Teté Bezerra em reunião com Sérgio de Urioste, da Amaszonas
A companhia aérea Amaszonas, com ramificações hoje na Bolívia e no Uruguai, está disposta a entrar de vez no mercado brasileiro. Em reunião com a presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Teté Bezerra, em Santa Cruz de La Sierra, na semana passada, o presidente da companhia, Sérgio de Urioste, anunciou que a empresa está adquirindo aviões da Embraer – modelos 190 e 195 – e pretende criar novos “corredores” aéreos para o Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu.
“Estamos adquirindo aviões da Embraer, com 112 e 118 assentos, e vamos realizar um sonho, que é entrar de vez no mercado brasileiro”, comunicou Urioste. Para a presidente da Embratur, Teté Bezerra, o anúncio da direção da Amaszonas vai ao encontro da necessidade que o Brasil possui hoje de aumentar a sua conectividade área, em especial com os países latino americanos. Em conversas com representantes do setor turístico de países como Peru, Bolívia e Paraguai, houve solicitações para melhoria e ampliação dos acessos aéreos ao Brasil.
Segundo ela, a Embratur vai unir esforços com outros órgãos federais para garantir essa ampliação. Teté cita dados, como o da Organização Mundial de Turismo, que prevê o crescimento de mais de 100% na vinda de turistas internacionais à América Latina nos próximos 20 anos. “A região deve saltar de 27 milhões para 58 milhões de visitas e a conectividade aérea precisa acompanhar esse crescimento”, avaliou a presidente.
O cenário de investimento no Brasil com as aeronaves de porte maior da Embraer – com dois anos de uso - tem duas vertentes. Na primeira, a empresa planeja abrir dois novos “corredores” aéreos internacionais: Cuzco/Machu Picchu (Peru), Santa Cruz de La Sierra/Uyuni (Bolívia) com Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro, no Brasil. “As novas aeronaves que estamos adquirindo fazem parte desse plano de crescimento”, informou o presidente da Amaszonas. Além das novas rotas, fazem parte do plano de expansão vôos para Curitiba (PR), Campinas (SP) e Porto Alegre (RS).
A empresa aérea boliviana possui hoje uma frota de aviões Bombardier, com capacidade para 50 passageiros, e já faz 80 vôos diários atendendo 15 cidades em seis países. A companhia tem parceria de vôos compartilhados com às aéreas Gol, Air Europa e Aerolíneas Argentinas.
A segunda vertente de investimentos depende da aprovação de uma empresa regional que está sendo criada no Brasil. A nova companhia, segundo o vice-presidente da Amaszonas, Luis Vera Alvarez Plata, já recebeu o aval da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
“Dentre cinco etapas de exigências do Brasil, concluímos duas. Iniciaremos a terceira etapa em janeiro de 2019. Acreditamos que até o final do próximo ano teremos a autorização de operação”, disse Plata. A nova empresa vai priorizar rotas de cidades brasileiras ligadas ao agronegócio, mas não descarta entrar em mercados de fronteira entre Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
Fonte: Embratur
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