Para avaliar o patrimônio cultural do Mato Grosso é necessário conhecer um pouco da história do Estado, a qual pode ser dividida em 4 fases. A primeira fase durou desde a pré-história até o século XVIII, quando a população era predominantemente indígena. O patrimônio cultural correspondente a essa fase inclui sítios arqueológicos e aterros distribuídos pelo estado e uma variedade de culturas indígenas que existem até hoje influenciando a culinária, o artesanato e o folclore da região.
A segunda fase - de colonização - vai até o final do século XIX. Pelo tratado de Tordesilhas, o Mato Grosso pertenceria à Espanha. Com a descoberta do ouro, tem início um conflito entre Portugal e Espanha pela posse das terras, mas Portugal teve o direito de reivindicar o território desde que o ocupasse efetivamente. O patrimônio cultural desta época inclui comunidades quilombolas, como a Vila Bela da Santíssima Trindade, às margens do rio Guaporé, e ao sul, sobre o Rio Paraguai, abaixo do Miranda, construções como o Presídio de Nova Coimbra.
Hoje o Mato Grosso vive culturalmente uma nova fase, caracterizada pela busca do desenvolvimento sustentável. Existe um empenho em preservar a história e a cultura mato-grossense através de museus, da cobertura de ruínas como as da Igreja Nossa Senhora da Santíssima Trindade (em Vila Bela), da restauração de imagens sacras e da preservação da cultura nas terras indígenas.
Durante o período da escravidão, o Estado do Mato Grosso foi reduto de negros foragidos que formaram grandes quilombos onde podiam expressar seus rituais africanos, preservando sua cultura. Complementando a miscigenação cultural, a religiosidade dos colonizadores europeus deixou como legado as diversas manifestações religiosas que hoje fazem parte do calendário festivo do Estado.
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