Um arquipélago fluvial, uma duna de quartzo e uma montanha de 1,8 bilhão de anos estão entre os lugares mais surpreendentes do país!
7 min de leitura
Estúdio de Criação / Por Marília Kodic
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As dunas do Jalapão (Foto: Getty Images)
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O maior parque de pinturas rupestres do mundo, o cume de montanha mais extenso do planeta, formações rochosas de 1,8 bilhão de anos e ossadas de preguiças-gigantes de seis metros: acredite, tudo isso se encontra no Brasil. É, de tão imenso, nosso País reúne paisagens de tirar o fôlego que ainda não foram descobertas por todo mundo! Conheça esses destinos in-crí-veis que não fazem parte dos roteiros tradicionais de turismo em 3,2,1...
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A seguir, listamos 12 dessas joias históricas e naturais espalhadas pelas cinco regiões do Brasil – prepare suas malas e #partiu, férias:
Jalapão (TO)
A paisagem alaranjada do Jalapão | Foto: Divulgação
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Prepare-se para se deparar com o laranja das dunas de areia de quartzo, com o verde intenso das piscinas naturais, com o dourado do capim brilhando sob o sol, com o azul claro dos fervedouros.. Bem-vindo ao Jalapão! De tão lindo, é difícil de acreditar que este lugar seja ainda tão desconhecido pelos brasileiros. Mas há até uma justificativa já que o acesso à região – no extremo leste do Tocantins, onde faz divisa com Bahia, Maranhão e Piauí – não é dos mais simples, nem a infraestrutura das mais completas. Mas nada que não se resolva com um carro 4x4, um guia local e algumas doses de disposição e paciência. Vale a pena sair do roteiro comum para conhecer o destino, considerado um dos maiores blocos de vegetação nativa remanescente do Brasil!
Dunas do Jalapão | Foto: Divulgação
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Ilha do Algodoal (PA)
A calmaria da Ilha do Algodoal | Foto: Divulgação
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Pedestres, bicicletas e charretes coloridas, que passam por ruas de chão batido onde carros e motos são proibidos, determinam o ritmo tranquilo de Algodoal, aonde a energia elétrica só chegou em 2005 (sério!). A vila de pescadores situada pertinho de Belém, à qual só se chega de barco, encanta tanto pela simplicidade quanto pela beleza natural. Mangues que levam a praias semi-desertas de areias brancas e finas, dunas cobertas de restinga, coqueiros e cajueiros compõem o cenário do local que só começou a ser habitado nos últimos cem anos – e, por isso mesmo, é tão bem preservado. Isso não impede, no entanto, que seja palco de festas noturnas animadas, ao som de ritmos regionais como carimbó e tecnobrega.
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Ilha do Algodoal | Foto: Divulgação
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Monte Roraima (RR)
Monte Roraima (Foto: Instagram/Reprodução)
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Na tríplice fronteira entre Brasil, Guiana e Venezuela, o Monte Roraima é um dos lugares mais exóticos e misteriosos da América Latina. A formação rochosa milenar é composta por diversos platôs em formato de mesa, dos quais o monte que dá nome ao estado de Roraima é o mais alto, ultrapassando os 2800 metros. Para chegar a seu topo, é preciso cruzar a fronteira da Venezuela e subir pelo seu lado menos íngreme, num trekking que dura dias – ou, então, desembolsar um valor considerável para fazer o trajeto de helicóptero. De todo modo, a recompensa é uma paisagem única de cavernas, lagoas, plantas carnívoras, beija-flores, diversas espécies endêmicas e vistas espetaculares de onde, em meio às nuvens, pode-se assistir à chuva se formar e precipitar morro abaixo. Considerado sagrado pelos índios pemons, o monte tem o cume mais extenso do mundo (são 90 quilômetros quadrados!) e origem geológica que remonta à era paleoproterozoica, há cerca de 1,8 bilhão de anos, tornando-o uma das formações rochosas mais antigas do planeta.
Arquipélago de Anavilhanas (AM)
Vista aérea do arquipélago de Anavilhanas (AM) | Foto: Divulgação
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Mais de quatrocentas ilhas compõem o arquipélago fluvial de Anavilhanas, um dos maiores do mundo, com cerca de 130 km de extensão, localizado a 100 km de Manaus. O labirinto natural formado pela floresta amazônica é entrecortado pelos afluentes do Rio Negro. Tal ecossistema abriga botos cor de rosa, jacarés, onças pintadas, macacos e bichos-preguiça. De outubro a março, durante a cheia, os igapós formam belos espelhos d’água e, de abril a setembro, época de seca, aparecem convidativas praias de areia branca pelo percurso.
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Águas do Rio Negro, na Amazônia | Foto: Divulgação
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Serra da Capivara (PI)
A Serra da Capivara tem atmosfera cinematográfica | Foto: Divulgação
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Abrigando o maior parque de pinturas rupestres do mundo, datadas de até 29 mil anos atrás, a Serra da Capivara possui 120 mil hectares de cânions, falésias, grutas e o rico bioma da caatinga, além de impressionantes ossadas de mastodontes, tigres-dentes-de-sabre e preguiças gigantes de seis metros (!). Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO desde 1991, o Parque Nacional é uma viagem às origens da civilização na América. A cidade-base mais próxima para conhecer o local, São Raimundo Nonato, é modesta, mas tem boa infraestrutura, e fica a 500 km deTeresina, capital do Piauí.
