companhias aéreas que voarem para cidades no interior do Estado.
“Nós criamos meio que escalonado. Hoje o querosene de aviação tem uma alíquota de ICMS de 25%, no máximo, e aí a empresa aérea que tivesse interesse podia aderir ao programa e para cada vôo que ela fizesse ia ganhando descontos no ICMS chegando a 4%, se voassem dentro de Mato Grosso”.
Duas empresas se interessaram pelo projeto, a Azul e a Asta. A Azul já está voando para Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta, Sorriso e Barra do Garças e pretende voar, ainda este ano, para Tangará da Serra, Cáceres e para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
A Asta já voa para Aripuanã, Juína, Cuiabá, São Félix do Araguaia, Tangará da Serra, Confresa, Água Boa, Primavera do Leste e Campo Novo do Parecis. A companhia pretende, em 2018, voar para Juína, onde está sendo feito o projeto do aeroporto, e outros três destinos ainda não confirmados.
Nigro afirmou que o combustível para aviação representa 60% do custo de operação de uma companhia aérea. Outras não se interessaram porque só trabalham com aviões maiores, e para isso o aeroporto precisaria ser maior.
“Este foi o maior programa que as companhias aéreas Azul e Asta encontraram, porque elas querem voar até para mais cidades, só que não tem o aeroporto adequado. Quando se fala em aeroporto, a maioria das cidades têm, só que, que estejam dentro das normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Ministério da Aeronáutica e do Serviço de Aviação Civil (SAC), são poucos”.
A cada cidade que for acrescentando vai aumentando o desconto, chegando a um máximo de sete cidades. A empresa pode vir de outros estados abastecer em Mato Grosso, novamente, desde que realize vôos no Estado. Por causa disso, Cuiabá já se tornou o terceiro maior hub (ponto de conexão para transferir seus passageiros para o destino pretendido) da Azul no Brasil, atrás de Campinas (SP) e Confins (MG).
Agora o Governo do Estado planeja construir novos aeroportos para que as empresas possam ter mais destinos. Estes aeroportos serão privatizados.
Os vôos serão regulares, de ida e volta para Cuiabá todos os dias da semana. Por causa disso o preço das passagens deve ficar acessível e tornar a viagem por avião mais atrativa que a por estradas.
Fonte: AgroOlhar
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