Há três anos investindo na cultura, produtor busca novas variedades e quer estimular outros agricultores
O produtor do Projeto de Assentamento Cedro Rosa, Jalmir Land de Borba, de Nova Ubiratã (a 502 km de Cuiabá), será o primeiro na região a fornecer pitaya na merenda das escolas municipais com assistência técnica da Empaer. Ele participou da chamada pública do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Governo Federal. A fruta vem conquistando espaço na agricultura familiar no Estado.
Há três anos sendo acompanhado pelo técnico da Empaer, Thiago Ribeiro dos Santos, o produtor plantou no sítio Borba, 600 pés da fruta nas variedades branca e vermelha em um hectare de área. Atualmente, comercializa no comércio local e nas cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum.
“Sou um dos primeiros a produzir a cultura na região norte do Estado. Sempre busquei inovar e trazer coisas novas. Com a oportunidade de conhecer a unidade da Empaer em Tangará da Serra, fiquei encantado e vi que estava no caminho certo”, destaca Jalmir.
Segundo ele, agora quer avançar com novas variedades e tem cobrado o técnico da Empaer. Destacou que o comércio da região tem elogiado a qualidade das frutas e a boa aceitação do consumidor.
“A Empaer fez toda diferencia nesse processo, sem a orientação correta não estaria colhendo esse resultado que tem ajudado muito em minha renda e ainda querer investir mais. Quero ser referência e mostrar para outros agricultores que é possível viver da pitaya e tem espaço pra muita gente no mercado”.
O técnico da Empaer, Thiago Ribeiro dos Santos, explica que os trabalhos começaram em 2019 quando a área foi ampliada e mudas vindas do Campo Experimental de Tangará da Serra plantadas. “Como a produção aumentou graças à assistência técnica em escala comercial, vimos que seria possível participar da seleção da chamada pública e fornecer a fruta nas escolas da rede municipal”.
Thiago conta que junto da equipe da Secretaria de Educação da cidade foi necessário desburocratizar o perfil da fruta para inseri-la no cardápio da merenda escolar, sendo necessário um trabalho de campo e pesquisa sobre os valores nutricionais e, o quanto ela faz bem para a saúde. “Depois de um longo trabalho estamos conseguindo ver a satisfação do produtor. Nosso objetivo é popularizar a fruta para que o consumidor tenha acesso e seja como a banana, a manga, a laranja entre outras frutas. E mesmo no plantio, o custo é proporcionalmente menor se comparado com algumas culturas. Podemos dizer que o produtor consegue até tocar sozinho”.
Sobre o PNAE
O PNAE oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública. O governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros de caráter suplementar para a cobertura de dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino.
O PNAE é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), e também pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público.
Atualmente, o valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino.
Foto: Empaer
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