Geraldo Donizeti Lúcio
Podemos considerar como conceito, que Boas Práticas Agropecuárias são as normas e procedimentos que devem ser observados pelos produtores rurais para garantir a produção de alimentos seguros, com atributos de interesse do produtor e livres de qualquer tipo de substância que possa trazer prejuízo ao consumidor, em sistemas de produção sustentáveis, ou seja, que respeitem as legislações ambientais e trabalhistas (EMBRAPA - Pecuária Sudeste, 2010).
Atualmente, cada vez mais, a adoção dessas Boas
Práticas, serão exigidas pelo mercado, inclusive através de programas de
certificação e de fidelização, até mesmo por parte dos varejistas.
Boas Práticas no Turismo Rural
Entendemos que o turismo rural também deve buscar o atendimento às normas e procedimentos que garantam a satisfação do turista, quanto ao produto e ao atendimento e, propiciem uma atividade social, econômica e ambientalmente sustentável e, ainda, verdadeiramente rural, valorizando seus atrativos.
Inicialmente, faz-se necessário um adequado diagnóstico da propriedade,
considerando aspectos como:
- · Infraestrutura básica;
- · Acessibilidade;
- · Equipamentos de lazer e entretenimento
- · E atrativos.
Assim, devemos providenciar, um bom inventário do
que existe e do que oferecemos ao visitante.
Além disso, devemos definir tipo de público, forma de visitação e características do produto turístico oferecido.
Nesse diagnóstico, devemos também analisar o
entorno da propriedade, inclusive para definir parceiros e futuros roteiros, de
forma associativa, conhecer a infraestrutura de apoio ao turismo como:
- · Meios de hospedagem;
- · Serviços de alimentação;
- · Guias de turismo;
- · Agências receptivas
- · E empresas de transporte, que estejam na área de abrangência do seu negócio de turismo rural.
As Boas Práticas no Turismo Rural devem orientar, também, um bom planejamento,
considerando aspectos como:
- · Locais possíveis de visitação na propriedade;
- · Tempo de visitação em cada atividade
- · Segurança do visitante
- · E adequar a sinalização turística (interna e externa).
O fator primordial para o sucesso da atividade turística, a mão de obra, familiar ou não, deve, antes de tudo, considerar as características e habilidades individuais de cada trabalhador, mas sem negligenciar a capacitação dessa mão de obra, por exemplo:
- No preparo de alimentos,
- No atendimento aos diferentes públicos
- E no respeito aos padrões de segurança.
Lembrando que, para adequar-se aos conceitos de Boas Práticas deve-se seguir a legislação trabalhista, garantindo os direitos de toda a equipe.
Outra questão fundamental, diz respeito ao meio ambiente.
A valorização da paisagem deve fazer parte do
planejamento da propriedade, tornando-a mais um atrativo para o visitante.
Para tanto, faz-se necessário o monitoramento de
impactos (inclusive lixo e dejetos) e a observância da legislação ambiental.
No aspecto de produção agropecuária, deve-se privilegiar as mais sustentáveis, como a produção orgânica.
Devemos ainda buscar uma equilibrada administração do negócio, através, por exemplo, de planilhas de custo x receita por atividade turística, fazer um levantamento do perfil do visitante:
- Sua origem,
- Meio de transporte utilizado,
- Faixa etária,
- Renda familiar
- Etc.
Que poderá auxiliar numa bem sucedida
estratégia de marketing e, realizar uma constante avaliação do negócio em
turismo rural permitindo adequações e melhorias aos processos e à atividade
turística.
O turista é antes de tudo o cliente!
E o que ele espera é ser positivamente
surpreendido.
No turismo rural, cada dia mais, encontramos
pessoas interessadas em vivenciar e compartilhar momentos únicos, que só podem
ser sentidos no universo rural.
Com a adoção de Boas Práticas como instrumento de gestão, podemos tornar essa experiência ainda mais marcante e encantadora.
Fonte: https://www.agrolink.com.br/culturas/manga/coluna/boas-praticas-no-turismo-rural_387752.html
Geraldo Donizeti Lúcio
Agente Tecnico EMPAER - MT
Especialista em Turismo Rural
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