A característica transdisciplinar e multisetorial do turismo permite a valorização dos aspectos naturais, da cultura e da atividade produtiva das comunidades familiares, e estimula, também, a recuperação e conservação da economia do território.
Economicamente, a inserção da atividade turística na agricultura familiar pode aumentar a renda, principalmente com a comercialização de produtos diretamente ao consumidor/turista.
O baixo nível de renda comumente constatado entre os agricultores e a autodesvalorização dos hábitos e costumes em detrimento ao ideal urbano, tem como uma das conseqüências o êxodo rural.
Diante deste quadro, o turismo possibilita a valorização da agricultura familiar, uma vez que a sua cultura torna-se o próprio atrativo turístico, com efeitos diretos no aumento da auto-estima da população.
É desencadeado um resgate de valores, costumes, códigos: orgulhar-se da sua ascendência, relembrar histórias, resgatar a gastronomia, exibir objetos antigos antes considerados velhos e inúteis, seu modo de falar, suas vestimentas, seu saber.
Ressurgem, desse modo, as artes, as crenças, os cerimoniais, a linguagem, o patrimônio arquitetônico, que são restituídos ao cotidiano, usando marcas locais interessantes para o turismo.
Cabe ressaltar que a cultura não se restringe ao resgate do passado, mas também implica a absorção, adaptação, inovação e geração de conhecimento científico e tecnológico.
Quanto aos aspectos ambientais, o turismo rural na agricultura familiar visa ao uso racional dos recursos naturais, sua preservação, conservação e recuperação, visto que tais recursos passam a constituir atrativos turísticos.
O ambiente também é beneficiado com a produção agroecológica, contribuindo para a qualidade de vida dos agricultores e dos visitantes.
FONTE: REDE TRAF
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