Proposta é percorrer 100 km conhecendo a comunidade e a paisagem local
O turismo tem se tornado a base da economia para muitos municípios e estados. Também tem se tornando o “ganha pão” de muita gente.
No caso de Mato Grosso, há muito a ser explorado, pois é um estado rico em beleza natural, morros, cachoeiras, lagoas azuis.
Mas, devemos lembrar que o turismo também inclui culinária, festas populares, ritos e um monte de coisas não palpáveis como acolhimento, intenção, enfim.
E pensando em oferecer desafio, sossego e belas paisagens, um grupo de sitiantes da região metropolitana de Cuiabá, se juntou e criou o projeto “Caminhos do Morro”.
A proposta incluiu o desafio de percorrer 100 km em torno do Morro de Santo Antônio, no município de Santo Antônio de Leverger, contando com a escalada. O roteiro deve ser cumprido em uma semana, de segunda a sexta-feira.
A iniciativa é promovida pelo Rancho Epona, uma das 14 propriedades que fazem parte do projeto. A meta é percorrer 20 km diários, com saída e retorno da sede do rancho.
A técnica da Empaer Ludmila Bodnar lembra que o objetivo é fomentar a agricultura familiar associada ao turismo rural e, como atrativo, o Morro de Santo Antônio.
A proprietária do Rancho Epona, Mirian Ferraz, é caminhante desde 2018 e já realizou alguns caminhos pelo Brasil, entre eles o Circuito Caminhos da Sabedoria, na cidade de Ibiraçu, no estado do Espírito Santo.
Com o hábito de caminhar, Mirian conta que teve a oportunidade de conhecer outras pessoas que já tinham feito um dos mais tradicionais caminhos do mundo, o Santiago de Compostela, na Espanha.
Essas pessoas a estimularam e despertaram nela o prazer da caminhada. E, por isso, ela quer proporcionar a mesma sensação a outras pessoas.
“Caminhar é renovador. É no silêncio que o ritmo se impõe, é possível colocar a mente em equilíbrio, ouvir o ruído da natureza, escutar o compasso e, até o descompasso do coração, sentir o vento, o calor e a imensidão que nos cerca”.
Aventura sem idade
E erra quem pensa que para fazer este percurso e viver essa aventura precisar ser jovem. Se bem que sim, precisar ser jovem de mente, digamos assim.
Para se ter ideia de como é acessível, uma das participantes do projeto é a professora aposentada Sebastiana Figueiredo, de 81 anos. Ela participou da primeira etapa, escalou o morro e tudo, e pretende participar do próximo desafio.
Aí você pode pensar: mas ela é uma exceção!!! Negativo. Ela tem a companhia do ‘seo’ Vicente Ferro, de 89 anos, e o sobrenome dele já diz tudo. Morador da comunidade, ele também participou da caminhada anterior, realizada em dezembro.
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