O MTUR e MDA no ano de 2004 definem o Turismo Rural como Segmento, ficando com o seguinte conceito: O Turismo Rural, além do comprometimento com as atividades agropecuárias, caracteriza-se pela valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da oferta turística. A partir deste conceito outras variáveis e discussões tem surgido no Brasil derivando e gerando interfaces que na minha opinião todas elas vão sendo viabilizadas no âmbito das oportunidade e de acordo com a motivação e a vontade do cliente.
A Produção Associada ao Turismo no meio rural está relacionada à oferta de produtos e serviços Frutos dos saberes e fazeres de um povo como suas manifestações, atividades e produtos oriundos dos moradores de uma comunidade tradicional, quilombola, indígena, ribeirinha, da floresta, assentamento rural e unidade de produção da agricultura Familiar.
Podemos entender que neste contexto os agricultores familiar e moradores nas comunidades tradicionais podem oferecer aos turistas café da manhã, refeições e diversos produtos e serviços guardando a regionalidade e as características locais.
Sempre será oportuno a realização de uma feira para exposição e venda de produtos transformados.
Os produtos transformados pode ser de origem animal como queijo, requeijão, manteiga, doces de leite, embutidos, carne de lata, charques, carne seca e outros.
Podendo ser também de origem vegetal cachaça, licores, doces, conservas, pães, biscoitos, bolachas etc.
Já no artesanato os artefatos identificados no turismo rural e na produção associada são as peças confeccionadas ou feitas em fibras, de cipós, de cerâmicas, de pedras, de sementes, de tecidos, de linhas e fios, sempre observando que estes produtos tenham uma identidade com a região e local.
No que tange as manifestações culturais podem ser: música, danças, contos, cirandas, poesias. Também o uso da gastronomia regional e local trazendo a especificidade da sua identidade, neste caso pôde-se resgatar o que se perdeu e fortalecer o que existe é o turismo rural permite estas estratégias.
O turismo rural parte de pressupostos também da economia criativa, em que o campo das ideias e criatividade se afloram nos empreendedores que agem se apropriando de fatores e coisas minimamente disponíveis e que transformados em produtos podem ser oferecido aos turistas.
Podemos citar como exemplo o nascer e por do sol que está ao alcance de todos que no primeiro momento não é relevante, mas quando se agrega a ele estruturas, equipamentos e serviços se transformam em produtos turísticos criativos, (um mirante, um deck, uma plataforma, um quiosque, um restaurante panorâmico, músicas, poesias, contos e causos, comidas, Bebidas e outras criatividades.
E por fim o turismo solidário irá contribui para o desenvolvimento social e preservação cultural da comunidade receptora. O turismo solidário contribuirá também para geração e distribuição de renda local e valorizando o modo de viver dos anfitriões.
Para melhor entender economia solidária vem a ser uma maneira de organizar atividades econômicas, produção, distribuição, consumo.
Portanto o que caracteriza a economia solidária é o fato de que os meios, os empreendimentos de economia solidária, são propriedade das pessoas que trabalham neles.
A famosa divisão, tão comum no capitalismo, entre os empregadores – que são os proprietários – e os trabalhadores – que trabalham em troca de um salário – não existe na economia solidária.
Não há patrão e a caraterística fundamental é que ninguém obedece porque ninguém manda, (definição de Paul Singer), professor, economista e teórico da economia brasileira.
No Turismo Solidário ocorre o favorecimento o crescimento e fortalecimento econômico de uma localidade.
O Turismo Solidário então surge como uma alternativa para os períodos de baixa temporada.
Portanto é um tipo de turismo que gera fluxo “turístico” em lugares que não dispõem de atrativos significativos.
A partir destes pressupostos, no Turismo Solidário começa então a nascer um novo tipo de turismo, que respeita o cotidiano e costume das pessoas que vivem no local.
Blogueiro
Especialista em Turismo Rural
Autor do Livro Turismo no Meio Rural de Mato Grosso
Agente Técnico da EMPAER
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