1 de maio de 2021

Impactos Positivos e Negativos do Turismo na Natureza


Impactos Positivos e Negativos do Turismo na Natureza
BIOLOGIA
Os impactos do Turismo referem-se à gama de modificações ou à sequência de eventos provocados pelo processo de desenvolvimento turístico nas localidades receptoras. As variáveis que provocam os impactos têm natureza, intensidade, direções e magnitude diversas; porém, os resultados interagem e são geralmente irreversíveis quando ocorrem no meio natural.

Os impactos têm origem em um processo de mudança e não constituem eventos pontuais resultantes de uma causa específica, como, por exemplo, um equipamento turístico ou um serviço. Eles são a consequência de um processo complexo de interação entre os turistas, as comunidades e os meios receptores. Muitas vezes, tipos similares de Turismo provocam impactos diferentes, de acordo com a natureza das sociedades nas quais ocorrem.

O rápido crescimento do Turismo, a partir dos anos 50, resultou na degradação ambiental de inúmeros recursos turísticos em todo o mundo. Os indicadores apontam um crescimento contínuo da atividade, de cerca de 4% a 5% ao ano, e, consequentemente, os impactos sobre o meio ambiente também se intensificam.

Esse risco, reconhecido atualmente pela maioria dos governos dos países receptores de turistas, faz com que se tomem iniciativas que proporcionem tanto uma evolução dos aspectos favoráveis do Turismo como a proteção ambiental.

Como o meio ambiente constitui um elemento fundamental do Turismo, sua “manutenção sadia” é essencial para a evolução da atividade. A avaliação dos impactos de toda ordem sobre o meio ambiente é extremamente difícil, por cinco razões (Mathieson e Wall, 1988 apud Rschmann, op. Cit.):

• Primeiramente, o fato de o homem estar vivendo e modificando a Terra há milhares de anos torna difícil estabelecer uma base para medir as modificações. Em muitas destinações turísticas, o uso público ocorre há tanto tempo que é quase impossível compreender o meio ambiente sem os efeitos provocados pelo Turismo;

• A segunda razão reside na impossibilidade de dissociar o papel do homem da natureza. Mesmo sem a intervenção humana, o meio ambiente se altera, dificultando também a definição das bases para os estudos de impacto. Muitos efeitos do Turismo sobre o meio ambiente resultam em processos ambientais normais, que ocorrem independentemente da ação do homem. Assim, as intempéries e a erosão são processos da natureza, porém, tornam-se mais intensos quando ocorrem em locais alterados pelo homem. Fica difícil determinar quando as alterações são provocadas pelo desenvolvimento turístico ou quando este constitui apenas um entre vários agentes modificadores;


• Em terceiro lugar, as complexas interações do fenômeno turístico fazem com que o impacto total da atividade seja quase impossível de medir. Os impactos primários dão margem ao surgimento dos secundários e dos terciários, gerando uma gama de repercussões sucessivas, impossíveis de rastrear ou monitorar. Impactos específicos ocorrem sobre grupos particulares de pessoas, tais como as minorias raciais ou culturais, ou sobre tipos únicos de vegetação ou espécies de vida selvagem;

• A quarta razão reside na descontinuidade espacial e temporal entre causa e efeito. Por exemplo, a erosão em determinada área pode ocasionar depósitos mais adiante, prejudicando o fluxo de águas e provocando a extinção de certas espécies da fauna e da flora. Um espaço de tempo considerável transcorrerá até que todos os impactos de uma atividade se tornem aparentes; e, por isso, todos os estudos são prejudicados quando há necessidade de definir as dimensões espaciais e temporais da atividade turística;

• A quinta razão metodológica situa-se na seleção dos indicadores, criando a questão sobre quais deles utilizar e o que significavam. O problema se situa, basicamente, na identificação das variáveis a considerar na indicação das mudanças provocadas pelo Turismo e, consequentemente, na determinação do que medir. Um problema complementar se apresenta na atribuição de valores aos indicadores selecionados, uma vez que a importância dos impactos varia nos diversos sistemas estudados.

Considerando que o Turismo é uma atividade dinâmica e que os impactos e suas consequências mudam constantemente – como consequências das modificações dos objetivos, tanto dos turistas como das comunidades receptoras das flutuações nos processos relacionados com a economia, o meio ambiente e com as mudanças tecnológicas – o seu monitoramento periódico torna-se uma necessidade imprescindível.

Atualmente, a reflexão e a discussão sobre os impactos do Turismo sobre as localidades receptoras já ocorrem em amplos segmentos envolvidos com viagens turísticas e várias propostas têm surgido e sido levadas a efeito com relativo sucesso, no sentido de minimizar os impactos negativos, otimizar os positivos e enriquecer a experiência vivencial das pessoas que viajam em férias.

FONTE: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/impactos-positivos-e-negativos-do-turismo-na-natureza/24302

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