Chapada das Mesas (MA)
Chapada das Mesas, na divisa do Maranhão com o Tocantins | Foto: Divulgação
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Menos conhecida do que as chapadas brasileiras Diamantina (BA), Veadeiros (GO) e Guimarães (MT), a Chapada das Mesas é um rincão exuberante na divisa do Maranhão com o Tocantins. Composto por sertões, cavernas, florestas de buritizais e um relevo de chapadas vermelhas, tem como grande atrativo as cachoeiras e piscinas naturais. Para conhecer o local, o ponto de partida é a cidade de Carolina, que tem pouco mais de 25 mil habitantes e boa estrutura – aproveite os restaurantes locais, com pratos de peixes de água doce e doces caseiros à base de jaca e buriti. Entre os pontos mais visitados, estão o Poço Azul e o Encanto Azul, as cachoeiras Santa Bárbara, São Romão e Prata e o Morro do Chapéu, além do Portal da Chapada, ideal para curtir o pôr-do-sol.
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Galinhos (RN)
Praia de Galinhos, no Rio Grande do Norte | Foto: Divulgação
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Dunas multicoloridas, salinas, mangues, praias que se revelam e escondem no ritmo da maré e um fotogênico farol compõem os cartões-postais de Galinhos, situado a 170 km da capital Natal e (inexplicavelmente) ainda pouco explorado pelos turistas. Um dos destaques turísticos inusitados do vilarejo de apenas 2 mil habitantes é o passeio que oferece almoço com alimentos colhidos ao longo do trajeto e transformados em iguarias - pense em ostras no bafo, sashimi de pescada branca e ceviche de cavala-branca, tudo fresquinho...
Faro de Galinhos, Río Grande do Norte, Brasil | Foto: Divulgação
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Icaraí de Amontada (CE)
“Descoberta” por velejadores e praticantes de windsurf e kitesurf europeus por causa de seus ventos constantes, Icaraí de Amontada está começando a atrair a atenção dos turistas brasileiros. Sua enseada tem mar calmo e piscinas naturais emoldurados por um cenário de coqueirais, e partem dali os passeios que levam à Lagoa do Sabiaguaba e aos chamados Lençóis Cearenses, compostos por dunas e lagoas. Queridinha dos fortalezenses, a vila de pescadores lembra a Jericoacoara de décadas passadas.
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Icaraí de Amontada | Foto: Divulgação
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Nobres (MT)
Cachoeira de Nobres | Foto: Divulgação
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A combinação que faz a fama de Bonito, em Mato Grosso do Sul – grutas, cachoeiras e rios cristalinos cheios de peixes –, aparece também em Nobres com o atrativo adicional de preços mais baixos e menos turistas. A cidade de 15 mil habitantes tem entre os destaques o Aquário Encantado, uma piscina natural de um azul límpido, em função da presença forte de magnésio, realçada por uma enorme variedade de peixes multicoloridos e pelos feixes de luz que entram por entre as árvores que a cercam. Para os caçadores de adrenalina, a dica é fazer o boia-cross pelo Rio Quebó, que passa por uma gruta habitada por morcegos. A 150 km de Cuiabá, Nobres fica na região da Serra do Tombador, de grande valor histórico para os índios bacairis, que ainda vivem por lá, e onde é possível encontrar sítios arqueológicos e arte rupestre.
Piscina natural de Nobres | Foto: Divulgação
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Cambará do Sul (RS)
O impactante Cambará do Sul, com paredões verticais que chegam a 900 metros de altura | Foto: Divulgação
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O maior conjunto de cânions da América do Sul fica no Brasil: são 250 km na cidade gaúcha de Cambará do Sul, a 110 km de Gramado. Os mais famosos cânions (e com melhor infraestrutura) são o Itaimbezinho, no Parque Nacional dos Aparados da Serra, e o Fortaleza, no Parque Nacional da Serra Geral. Este último é também o mais profundo, com paredões verticais que chegam a 900 metros de altura, e o mais largo da região, com 7,5 km. Outro destaque da região é a Cachoeira dos Venâncios, uma sequência de quatro quedas d’água no Rio Camisas. Ah! Vale dizer que Cambará do Sul está entre as campeãs no ranking de baixas temperaturas durante o inverno brasileiro.
Cambará do Sul | Foto: Divulgação
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Pancas (ES)
Conjunto de rochas que forma o visual de Pancas, no Espírito Santo | Foto: Divulgação
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Um conjunto de rochas de granito com os mais curiosos e variados formatos, conhecido como Monumento Natural dos Pontões Capixabas, são o principal atrativo da cidadezinha de Pancas, a 180 km da capital Vitória. As mais famosas são o cartão-postal Pedra Camelo, com 720 metros de altura, e a Pedra Agulha, com 500 metros de altura. Popular entre os turistas, a Rampa da Colina é o local onde se pode praticar vôo livre (parapente e asa delta). Cerca de 60% da população de 20 mil habitantes é formada por descendentes de pomeranos (povo que habitou a região europeia do Mar Báltico, entre a Alemanha e a Polônia), e a cultura dos imigrantes é preservada na gastronomia, em festas populares e até no idioma – depois do português, o pomerano é a língua mais falada na cidade.
São Miguel das Missões (SC)
Sitio Arqueológico de São Miguel Arcanjo | Foto: Divulgação
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Um dos quatorze Patrimônios Culturais Mundiais da UNESCO localizados no Brasil, as ruínas de São Miguel das Missões estão entre os mais bem preservados vestígios das Missões Jesuíticas em todo o mundo. Fundado no século 17, o povoado ali instalado, chamado de redução de São Miguel Arcanjo, foi o mais próspero da região dos Sete Povos das Missões. Nele, guaranis e jesuítas conviveram por quase um século. No sítio arqueológico está também o Museu das Missões, que guarda uma importante coleção de esculturas sacras dos Sete Povos, em sua maioria de madeira policromada. Um espetáculo de luz e som é realizado diariamente nas ruínas, recontando a história do lugar.
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