14 de maio de 2018

Você já ouviu falar da Economia do Compartilhamento

Economia do Compartilhamento

Entenda por que o movimento da economia compartilhada está transformando os novos negócios

Quais os benefícios da economia do compartilhamento?

Published 15/09/2015

Tanto se fala em consumo colaborativo e na economia que envolve tudo isso, mas quais são os benefícios reais para a sociedade? Quando nós deixamos de comprar um carro, usamos sistemas de bicicletas compartilhadas, pegamos caronas com o vizinho ou até mesmo compartilhamos um carro com todo o bairro, estamos reduzindo o trânsito das cidades e melhorando a qualidade do ar que respiramos, e, de quebra, ainda economizamos nosso dinheiro para uma viagem em família nas férias.

Desde que eu me deparei com esse novo mundo da economia compartilhada, o exemplo da furadeira foi, de longe, o que eu mais escutei. Então vamos focar um pouco mais nessa ferramenta. Uma furadeira foi desenvolvida para tarefas pesadas, sendo útil para furar inúmeros materiais sem necessitar de manutenção, afinal as empresas não querem comprar um furadeira nova a cada semana. Mas a realidade é um pouco diferente. A maioria das furadeiras não estão com as empresas, mas sim nas nossas casas. E adivinhem quanto tempo elas são usadas em média na sua vida útil? 14 minutos! Isso mesmo, depois de 14 minutos de uso ela vai pro lixo. Isso não parece ser muito sensato pensando em todos os problemas com o meio ambiente, não é verdade? Agora imaginem aquele livro guardado na estante, ou aquele dvd do seu filme favorito. Quantas vezes você leu o livro ou assistiu àquele filme nos últimos 5 anos?

Não se trata só de diminuir o lixo produzido nas cidades, mas também de reduzir a quantidade de gases poluentes. Quando vocês estiverem presos em um trânsito, dêem uma olhada para os carros ao seu lado e contem quantas pessoas estão dentro dele. Faz sentido ter um carro de uma tonelada, com espaço para 5 pessoas e mais bagagem, carregando uma pessoa de 80 quilos? Não me parece ser muito eficiente.

O que me chama mais a atenção dentre outros benefícios além dos ambientais na economia colaborativa é o surgimento do senso de comunidade entre as pessoas. Quem pensaria um dia que alguém abriria as portas da sua própria casa para um desconhecido dormir no seu sofá? A ideia parece estranha, mas somente se olharmos com uma mentalidade pessimista de que aquele viajante que procurou o seu sofá está mal intencionado. Contudo isso não é a realidade. A satisfação dos usuários do couchsourfing é de 99%, sendo que se olharmos os 1% de reclamações, a maioria são por motivos banais como atrasos. Isso mostra como as pessoas estão se relacionando, criando novas experiências marcantes e espontâneas. E quem não garante que seu próximo sócio não será aquela pessoa a quem você ofereceu carona?

As empresas focadas nesse novo grande mercado ainda são muito incipientes, tendo as mais antigas apenas 15 anos. Airbnb e Uber mal completaram cada uma o seu oitavo ano de existência! Ainda estamos descobrindo todos os benefícios que essa nova economia pode proporcionar. É incrível pensar que em tão pouco tempo o que era apenas uma visão de algumas pessoas está impactando de forma tão significativa no nosso dia-a-dia e no meio ambiente como um todo. A economia do compartilhamento surgiu de uma demanda pelo melhor uso dos recursos que nós possuímos no mundo e também como uma forma de as pessoas economizarem ou terem novas fontes de recursos. Ao longo desse curto período já percebemos como ela também reaproxima pessoas, seja por oferecer um sofá para um viajante dormir, ou simplesmente para oferecer a rede wifi para quem não é da cidade. O relacionamento entre as pessoas está se fortalecendo em conjunto com um senso de comunidade, na qual o respeito e reputação são os ativos mais importantes. O que será que tem por vir nos próximos 15 anos?

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