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5 de julho de 2018

Temple Grandin, especialista em bem - estar animal, estará no Brasil


Durante sua estadia, pesquisadora realizará workshop em São Paulo e visitará fazenda pelo interior de 

Sebastião Nascimento

A especialista em bem-estar animal Temple Grandin  (Foto: Counse/Flickr/CC BY 2.0)

Mundialmente famosa, a pesquisadora Temple Grandin, dos EUA, estará no Brasil entre os dias 16 e 19 deste mês para ensinar e incentivar as boas práticas de bem-estar animal na pecuária. Ela participa do workshop “Temple Grandin de Bem-estar Animal”, que será realizado nos dias 18 e 19 de julho, no Teatro Gamaro, em São Paulo. A pesquisadora vem ao Brasil a convite da JBS, da Boehringer Ingelheim e da Tortuga, marca da DSM, em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia (ETCO), coordenado pelo professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal, Mateus Paranhos, meu velho conhecido.

Temple, que é autista, “identifica detalhes que passam despercebidos pela maior parte das pessoas e entende de forma única o comportamento animal. Com isso, desenvolveu o chamado `manejo racional´ em unidades produtivas, trazendo uma série de recomendações que se mostram eficientes para melhorar o bem-estar dos bovinos e reduzir o índice de acidentes”, diz Mateus Paranhos.

 

Seminário sobre silagem leva pecuaristas a Ribeirão Preto



Foi concorrido o 6º Seminário de Silagem de Alta Qualidade, realizado em Ribeirão Preto, na semana passada. A conclusão foi: Ao optar por uma dieta de alto valor nutritivo para os bovinos, o pecuarista, seja o de corte ou o de leite, certamente terá melhor rendimento e menor custo de produção, segundo especialistas lá presentes. O seminário foi organizado pela Sementes Biomatrix, empresa do Grupo Agroceres.

Segundo Antonio Ricardo Sechis, proprietário do recanto Vó Cidinha, de São Paulo, produtor-criador e idealizador do conceito da marca Beef Passion de carne de gourmet, a opção por uma dieta com base em silagem de alta qualidade faz parte de um processo evolutivo no trato do animal. “A silagem acrescentou benefícios à forma como lidamos com os nossos animais, pois acreditamos que o grande diferencial no resultado final, além do cuidado, é uma boa nutrição e genética. Quanto melhor a qualidade nutricional, melhor o perfil da composição de ácidos graxos do animal”, afirma. Sechis planta 140 hectares de híbridos de milho para a nutrição de 2 mil animais meio-sangue nelore com angus australiano e também angus com wagyu, esse originário do Japão. O pecuarista obtém, por ano, 4 mil toneladas de silagem para a alimentação do rebanho.

Já Roberto Hugo Jank Júnior, engenheiro agrônomo e diretor-presidente da Agrindus S. A., abordou estratégias de controles para um rebanho de produção intensiva de leite. Segundo ele, a silagem é a forrageira principal e compõe, em media, 60% da matéria seca ingerida por todas as categorias. “Se a silagem não estiver boa, os prejuízos são relevantes”, afirma Jank Júnior. Na Agrindus, são produzidos 60 mil litros por dia com 1.700 vacas em lactação. O pecuarista explicou que a conversão alimentar de uma boa dieta é fator fundamental na produção de leite. “Uma nutrição deficiente não atinge o padrão esperado de conversão alimentar, medido em litros de leite por quilograma de matéria seca ingerida”, esclarece.

Roberto Jank Júnior (Foto: Globo Rural )

Na composição do custo total de produção da Agrindus, 50% são referentes à nutrição ddas vacas, sendo que, destes, 25% são o custo da forragem produzida na fazenda. Para fazer a ensilagem, são plantados 600 hectares de híbridos de milho, armazenados por um ano. Desse total, 50% da área são materiais da sementes biomatrix.

“A silagem de milho e a de sorgo são alternativas para alimentação dos animais, sobretudo, no período seco do ano, quando a disponibilidade de forragem de boa qualidade é escassa. Isso pode levar à redução do desempenho animal na produção de leite ou de carne. Nos sistemas intensivos de produção, torna-se quase obrigatório o seu uso, devido à necessidade de fornecer continuamente aos animais um volumoso de alto valor energético.”, diz Jank.

Jank e Ricardo Sechis foram protagonistas de duas grandes reportagens da revista Globo Rural neste ano.

>> Confira outras notas na coluna de Sebastião Nascimento

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