O animal virou atração em Cáceres, mas preocupa os ambientalistas e autoridades ambientais. Segundo o governo, uma ação de captura do animal foi cogitada e refutada.
Por G1 MT
Onça-pintada foi fotograda em ilha no Centro de Cáceres (MT) (Foto: Wagner Antonio de Souza Jr/Arquivo Pessoal)
Uma moradora inusitada tem chamado a atenção no Centro de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, que fica no na região do Pantanal nas últimas semanas. Uma onça-pintada se 'mudou' para uma ilha que se forma com a estiagem no Rio Paraguai.
O animal virou atração, mas preocupa os ambientalistas e autoridades ambientais.
Em nota, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT) explicou que se trata de uma fêmea possivelmente prenhe ou acompanhada de um filhote, que estaria sendo treinado para a vida adulta.
De acordo com o órgão, autoridades locais haviam cogitado a hipótese de promover a captura do animal que, posteriormente, seria solto em outro lugar. A proposta, entretanto, foi refutada.
“Quanto às propostas incoerentes de se promover a captura, ao invés de aproveitar-se de situações inusitadas, promover a educação ambiental quanto a preservação de habitats e de espécimes e principalmente a sua conservação em vida livre, desestimulando a captura, reclusão e sua utilização como pet, seria consideravelmente produtiva”, afirmou em nota.
Segundo o chefe do Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade (ICMBio) em Cáceres, Daniel Kantek, a possível captura do animal é de risco.
"A chance de dar um erro para onça, para quem for caputuar é muito grande. A ideia é não fazer esse procedimento", afirmou.
Há ainda, o risco de moradores que se arriscam para chegar até o local e fotografar o animal. "Já foram notificadas pessoas que estão chegando mais perto da ilha, que estã tentando atravessar o rio", disse.
Segundo a Sema, o animal é uma fêmea possivelmente prenhe (Foto: Wagner Antonio de Souza Jr/Arquivo Pessoal)
Ainda em nota, o governo alertou para que os moradores, em momento algum, tentem capturar a onça ou fazer manobras para fazer fotos com o animal.
Para o represetante da ONG Panthera, Fernando Tortato, a melhor ação a se fazer é tentar afugentar o animal.
"Minha sugestão é que a polícia, os bombeiros, as autoridades ambientais usem fogos de artífico ou algum meio que deixe de ser confortável para a onça ficar perto da cidade", disse.
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