O que dizer das Origens quilombolas
São remanecentes e reflexos da escravidão que ainda estão vivos em várias partes do Brasil.
Não há necessidade de se falar do tema racismo, pois ainda insistem em dizer que não existe.
A verdade é que uma herança da escravidão ainda existe ainda no mundo inteiro isto é bem claro.
E no Brasil este sistema vigorou até a nova constituição de 1988, quando a mesma assegurou diretos e deveres para o cidadão brasileiro, incluindo os negros, indígenas , brancos enfim raças e nações no Brasil, após mais de 130 anos de liberdade dos descendentes dos 3,5 milhões de homens e mulheres prisioneiros que vieram do continente africano.
O Território Remanescente de Comunidade Quilombola é uma conquista recente e para muitas comunidades, uma luta ainda em curso.
Os remanescentes de quilombos já tem reconhecimento junto a Fundação Palmares sendo mais de 3.040 comunidades e grande parte delas já recebeu também o cadastro do Incra garantindo seu direito à terra.
Para dar o atestado de ancestralidade, a Fundação Palmares usa critérios de auto atribuição, o mesmo critério adotado pela Convenção da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais.
A gestão sustentável do território quilomvola é um desafio perene junto aos moradores e comunidade local
O turismo desenvolvido de forma sustentável e com o protagonismo da própria comunidade local, pode ajudar na auto estima na apropriação e promoção da identidade quilombola.
As tividades turísticas como turismo rural, ecoturismo, turismo com base comunitária e produção associada ao turismo, estão mandioca dos produtos que podem gera renda para determinada região ou localidade atendendo, além dos locais, o público visitante, como eventos culturais, a gastronomia e a venda de artesanatos.
Esse é um dos benefícios que pode ser trazido por meio do turismo comunitário, inclusive nas comunidades quilombolas brasileiras.
A prática de turismo, que também chamada de etnoturismo quilombola ou mesmo etnoturismo de base comunitária, visa o desenvolvimento sustentável da localidade região envolvida.
É importante neste processo manter o estilo de vida local, respeitar a arte cultura e tradições.
Por outro lado os turistas vão viver experimentar uma imersão presenciando o cotidiano daquelas pessoas, seus valores e práticas se integram àquele cenário, fazendo parte deste cotidianonpor algumas horas e dias.
Será um processo de experiência que irá exigir do visitante muita maturidade, respeito e estar pronto para um encontro mais profundo com a realidade do outro mundo, (quolombola).
O turismo quolombola devforma comunitário com a participação de cada indivíduo, pode contribuir com o fortalecimento do capital social na comunidade quilombola envolvida.
Nestes termos poderemos ter muitos avancos na economia e no social a medida da apropriação da autogestão e compartilhamento entre as pessoas interessadas em se envolver na atividade turística.
Os recursos financeiros no Turismo Quilombola podem ser advindos das hospedagens em pousadas coletivas ou receptivos familiares, na renda da produção associada ao turismo, (saberes e fazeres dos quilombolas), artesanato, agroindústria, manifestações culturais, doces, licores, cachaça, sucos, farinhas etc.
Atualmente cerca de 8,5 milhões de brasileiros vivem da produção artesanal, de acordo com um estudo de 2002 do Banco do Nordeste, sendo responsável por 2,8% do PIB nacional. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) e a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC), os setores correspondem a 2,7% e 4,32%, respectivamente.
Onturismo quilombola de firma comunitária é bom justamente por incentivar o aproveitamento dos fazetes e saberes das comunidades quilombolas e proporcionar a se manterem sendo o que são, e gerando recursos para adquirir os bens que não produzem e arcarem com outros custos, inclusive de manejo sustentável das terras.
O turismo movimenta a economia local e, consequentemente, de todo o país, atrai turistas nacionais e estrangeiros e tudo isso pode ser feito de maneira sustentável e ordenada, sem os grandes danos causados pelo turismo de massa – a começar pela experiência do próprio viajante.
No Brasil já existem algumas comunidades quilombolas que se destacam por já estarem recebendo turistas de forma autônoma e com total protagonismo.
No estado de Mato Grosso existem um estudo da presença de cerca de 110 a 120 comunidade quilombolas distribuídas em 29 municípios, estão localizadas por todo território matogrossense.
A grande concentração das Comunidade Quilombolas de Mato Grosdo estão no município de Vila Bela da Santíssima Trindade, Poconé e Nossa Senhora do Livramento, sendo que estão em outros 26 municípios de forma menos concentrada.
O Turismo Quilombolanportanto já se apresenta em algumas municípios e comunidades a exemplo da Mutuca na Mata Cavalo em N.S. Livramento, Capão Verde, Campina de Pedra em Poconé, na cidade de Vila Bela, Vão Grande em Barra dos Bugres dentre outras.
É necessário porém avançar no processo de formatação e estruturação dos projetos e produtores turísticos em Mato Grosso, embora Protagonismo deva ser dos moradores locais é necessário o apoio e contribuição do poder público e demais parceiros neste processo.
TEXTO e FOTO : Geraldo Donizeti Lucio da EMPAER - MT
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