O esporte sempre fez parte da cultura das etnias que habitam o Parque Indígena do Xingu. Do contato com a natureza, das atividades do cotidiano e do próprio espírito guerreiro que caracterizam essas etnias, nasceram modalidades esportivas peculiares, só encontradas entre esses povos.
Com o contato com a cultura ocidental, os indígenas incorporam às suas tradições outras modalidades esportivas. Assim, as etnias passaram a praticar esportes populares da cultura ocidental, mas sem deixar de praticar as modalidades tradicionais de seus povos. Essa fusão cultural, proporcionada pelo esporte, tornou ainda mais atraente e empolgante nas competições entre essas etnias.
Com o contato com a cultura ocidental, os indígenas incorporam às suas tradições outras modalidades esportivas. Assim, as etnias passaram a praticar esportes populares da cultura ocidental, mas sem deixar de praticar as modalidades tradicionais de seus povos. Essa fusão cultural, proporcionada pelo esporte, tornou ainda mais atraente e empolgante nas competições entre essas etnias.
Tanto que as lideranças indígenas, com o apoio do Ministério do Esporte, e em parceria com a prefeitura municipal de Querência-MT decidiram oficializar essas competições, transformando-as num grande evento esportivo, cultural e social: O Jogos do Xingu.
A Prefeitura Municipal de Querência-MT, por sua vez, não dispõe de recursos próprios para arcar com as depesas inerentes ao evento.
Ainda assim, ciente da magnitude do projeto, nascido através de uma jovem liderança indígena, Rayane Parkatejê, com apoio da comunidade indígena, aceitou promover o evento, já que é política da atual administração apoiar inciativas que beneficiam os cidadãos, inclusive os cidadãos de origem indígena.
Ainda assim, ciente da magnitude do projeto, nascido através de uma jovem liderança indígena, Rayane Parkatejê, com apoio da comunidade indígena, aceitou promover o evento, já que é política da atual administração apoiar inciativas que beneficiam os cidadãos, inclusive os cidadãos de origem indígena.
Diante desse cenário, somente com recursos externos, provenientes de contribuições captadas por meio de mecanismos como apoio do Ministério do Esporte, foi possível organizar um evento esportivo indígena dessa proporção.
Com esse apoio, os indígenas do estado de Mato Grosso viverão a experiência de participar de uma competição oficial, dentro da sua própria.
Aldeia, onde será construida uma arena com 15 ocas tradicionais para alojar os ateltas indígenas que irão se deslocar de suas aldeias de origens para a Aldeia Kuikuro que será sede do evento. O fornecimento de todos os materiais esportivos aos atletas indígenas contribuirá para a prática regular de esportes tradicionais e olímpicos, contribuindo na formação de futuros atletas onde será fornecido também as alimentações e transporte. No decorrer do evento haverá competições de modalidades esportivas, apresntações culturais, serviços de cidadania com atendimentos de saúde e social, ao meio de extensa programação cultural, exposição e vendas de artesanatos, oficinas, seminários e pinturas corporais para os indígenas participantes e visitantes do evento.
Os Jogos do Xingu acontecerá em 13 á 16 de Dezembro de 2018, quando cerca de 600 atletas indígenas, representando por 15 etnias sendo; Aweti, Ikpeng, Kalapalo, Kamayurá, Kayabi, Kuikuro, Matipu, Mehinaku, Nahukwá,
Suyá, Trumai, Waurá, Yawalapiti, Kĩsêdjê e Naruvotu, que estarão competindo em nove modalidades esportivas, sendo modalidades tradicionais e olímpica pelas categorias masculino e feminino, como: Arco e flecha, Cabo de força,
Arremesso de lança, Corrida de velocidade, Salto a distância, Canoagem, Natação, Huka Huka, Futebol e o Desfile Beleza Indígena adulto e infantil.
O Jogos do Xingu tem como objetivo a confraternização entres as aldeias, a integração entre as etnias participantes com a sociedade local promovendo e disseminando a cultura, além de fortalecer o respeito, valorização da diferença reconhecendo o direito a igualdade, estimulando a prática de esporte nas aldeias, preservando modalidades esportivas tradicionais e incentivar a prática de modalidades olímpicas.
Os indígenas do Parque Indígenas do Xingu se alimentam do que a natureza lhes oferece. Peixes, beiju de mandioca e frutas são a base da alimentação. Ainda predomina a pesca tradicional, com arco e flecha, embora já se use linha e rede. A caça é seletiva, não se comendo nenhum “bicho de terra ou de pêlo”, com exceção do macaco da espécie Cebus.
O artesanato do Xingu se destaca pela variedade e beleza. O grafismo próprio, as cores vibrantes, as diversidades da matéria-prima enriquecem desde simples panelas de cerâmica até os mais exuberantes cocares e colares. Exuberância vista tanto no cotidiano quanto nas cerimônias religiosas e nas festas Culturais, quanto os índios se pintam e se enfeitam para as solenidades.
O Jogos do Xingu é, assim, o primeiro passo para possibilitar que o poder transformador do esporte beneficie também os povos indígenas, melhorando a qualidade de vida nas aldeias. O Jogos será uma forma de valorizar e resgatar o esporte e cultura dos povos indígenas que habitam o parque indígena do xingu criando oportunidades para que os indígenas da reserva possam preservar, divulgar e promover sua cultura.
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